Um Abraço👨🏻‍🏫

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Jungkook

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Jungkook

Eu não sei se fui muito duro com Jimin, até porque o que ele já mostrou muitas vezes é que carrega cicatrizes que esconde de todos para que pareça durão, mas naquele momento em minha frente não havia nada de durão. Eu já havia dito tudo que ele precisava ouvir e provavelmente ouvir isso deu um choque de realidade nele que preferiu terminar o jantar e ficar quieto.

Durante muito tempo eu já pensei como ele, que eu merecia passar por certas coisas e que eu só seria forte se não demonstrasse o quanto isso me afetou, mas como minha mãe sempre diz, ser sensível não significa que você é fraco, significa que você é forte o suficiente para mostrar ao mundo o que está lhe ferindo. Minha mãe era uma pessoa muito sábia, meu pai não ficava muito atrás, eu cresci em uma família simples mais muito unida e carinhosa.

Tinha uma vó por parte de mãe que todo Natal ia para minha casa e fazia biscoitos comigo, contava histórias natalinas e sempre tinha um sueter ou uma touca de presente para que eu ficasse quentinho, ela era apaixonada pelas minhas bochechas vermelhas de frio, e meus dentes que na época eram iguais os de um Coelho. Nós cantávamos, dançavamos e nos últimos minutos que ela passava com a gente antes de ir embora, me deixava um livro diferente, alguns de romance, outros fantasia e até de terror. Eu fui criado no meio de muito amor e carinho e eu não aceito menos que isso mas eu não sei em que ambiente Jimin foi criado para ser assim, ou se tudo aconteceu depois que ele passou a cuidar de si.

A questão é que quando saímos do restaurante e eu parei em frente a jimin para me despedir, eu ouvi uma fungada, em seguida de um soluço que virou um choro dolorido e incontrolável. Seu corpo veio em direção ao meu, sua testa encostou em meu ombro e eu não tive outra reação a não ser abraçá-lo com toda a minha força. O cheiro de seu cabelo entrava em minhas narinas, era algum tipo de flor,muito cheirosa.

- Tudo bem, tudo bem chorar, eu sinto muito Jimin, sinto muito mesmo. - a dor de ninguém deve ser anulada, é claro que ele deve ter perdido as contas de quantos pacientes se foram, mas isso não significa que ele não tenha o direito de ficar triste, era um amigo, alguém que teve coragem que enxergá-lo por cima do muro e que se foi sem aviso prévio. Então ele tinha todo o direito de estar ali, na porta do restaurante agarrado a mim e tão vulnerável quanto uma criança. Ele chorava, tremia e até soluçava mas estava mais leve, mais tranquilo.

Ficamos naquela posição por alguns minutos até eu notar que sua respiração voltou ao normal e ele não estava mais chorando.

- Me desculpa eu não sei o que deu em mim. - saiu dos meus braços secando rapidinho seu rosto enquanto meu corpo pedia para que ele voltasse aquela posição, estava tão quente e confortável.

- Não pode dirigir agora, vamos tomar um sorvete ali na praça e conversar um pouco, não posso deixar você ir para casa nesse estado. - falo, mas na verdade queria abraçá-lo de novo o mais forte que eu conseguisse e ajudá-lo a passar por toda essa pressão que tem se colocado.

FIQUE AO MEU LADO - jikook mpregOnde histórias criam vida. Descubra agora