Abri a porta e o meu pai estava estendido no chão, inconsciente, a minha mãe e a minha irmã estavam no sofá a chorar e os bombeiros a tentar reanimá-lo.
Entrei em choque, fiquei paralisada a olhar para aquilo cerca de uns minutos até que caí em mim, perdi as forças e caí para o chão, naquele momento apenas sentia as minhas lágrimas a descerem me cara abaixo, sem parar e quanto mais limpava mais elas caíam. O Luís agarrou-se a mim, levantou-me, sentou-me na cadeira e deu-me água para me acalmar. Mas eu não queria água, eu queria que o meu pai acorda-se.
Passado uns longos minutos ouvi um bombeiro de fundo a dizer que já respirava e que tinha de ir de urgência para o hospital. Colocaram-no na ambulância e seguiu para o hospital.
- Eu levo-vos.
- Não Luís, a minha mãe conduz.
- A tua mãe não está em condições de conduzir, eu levo-vos.
A minha mãe concordou com ele e não me deixou outra opção se não concordar que ele nos levasse. Foi uma viagem que parecia não ter fim, onde apenas se ouvia os nossos respirares, ninguém falou, ninguém se sentia capaz de o fazer, estávamos ali fisicamente mas nem a nossa cabeça nem o nosso coração estava lá.
Chegámos ao hospital.
- Boa tarde, queria saber do sr. Marco Sousa, acabou de dar entrada numa ambulância.
- Boa tarde , e quem é a senhora?
- Lúcia Sousa, a esposa.
- O seu marido entrou para o bloco operatório de urgência, mas de momento não tenho mais nada para lhe acrescentar.
- Muito obrigado.
Passaram pelo menos 2 horas, 2 horas em que andámos de um lado para o outro, 2 horas em que não conseguíamos pensar em nada a não ser o quê que ia acontecer ao meu pai.
- Boa tarde, vocês são os familiares do senhor Marco Sousa?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Pouca sorte ou.. pouco amor?
Teen FictionJoana, uma rapariga simples e nada popular está agora no 11° ano. Vai ver a sua vida mudar por completo apenas no seu primeiro dia de aulas, é o inicio de uma grande luta. Será que Joana a vai superar?