Pouca sorte ou.. pouco amor?

XLIV

Já se passaram 3 dias e eu continuo sem notícias do Luís, não sei o que pensar nem a quem me dirigir, não sei se deva ligar para o irmão dele, para a Tatiana, honestamente não sei mesmo.
Vesti o biquini e fui á praia com a Luana, precisava de sair e não ficar a pensar cada vez mais neste desaparecimento dele.
Quando chegámos á praia, estava um calor abrasador , montámos os chapéus, esticámos as toalhas e deitámos nos a conversar e a apanhar sol.
- Ju, vamos á água?
- Boa Lu, vamos!
Fomos á água, escusado será dizer que estava gelada e demorámos imenso tempo a entrar.
Acabámos por ficar lá mais tempo do que imaginávamos e saímos só quando já tinhamos as famosas "mãos de velha", fomos para a toalha secar para irmos para casa, tomar um duche e irmos jantar fora.
A caminho de casa não me saía da cabeça se devia ou não ligar ao Luís, e quando cheguei a casa quebrei e liguei-lhe, mas sem resposta.
Fomos jantar ao " Pêra Doce " que era um restaurante dos anos antigos, que nós adorávamos mas só podiamos ir no dia em que recebíamos a mesada porque estourava o nosso plafom.
Estavamos a jantar quando me levanto para ajeitar as calças de tão cheia que já estava e vejo ao longe, na outra ponta da sala, o Luís a jantar com uma rapariga. Não a conheço, nunca vi a cara dela e já estou a entrar em desespero, vejo ela a dar-lhe a mão e sento-me, apática. A Luana olha para mim e fala, sinceramente eu não faço ideia do que ela me está a dizer, só sinto as lágrimas caírem-me cara abaixo e passado algum tempo consigo que me saiam palavras da boca.
- Vamos embora Luana, por favor.
Percebo entre linhas que ela me está a perguntar o que se passa, tiro 30€ da carteira e deixo em cima da mesa. Levanto-me e vou a caminho da porta, quando saiu o Luís está cá fora, a fumar abraçado á tal rapariga.
Deixa o cigarro a cair assim que me vê mas corri até ao primeiro taxi que apareceu e entrei, deixando-o a bater no vidro do carro.