Eu te amo e você me ama.

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ALEC

— Isso é tão fodido. — Jace murmurou em russo, batendo o dedo de uma mão na palma da outra, abaixando ainda mais as luvas de couro até ficarem apertadas.

— Você está me dizendo. — Apaguei o cigarro no painel da porta e joguei a guimba na traseira da van.

— Eu não posso acreditar que você disse sim. O que diabos está errado com você? Um sequestro por ano não é suficiente para você? Vamos sequestrar toda a maldita família até o Ano Novo?

— O que eu deveria dizer?

— Uh, que tal 'não'? Você tentou isso? 'Não' é um conceito bastante universal, mesmo para americanos mimados.

— Eu não consigo dizer não a ele.

— Isso é porque você ficou mole. Você está deixando uma criança de doze anos te dar ordens e você simplesmente aceita. E então você me traz para participar! Idiota.

Ele não estava errado, mas eu o ignorei de qualquer maneira e coloquei minhas próprias luvas.

Eu tentei aguentar. Eu realmente tentei. Mas maldito seja... Magnus destruiu todas as defesas que eu tinha, me deixando tão louco que eu não aguentei.

Eu não era nada além de uma maldita massa de vidraceiro em suas mãos.

— Ele não tem doze anos. — eu murmurei.

Jace me encarou com os lábios franzidos.

— Isso foi tudo que você ouviu?

— Você é mais chato do que ele, sabia? Achei que você ficaria feliz em ficar longe do computador por um tempo, sujar as mãos de novo. Ou você ficou mole?

— Vá se foder, Alec. Você é um gay de merda me azucrinando. Eu deveria ter atirado em você quando tive a chance. Você e seu coelhinho lá à frente, então eu não estaria nessa maldita confusão. Roubar carros e sequestrar pessoas novamente. Estou ficando velho demais para isso!

— Você mal tem trinta. Cala a boca.

— Você está ficando velho demais para isso também!

— Você quer chegar aos quarenta? Continue falando.

— Hum, eu não sei que tipo de discussão vocês dois estão tendo aí atrás... — disse Magnus do banco do motorista, inclinando o queixo em direção ao corredor que descia o caminho. — Mas ali está ele.

Jace me jogou uma máscara antes de puxar a sua sobre o rosto.

Uma vez que estávamos suficientemente disfarçados, nos agachamos ao lado da porta da van e esperámos.

Magnus ligou a van e dirigiu lentamente pelo estacionamento da floresta preservada. Como era tão cedo, não havia outros carros para se preocupar.

Quando ele parou ao lado de seu pai, eu abri a porta. Jace enganchou um saco na cabeça de Asmodeus e o puxou de volta, enquanto eu o agarrava pelas pernas. Juntos, nós o arrastamos para a van, apesar de ele se contorcer e gritar.

Jace apertou mais, tentando desviar dos cotovelos de Asmodeus. Eu soquei diretamente no centro do saco. Algo estalou e ele xingou alto.

Enquanto ele estava distraído com o ferimento, tirei a seringa do bolso e enfiei a agulha em seu braço.

Assim que ele apagou, Jace foi pegar a sacola de sua cabeça, mas eu o dispensei.

— Deixe. Eu não dou a mínima se ele sufocar.

— Isso correu bem. — disse Magnus por cima do ombro. Ele sorriu para mim e acelerou o carro, feliz como um molusco, tamborilando os dedos no volante para o que quer que estivesse no rádio.

De Joelhos (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora