MAGNUS
— NÃO, VOCÊ NÃO PODE ME OBRIGAR! – Catarina chorou, apertando os braços em volta do meu pescoço.
— Você tem que soltar. – eu disse com uma risada, tentando arrancá-la antes que ela me estrangulasse.
O olhar suplicante que dirigi a seu irmão ficou sem resposta. Em vez de ajudar, ele apenas revirou os olhos.
— Não!
— Catarina, mexa o seu traseiro! – Raphael gritou da porta, verificando seu relógio pela décima segunda vez. – Mamãe fez uma reserva para sete e você vai nos atrasar!
— Vai se foder. – Catarina explodiu. – Estou me despedindo!
— Você já está se despedindo há quinze minutos!
— Meu aluguel termina na próxima semana. – eu disse, me afastando o máximo possível para tentar olhar para ela. – Então, voltarei para casa pelo resto do verão e você ficará absolutamente farta de mim.
— E então você vai para Georgetown e eu nunca vou te ver de novo! – ela lamentou tão dramaticamente quanto possível, esmagando sua bochecha na minha.
— Você está indo para Chicago, então porque se importa? – Raphael estalou.
— Deus, você pode nos dar dois segundos? – Catarina disparou por cima do ombro.
— Como queira. Eu estarei no carro. – Raphael agarrou todas as malas dela e as arrastou para fora.
Ela só deveria ficar o fim de semana. Passaram-se três semanas, durante as quais ela conseguiu comprar um guarda-roupa de substituição e um monte de porcaria para a cozinha e o banheiro.
Não que minhas coisas fossem "ruins", simplesmente não eram o "estilo" dela, como ela disse. E uma vez que ela não podia carregar tudo para casa no trem sozinha, Raphael teve que engolir e dirigir de Chicago para buscá-la... ela e suas merdas.
— Para o que sua mãe está arrastando você esta noite? – Eu perguntei, na esperança de distraí-la enquanto também me movia furtivamente em direção à porta.
— Jantar em algum restaurante com um chef que está em alta. A lista de espera é ridícula, mas você sabe como é. A querida mamãe pediu um favor e puf! Vamos jantar na mesa do chef esta noite. – Ela fez beicinho e agarrou minha mão. – Eu queria que você viesse. Você não pode voltar a ser meu namorado? Sério!
— Há um pequeno problema com isso... – Pisquei para ela incisivamente.
— Você ainda é uma boa trepada, mesmo sendo gay. – Ela riu de sua própria piada enquanto eu balancei minha cabeça.
— Obrigado. Eu acho...
Raphael tocou a buzina.
— Estou indo! – Catarina gritou para fora da porta.
— Na verdade, eu também tenho que ir. – menti, dando um passo mais perto da porta. – E você não quer ficar presa no trânsito. Isso significa que você ficará no carro por ainda mais tempo com seu irmão.
Ela fez uma cara de horror.
— Meu Deus. Você tem razão! Ok. Me ligue amanhã. E me avise quando você estiver de volta na casa de seus pais.
Me dando um selinho nos lábios, ela girou na planta do pé e disparou para fora da porta. Eles começaram a discutir no minuto em que ela entrou no carro, agitando as mãos e movendo a boca a cem milhas por minuto.
Nos vinte anos que eu conhecia os irmãos Loss, nada havia mudado, exceto que suas brigas eram mais altas e seus insultos mais maldosos.
Raphael e eu nos demos muito bem, mas Catarina foi quem me manteve são enquanto eu crescia na gaiola dourada da casa Bane. Juntos, os dois eram como óleo e água.
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De Joelhos (Malec)
Fiksi PenggemarA vida de Magnus Bane é perfeita. Terminando a faculdade e com destino a uma pós-graduação em finanças, a vida de Magnus foi planejada para ele. Exceto... ele não quer isso. Dedicado à sua música, ele sonha com uma vida livre das expectativas de seu...