911, qual é a sua emergência?

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MAGNUS

Que caralho?

A maneira como Alec saiu correndo do porão, parecia que ele estava atrasado para uma reunião com o próprio Putin.

Enquanto isso, fiquei deitado em estado de choque, incapaz de me mover ou formar um pensamento coerente.

Quando ficou bem claro que ele não voltaria, me sentei e examinei a bagunça na minha frente. Meu jantar estava destruído e eu estava morrendo de fome. Em sua irritação, ele mandou meu arroz frito para todos os lugares e Imasu levou a outra caixa.

Por que Alec estava tão irritado, afinal? Ele parecia que ia arrancar a cabeça de Imasu quando ele desceu as escadas. E ele queria — não, exigia — que eu olhasse para ele enquanto ele perguntava sobre o cara.

O que ele quis dizer com isso? Só porque chupei seu pau, ele pensou que de repente eu estava distribuindo boquetes para todos os meus sequestradores? Mesmo se eu estivesse, por que diabos ele se importava?

Caminhando até o saco de papel, peguei um punhado de guardanapos e limpei meu abdômen.

Desafiei Alec sobre toda aquela coisa de tesão, e ele entregou. Por Deus, ele entregou. Nunca em um milhão de anos eu pensei que ele iria continuar com aquilo. Eu tinha certeza que ele iria me nocautear de novo, não me dar uma punheta.

'Goze para mim.'

Suas palavras ecoaram na minha cabeça, tão sexy na minha memória quanto foram da primeira vez. O que foi isso? Conversa suja com seu prisioneiro? Que tipo de sequestrador ele era? Meu Deus...

Não foi uma conversa suja quando ele lambeu o esperma das costas da mão, no entanto. Ou quando ele olhou para mim como se fosse me devorar.

O que eu teria feito se ele tentasse? Eu o teria deixado? Eu teria realmente dito "Não" depois de me jogar nele primeiro? Eu poderia ter dito "Não"?

Passando as duas mãos pelo cabelo, me sentei na cama, olhando para os grãos marrons de arroz no chão.

Eu ainda estava sentado lá quando a porta do porão se abriu novamente e passos desceram as escadas. Meu coração gaguejou por um minuto, esperando para ver quem seria.

Uma pontada de decepção passou por mim. Era Imasu, carregando uma vassoura e uma pá de lixo.

Ele franziu a testa para a bagunça.

— Alec?

Eu concordei. Alec disse para não falar com ele. Ele não disse nada sobre movimentos de cabeça ou gestos com as mãos.

Suspirando, Imasu largou a pá de lixo e começou a varrer o arroz.

Saindo da cama, me ajoelhei e agarrei a pá de lixo. Eu segurei para ele enquanto ele varria, jogando o lixo no saco de papel pardo, junto com todas as evidências de seja lá o que diabos tenha acontecido após o lançamento do arroz.

Olhando para cima, observei Imasu cuidadosamente enquanto ele trabalhava.

Ele sabia o que tinha acontecido? Ele não parecia saber. Mas eu não o conhecia como conhecia Alec.

Porra, Magnus. Você não conhece Alec, mais do que sabe o que diabos está acontecendo!

— Você ao menos conseguiu comer? — Imasu perguntou, depositando a última pilha de arroz sujo na sacola.

Eu balancei minha cabeça, ficando de pé novamente. Duas garfadas mal contavam depois de uma greve de fome.

— Você está quieto agora. — observou Imasu, encostado na vassoura. — Você falou antes, mas agora, nada. Mordi meu lábio inferior e apontei para cima. Um sorriso apareceu ao lado de seu rosto. — Entendo. Você tem que fazer o que ele manda.

De Joelhos (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora