FIQUE AO MEU LADO - jikook mpreg

Primeiro Passo🩺

Jimin

Ao voltar para casa tirei um bom tempo para refletir, eu estava nervoso, não sabia lidar com crianças e muito menos com o meu filho. Quando estacionei olhei para a janela de seu quarto e notei que a luz estava apagada, imaginei que ele já estaria dormindo, mas entrei com muito cuidado, e segui até seu quarto.

— Não mexe no celular com as luzes apagadas Jake. — O garotinho estava mexendo no celular, vidrado em algum jogo imagino. Vou até sua cama e me sento ao seu lado ligando o abajur. — Ficará cego antes dos 40 assim. — comentei, meio sem jeito em como puxar um assunto.

— E você se importa?

— Jake, hoje não, ok? Agora me diga o que de tão interessante tem nesse celular? — olho para a tela vendo o joguinho.

- Estou jogando, deixa eu terminar a partida e eu desligo, não precisa ficar me vigiando. - como eu disse, nem mesmo confiar em mim ele confia.

- Não estou te vigiando, eu só cheguei agora e queria saber se estava bem. Exagerei da última vez, e eu acredito que devo lhe pedir desculpas por isso. - Passo as mãos em meu pescoço tentando aliviar a dor nas costas que estava sentindo.

- Tudo bem obrigado, falou com a minha vó? - ele nem ao menos olhava para mim.

- Ela está em uma viagem, só volta dentro de um mês, quando ela voltar conversamos mais sobre isso. - Respondi, tentando não mostrar o quanto aquilo estava me afetando.

- Ok, boa noite. - Proferiu desligando o celular e colocando ele para carregar, ao lado de sua cama, observei na mesinha uma foto de seu pai, apenas de Seojoon, não era uma foto conhecida, então me fez imaginar que pertencia a minha ex-sogra.

- Sente falta dele? - perguntei apontando para foto.

- Não.

- Bom eu sinto, você iria adorá-lo posso imaginar o quanto eu ficaria de cabelo branco antes dos trinta se ele estivesse vivo. Acho que as coisas seriam melhores. - Saio da cama. - Bom, você precisa descansar, então boa noite e não caia da cama. - Espalho seus cabelos e saio de seu quarto, fechando a porta atrás de mim.

Eu tinha consciência de que seria um processo difícil e talvez demorado, eu nem mesmo conseguia dizer que o amava, ou manter um assunto com ele, tirando o fato de que nossa última briga causou um fechamento ainda maior nele e talvez saber tão claramente que meu filho pensa que eu não me importo com ele, tenha me causado uma certa insegurança também.

Depois de alguns remédios, um banho quente e um boa noite de sono eu parecia melhor, acordei cedo, fiz o café da manhã, coloquei minha lista de reprodução de músicas favoritas e deixei meu celular o mais longe possível para que ninguém tire minha atenção.

- Você ficou maluco? - indagou Jake estranhando o fato de a casa estar tão barulhenta.

- Não seja como um velho rabugento, dance, coma e largue o celular. - Falei animado colocando a caixa de cereais em sua frente.

- Você vai se atrasar, já deveria ter saído. - Ignorou minha animação e se sentou na mesa.

- Chegarei mais tarde o que acha de um jantar hoje? Nós dois? - proponho.

- Você tem plantão hoje à noite pai. - lembrou, realmente, era tanta coisa na cabeça que acabei esquecendo.

- Verdade, acho então que podemos almoçar, eu vou para o trabalho mais tarde, te busco na escola nós almoçamos e eu te deixo na sua aula de natação. - falei olhando para ele animado.

- Eu to legal, mas obrigada. - Se levantou, e toda a minha animação pareceu sumir de uma forma tão brusca. Acredito que foi mais evidente do que pensei já que mal notei que estava parado no nada. - Pode me levar a um café de quadrinhos que abriu perto da escola amanhã de manhã, quero muito tomar café lá. - Proferiu me fazendo ficar um pouco mais relaxado e só concordar com a cabeça. - Tenho que ir, a babá vai me levar para a escola hoje. - Sem ter muito o que responder eu o deixei ir, mais aliviado por passar um tempo com ele, mas ainda afetado pela sua leve nas evidentes rejeições.