ALEC
Subindo as escadas, corri pelo corredor o mais rápido que pude. Enfiei minha chave na fechadura e a girei, sem sentir resistência. Por que diabos estava destrancada?
A bile subiu no fundo da minha garganta quando abri a porta e olhei ao redor.
— Magnus?
Eu entrei, nem mesmo me incomodando em fechar a porta atrás de mim. O apartamento parecia ok, como se tudo estivesse exatamente onde eu o havia deixado.
Exceto Magnus.
As portas do quarto e do banheiro estavam abertas... ele não estava na sala ou na cozinha.
Fazendo meu caminho em direção ao quarto, eu esperei que ele saísse. Eu esperei que ele estivesse deitado na cama. Eu esperei que ele estivesse lá, fazendo alguma coisa, qualquer coisa, mas apenas lá.
Uma rápida olhada ao redor do quarto derrubou completamente essa esperança.
O assoalho rangeu atrás de mim, junto com um sussurro de passos suaves.
Tirei minha arma do coldre e me virei, o gatilho já meio pressionado.
Era Elisabeth. Porra! Eu não tinha tempo para as merdas dela.
Ela olhou para a arma e murmurou algo baixinho, tão dura e não impressionada como sempre. Ela teve sorte que eu estava muito longe para ouvi-la claramente ou eu poderia ter deixado meu dedo contrair todo o caminho.
Por mais que eu quisesse atirar na velha cadela, eu estava mais curioso pelo motivo que ela teve a coragem de entrar dentro do meu apartamento, sem ser convidada.
— O que você quer? — Eu rosnei, abaixando minha arma e fechando a distância sobre ela.
— Você ouviu? — Ela piscou para mim com olhos chorosos, ampliados por trás de seus óculos gigantescos.
— Ouvi o quê?
— Sobre o garoto?
— Qual garoto? — Os músculos da minha garganta pareciam se fechando completamente, me estrangulando por dentro.
— Seu garoto. O bom menino.
Eu queria estrangulá-la. Ela não percebia que eu não tinha tempo para essa merda? Eu precisava encontrar Magnus e ela estava brincando como eu fiz o dia todo.
— Pare com a porra dos enigmas e me diga o que aconteceu!
Ela engoliu em seco, torcendo um lenço nas mãos antes de enxugar o nariz com ele.
Ela estava chorando? Quando ela não me xingou ou me chamou de Moskal, eu sabia que algo terrível deveria ter acontecido, mas ela estar chorando? Eu estava a aproximadamente dois segundos de sacudir a informação dela.
— Eles o encontraram no beco. — ela disse finalmente. Puxando um pedaço de papel de seu casaco de flores cor-de-rosa, ela o estendeu para mim com uma mão trêmula. — Eu os fiz escrever.
Dizia simplesmente: Northwestern Hospital. Não era o hospital mais próximo – era o centro de trauma de nível I mais próximo.
A empurrando para fora do caminho, desci as escadas e corri para o meu carro.
A próxima vez que eu visse Azriel, eu ia rasgar a porra da garganta dele.
Eu não queria os malditos arquivos de Rhysand em primeiro lugar. Eu teria devolvido a ele assim que soubesse qual eram os motivos de Valentim.
Ele não tinha que machucar Magnus para provar seu ponto. Eu sabia o que ele podia fazer – como eu, sua reputação o precedia.
Ferir Magnus preventivamente era desnecessariamente cruel, mesmo para os meus padrões.
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De Joelhos (Malec)
FanfictionA vida de Magnus Bane é perfeita. Terminando a faculdade e com destino a uma pós-graduação em finanças, a vida de Magnus foi planejada para ele. Exceto... ele não quer isso. Dedicado à sua música, ele sonha com uma vida livre das expectativas de seu...