[Concluída 24/05/2022) Jimin durante muito tempo teve que lidar com a ideia difícil de ser pai solteiro e um médico brilhante, mas para ter uma profissão assim e passar por tudo que ele já passou, uma armadura teve que ser criada, uma armadura até m...
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Jimin
Estar nos braços de Jungkook foi a melhor sensação em muito tempo, desde Seojoon que eu não sentia o que era estar em casa, o que era poder ser eu mesmo, Jungkook era um grande amigo e me arrependo por ser tão grosso com ele na primeira vez que nos conhecemos, ele é uma pessoa incrível e com uma maturidade que me deixa surpreso em certos momentos, já havia me mostrado muitas vezes que eu poderia confiar nele, me mostrou muitas vezes que eu poderia contar para ele o que tem me machucado.
- É estranho. - falo após longos minutos de choro deitando minha cabeça em seu ombro, porque eu acho que não conseguiria desabafar completamente se estivesse um pouco mais longe dele, porque eu sentia a necessidade de tocá-lo toda vez que eu tivesse chance.
- Estar assim comigo? - perguntou rindo.
- confiar em alguém de novo. - olho para ele rapidamente. - sei que deve estar pensando que eu não sou um pai ruim, mas eu sou, eu sempre fui, então você nunca esteve errado. Eu nunca quis ele, nunca sequer me imaginei cuidando de uma criança mas então eu conheci o Seojoon e ele era a companhia que eu precisava no momento, até hoje eu não sei se era amor ou amizade, porque não tivemos tempo o suficiente para descobrir. - ao contar aquilo para ele eu me via viajando no tempo e parando em 8 anos atrás. - Descobri a gravidez tarde demais para pensar em um aborto, e céus me sinto tão culpado por ter cogitado isso. Eu eu não tinha dinheiro, morava em um lugar péssimo, sem ofensas. - ele riu. - Eu estava no meu primeiro ano de residência, eu não tinha tempo para uma criança, mas Seojoon tinha, havia acabado de sair da casa da mãe e Jake foi um ótimo caminho, nos casamos tão rápido porque eu tinha que trabalhar, ele tentou, tentou cuidar de mim a cada passo da gravidez mas eu não gosto de pessoas cuidando de mim, e também não tinha tempo para ele. Jake nasceu com 7 meses e uma semana, eu estava em um estado de desnutrição por que não comia e nem dormia, mas mesmo com todos os problemas Jake se recuperou rápido. - respiro um pouco.
- Eu sinto muito. - acariciou meu cabelo.
- ele já tinha ido para casa quando eu tive alta do hospital, Seojoon era o pai mais animado que eu conheci e no momento em que eu entrei de licença ele arrumou um emprego para que pudéssemos montar nossa família, mas meses depois ele morreu, por um erro cirúrgico que céus eu faço de olhos fechados. Eu fiquei desesperado, Jake ainda era um bebê, minha licença não duraria para sempre e eu não tinha ninguém para cuidar dele, com o dinheiro do processo eu consegui comprar algumas coisas para ele, comidas boas e até uma banheira para ele, eu guardei o resto para uma casa, um lugar melhor e mais quente. E então Jake ficou doente, uma pneumonia que não passava nunca, eu fiquei tão nervoso que eu não conseguia amamenta-lo e quando inventei de dar vitaminas a ele, para que ficasse nutrido descobri da pior forma sua alegia a morangos. - seco algumas lágrimas. - ele ficou internado por muito tempo até eu ter coragem para admitir que não seria um bom pai para ele. Somin me pareceu muito solícita dizendo que cuidaria dele, que arcaria com as despesas e que eu poderia visitá-lo quando quisesse. Eu nem pensei duas vezes, o abandonei e o deixei ser criado por aquela mulher. Até que eu pudesse me estabilizar mas até lá, Jake já não me via como um pai, me via como uma ameaça. Eu não deveria estar contando isso para você mas eu estou tão cansado de guardar as coisas pra mim. - não queria obrigá-lo a me ouvir contar uma história onde eu fui o filho da puta, mas eu precisava desabafar.
