Você não pode matá-lo.

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MAGNUS

Levou apenas um dia para meu pai voltar às suas maneiras idiotas naturais. Ele passou alguns dias no hospital em observação para se certificar de que não havia nenhum dano interno duradouro do que quer que Alexander tenha feito com ele.

Eu ainda não sabia a extensão disso e não me importei em perguntar.

Mamãe tentou me manter atualizado sobre seu "progresso", mas eu fiz questão de me distrair quando ela falava ou ignorava suas mensagens completamente.

Eu soube assim que ele voltou para casa porque minha mãe ligou em outro pânico que eu não podia ignorar exatamente.

— Você precisa voltar para casa. Agora mesmo. — ela disse, alternando entre chorar e tentar realmente soar como uma mãe. Pena que ela estava cerca de vinte anos atrasada.

— Porquê? — Eu perguntei, me afastando do meu laptop e esfregando minha testa.

— Seu pai quer falar com você. Ele me contou coisas muito perturbadoras, meu jovem. Você precisa voltar para casa e resolver isso agora.

— Ah, agora ele quer falar comigo? Talvez ele devesse ter tentado isso quando eu morava aí.

— Eu não estou com humor para o seu sarcasmo. Agora, eu não quero pensar que você e seu... — Ela engoliu com tanta força que eu ouvi pelo telefone. — Namorado... fariam isso. Mas por que seu pai mentiria?

— Por que eu mentiria sobre ter sido sequestrado? Hum?

Em vez de realmente responder, ela apenas suspirou. Eu podia imaginá-la massageando os malditos lóbulos das orelhas ou qualquer ponto de pressão que ela pudesse acessar.

Depois de um minuto de silêncio dramático, ela continuou com:

— Você vem para resolver isso ou não?

— Não. — Desliguei a ligação e o celular.

Pode ter sido infantil, mas eu não podia lidar com ela no momento. Além disso, quanto mais eu os ignorava, mais chateado papai ficava, o que, com sorte, o levaria a cometer algum tipo de erro.

Quando finalmente liguei meu telefone de volta no dia seguinte, uma enxurrada de mensagens chegou – principalmente dela, exceto uma do próprio idiota.

Pai: Você acha que pode roubar meu dinheiro e se safar? Você não tem ideia da tempestade de merda em que está metido. Eu contei tudo à polícia. Você e aquele animal podem dividir uma cela em Stateville por tudo que me importa.

Eu: Roubar seu dinheiro? Do que você está falando? A alucinação é um dos efeitos colaterais de uma concussão?

Pai: Não aja como se não soubesse do resgate. Essa coisa toda foi a porra do seu esquema de enriquecimento rápido. Em vez de trabalhar para isso, você decidiu optar por um jeito fácil.

Eu: Que resgate? Você quer dizer o resgate de quando *EU* fui sequestrado? Mas, pai, você disse que não havia resgate...

Pai: Isso é tudo um jogo para você?

Eu: Eu nem sei do que você está falando... então não. Você tomou muitos analgésicos hoje? Eles podem realmente foder com sua memória.

Pai: Você está morto para mim. Você entende? Morto.

Não me dei ao trabalho de responder. Afinal, eu estava morto agora e os mortos não falavam. Eles não mandavam mensagem. Eles não faziam nada. Então eu também não.

O único aspecto positivo de toda essa troca foi que eu recebi um aviso de que a polícia entraria em contato em breve. E eles entraram. Um detetive cansado ligou para perguntar sobre as alegações de meu pai.

De Joelhos (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora