capítulo 8

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COBRA

Hoje é dia de festa, todo ano faço essa festa para comemorar o dia que eu fui nomeado O dono do morro já faz 3 anos, gosto de lembrar sempre essa data...

Meu pai morreu no confronto com a polícia e assumi seu lugar e me senti poderoso...

Em vez de sentir tristeza no dia de sua morte foi um alívio que senti, me tornei forte duro e impiedoso.

Saiu da sacada do meu quarto, e olho a favela toda dali, é realmente me sinto poderoso...

aqui é meu reino, minha vida... sorriu de lado e volta para o quarto, pego minha arma coloco na cintura, bora trabalhar hoje o dia vai ser cheio... passo a manhã na boca resolvendo o bagulho da festa, à tarde vou fazer umas cobranças...

aqui quem tem comércio paga uma quantia para mim em troca ofereço proteção, é assim que funciona.

No fim da tarde vou para casa tomar um banho, como alguma coisa e me arrumo. Bermuda jeans escura camisa do Brasil, tênis no pé, boné na cabeça e corrente prata...

Essa noite vai render...

Tenho uma amante, ela viajou para visitar os pais, ela mora aqui com a irmã, mina firmeza, gostosa e linda, sabe me deixar louco...

mas não gosto de rótulos não gosto de ninguém me pedindo satisfação, gosto de ser livre ela sabe como é, sabe que como umas mina, ela gosta mesmo é de dinheiro, então eu faço a minha parte e ela a dela.

Pego a chave da minha moto e parto para quadra, chego lá e o som tá rolando solto, subu no palco para ver se tá tudo certo para o show, os cara me confirmam que tá tudo ok...

é hoje que a comunidade vai ao delírio com o show que contratei. Olho para multidão que já está aglomerada na quadra. Porra muita gente...

então perto de um carrinho de pipoca e algodão doce avisto um anjo de cabelos pretos...

balanço a cabeça e dou um sorriso de lado, hoje ela vai saber quem sou eu, eu tô louco para ver a carinha dela...

quando percebo já desci as escadas estou indo em sua direção.

O DONO DO MORRO Onde histórias criam vida. Descubra agora