ALEC
O clube estava cheio quando passei pela porta da frente, apesar do fato de ainda não ser hora do jantar.
A depravação era um negócio ininterrupto... os pervertidos não pareciam se importar com a hora em que vinham para satisfazer seus desejos pecaminosos, desde que houvesse alguém para lhes servir uma bebida e se esfregar contra sua virilha.
O clube de Clary dava a eles tudo isso e muito mais.
Tirando meus óculos de sol, os coloquei na gola da minha camiseta enquanto fazia meu caminho para os fundos do clube.
— Alec. — uma garota chamou quando eu passei, acenando para mim. — Venha aqui.
Eu a ignorei e continuei.
Clary colocou a cabeça para fora do escritório e deslizou na minha frente, bloqueando o corredor com seu corpo alto e curvilíneo.
— O que você está fazendo aqui?
— Procurando por Jace.
Seus dedos se enrolaram nos meus, levantando minha mão para uma inspeção mais próxima. Meus dedos ainda estavam machucados pelo rosto estúpido de Jonathan, mas não estavam mais inchados.
— Eu vi o que vocês dois fizeram com Jonathan.
Eu inclinei minha cabeça, esperando que ela continuasse.
Ela soltou minha mão e a colocou no bolso da frente da minha calça. Tirando o meu maço de cigarros, ela se serviu de um. Eu pesquei meu isqueiro e acendi uma chama para ela, ainda esperando sua opinião sobre a surra que seu suposto namorado tinha apanhado.
Havia momentos em que eu jurava que ela o odiava mais do que eu, mas ela sabia que era melhor não tentar deixá-lo. O bastardo se forçou a entrar em seus negócios, a deixando presa sem ter para onde ir.
Clary deu uma tragada e soprou a fumaça para o lado, olhando para mim sob os cílios grossos e pilhas de delineador.
— Você deveria ter matado ele.
— Um dia eu vou.
— Promete?
— Matar é o que eu faço.
— Exceto agora. Agora você é uma babá.
Eu a ignorei e o eco da provocação de Jonathan.
— Você pode me fazer um favor? — Eu perguntei. Ela ergueu as sobrancelhas, dando uma tragada no cigarro. — Quero saber com quem ele está falando. — continuei, baixando a voz. — Especialmente sobre mim.
Já que a linha foi oficialmente traçada na surra, eu não deixaria ele tentar e buscar algum tipo de retribuição por seu orgulho ferido.
Seu olhar passou por mim novamente enquanto ela exalava a fumaça.
— O que você quiser, Alec.
Dando-lhe um aceno de cabeça, ela deu um passo para o lado e eu continuei descendo para o porão.
Vlad se levantou de sua cadeira, dobrando seu jornal.
— Alec.
— Jace está aqui?
Ele balançou a cabeça careca.
— Ele disse que voltaria mais tarde.
Me virei para ir embora quando um choramingo do depósito chamou minha atenção. A raiva arrepiou ao longo da minha pele enquanto eu processava o barulho.
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De Joelhos (Malec)
FanfictionA vida de Magnus Bane é perfeita. Terminando a faculdade e com destino a uma pós-graduação em finanças, a vida de Magnus foi planejada para ele. Exceto... ele não quer isso. Dedicado à sua música, ele sonha com uma vida livre das expectativas de seu...