[Concluída 24/05/2022) Jimin durante muito tempo teve que lidar com a ideia difícil de ser pai solteiro e um médico brilhante, mas para ter uma profissão assim e passar por tudo que ele já passou, uma armadura teve que ser criada, uma armadura até m...
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Jimin
Pela primeira vez eu não estava focado no trabalho, pela primeira vez eu parecia perdido a vista dos outros, desde que me tornei pai é só isso que tenho sentido, essa sensação de que não sabe o que está fazendo ou o que está acontecendo. Eu estava sentado em minha sala após ter tomado um esporro do meu chefe pela desatenção, eu era perfeito, por que não estava sendo um bom médico agora?
— Você está estranho hoje, nunca vi ninguém brigar com você desde sua residência, está acontecendo algo? — perguntou Hyuna, uma colega de trabalho.
— Jake está me dando nos nervos, ontem desrespeitou o professor e ainda falou que queria morar com a avó. — falei, eu não era a pessoa mais aberta do mundo, mas naquele momento eu sentia que precisava falar isso para alguém ou surtaria.
— Caramba que merda, eu sei o quanto lutou para ter ele por perto e agora ele quer ir. — Hyuna foi da minha turma de medicina na faculdade e acompanhou cada drama da minha vida, quando me casei, quando descobri que estava grávido e até quando Jake nasceu, mas ela sabe, além disso, como eu estive durante todo o fim da minha residência e até quase o final da minha especialização o quanto trabalhei duro para poder pegar Jake de volta, para ter condições de criá-lo como merece e o que tive que ouvir calado da minha ex sogra para deixar Jake com ela até eu me resolver.
— Ele tem andado como uma bomba relógio, sempre pronto para explodir e eu não sei mais o que fazer com ele, sou um péssimo pai, eu sei, mas não tem nada que eu possa fazer para mudar isso. — Externo meu pensamento.
— Às vezes ele está sentindo sua ausência, deveria conversar com alguém que entenda sobre crianças e conhecer ele, aconselharia uma psicóloga, com a terapia e buscando ajuda você pode tentar ser um pai melhor e convencê-lo a ficar. — aconselhou.
— Suponho que pode ser uma boa ideia, já que aquela mulher está viajando e só chegará daqui a um mês. — Sinto um pingo de esperança. Ninguém competente o suficiente havia passado pela minha cabeça e eu já estava ficando irritado por não ter uma resposta sendo que eu sempre tive as respostas na palma da minha mão, e agora estou perdido, me sentindo culpado por afastar meu filho de mim quando, na verdade, deveria estar trazendo ele para mais perto, depois de tudo que passamos juntos, deveria estar mais fácil agora, mas parece bem mais difícil e eu sei que se ele for para sua vó, eu não o verei de novo e pela primeira vez eu vou falhar em algo, vou falhar em ser o pai que Seojoon teria sido, o pai que ele queria que eu fosse.
Depois de quase surtar pensando em qual pessoa eu pediria ajuda, a única que veio em minha mente foi logo a que eu menos queria me comunicar, mas não é a primeira vez que me sacrifico pelo meu filho e não será a última.
