ALEC
Minha mente se transformou em mil cenários de dúvida, enquanto eu dirigia.
Magnus estava sentado ao meu lado, anormalmente quieto para variar.
Enquanto eu apreciava o silêncio, também era enervante. Eu queria a distração. Eu queria que ele iluminasse o clima daquele jeito sem esforço dele. Mas eu sabia que precisava pensar, e rápido.
O que diabos Valentim estava fazendo? Ele me disse que a caixa tinha esmeraldas.
Eu tenho uma história inteira sobre o roubo de esmeraldas imperiais e os milhões que elas trariam. Que porra de besteira!
Haviam apenas duas explicações possíveis.
Um, Valentim tinha obtido informações erradas. Altamente provável, já que Gregor tinha informações erradas.
Ou dois, Valentim tinha mentido para mim.
— Jace. – eu rosnei no telefone no segundo em que ele atendeu. – Me encontre na fonte assim que puder.
— O que está errado?
— Não pelo celular. Apenas esteja lá. – Desliguei e joguei o telefone no painel.
— Quem era esse? – perguntou Magnus.
Ele não parecia bravo, como eu fiquei quando ouvi a mulher discutindo sobre um garoto com delineador. Delineador? Que tipo de homem usava delineador?
— Um amigo. – respondi, reprimindo o desejo de dirigir até a floricultura e ver esse garoto com delineador por mim mesmo.
Teria que esperar pelo menos até que eu resolvesse meu problema atual.
— Você está realmente assustado, hein?
— Você não tem ideia de quem é Rhysand Archeron, o que ele pode fazer. Você acha que eu não sou uma boa pessoa? – Eu zombei, balançando a cabeça. – Com um telefonema, ele pode eliminar toda a sua família. Simples assim. – Eu estalei meus dedos bem debaixo do nariz dele.
— Então, por que seu chefe iria querer mexer com esse cara?
— É isso que eu pretendo descobrir.
Nós dirigimos o resto do caminho em silêncio. Assim que eu estacionei o carro, Magnus soltou o cinto de segurança.
— Não. – eu disse, pegando o cinto e empurrando o clipe de volta – Você fica aqui.
— Não, eu acho que não.
O ignorando, me inclinei sobre seu colo e abri o porta-luvas. Peguei a arma que estava dentro e puxei a trava um pouco para trás, me certificando de que havia balas na câmara.
— O que você está fazendo? – Magnus perguntou, se empurrando para trás em seu assento, com os olhos arregalados.
Segurando a arma pelo cano, eu a estendi para ele para que ele pudesse segurar.
— Pegue isso.
— O quê? Não!
Eu agarrei sua mão e a bati contra o aperto, forçando seus dedos ao redor dela.
— Se alguém além de mim vier até o carro, atire nele.
— Alexander!
— Você tem quinze balas. Não há segurança. Basta puxar o gatilho. – Apertei sua mão brevemente e saí do carro.
Dando uma olhada por cima do ombro de vez em quando, eu cortei através do Grant Park, em direção à Fonte.
Acendendo um cigarro pelo caminho, tentei parecer sem pressa, como se eu não tivesse acabado de encontrar uma pequena sentença de morte eletrônica.
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De Joelhos (Malec)
FanfictionA vida de Magnus Bane é perfeita. Terminando a faculdade e com destino a uma pós-graduação em finanças, a vida de Magnus foi planejada para ele. Exceto... ele não quer isso. Dedicado à sua música, ele sonha com uma vida livre das expectativas de seu...