•2• A espera do momento certo.

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Marian Anderson🌹

Tomo outro gole da vodka e engulo o líquido amargo, que desce queimando minha garganta.

Limpo, novamente, as lágrimas que insistem em cair pelo meu rosto e encaro a foto em minha frente. Nela, está minha mãe, meu pai, Mirella e eu.

Mari: Me desculpem... Eu ainda não consegui fazer nada... -Digo chorando, enquanto, olho a foto- Mas irei vinga-los. Farei de tudo para destruir a vida dele, nem que isso custe minha vida. Saulo Kim, irá pagar. -Falo sentindo a ira me consumir, apertando a foto em minhas mãos.

Eu soube que o maldito era Saulo, assim, que pus meus olhos nele, pela primeira vez. No mesmo instante, eu sabia que era o destino soprando a meu favor, colocando ele bem na minha frente e, melhor, me permitindo trabalhar ao seu lado.

Desde então, venho tentando e estudando uma forma de poder agir, mas devo ser cuidadosa, pois, conheço bem Saulo, sei do que ele é capaz.

Infelizmente, para atingir meu objetivo, é preciso ter que suportar estar ao lado dele. Aguentar as gracinhas, ser sua subordinada e respeita-lo.

Mas estou disposta a engolir tudo isso por vingança.

Olho a garrafa de vodka que está ao meu lado e percebo que restava pouca bebida ali. Pego a mesma e viro de uma vez só, secando todo o restante do líquido.

Mari: Merda! -Reclamo de mim mesma passando a mão no cabelo.

DIA SEGUINTE 🌞

Acordo sentindo uma dor de cabeça muito forte. Abro os olhos com dificuldade, por conta da dor e claridade.

Me levanto cambaleando e, caminho até a cozinha para tomar um remédio. Depois, vou ao banheiro, faço minha higiene matinal e tomo um banho.

Termino e visto um look para o trabalho, faço uma make básica e pego meu celular para ver as horas, percebo que estou atrasada.

Mari: É melhor eu ir... -Digo andando em direção a sala, pegando a bolsa e as chaves do carro.

Saio sem comer, por conta da ressaca, estou sem fome e ânimo para devorar algo.

Mathew Steven👑

Observava a cidade através da enorme janela do meu escritório, enquanto tomo um gole do café. O clima estava nublado e a temperatura havia caído de ontem para hoje.

Max: O que quer fazer, senhor? -Pergunta entrando na minha sala. Me viro para olha-lo.

Mat: Mande-o para Marrocos, nosso pessoal lá irá cuidar dele.

Max: Tem certeza que é a melhor opção? Manda-lo embora? Saulo pode encontrá-lo... -Fitei sério seus olhos e me aproximei dele.

Mat: Quer que eu mande mata-lo? Não. No momento, isso seria burrice. -Respondo firme- Sabe que eu não agiria assim na emoção. Trabalha a tanto tempo comigo!

Max: Tem razão. Me desculpe, senhor!

Mat: Além disso, ele ainda pode ser útil. Mande-o amanhã mesmo. Alugue um contender e coloque-o em um navio, ainda pela manhã.

Max: Sim, senhor! Com licença. -Diz e sai.

Me sento na enorme cadeira de couro e relaxo o corpo. Sigo pensativo.

Provavelmente, Saulo tentará contato com Vinícius e não demorará muito para saber que foi descoberto.

Talvez, ele venha até mim.

Penso, enquanto encaro o celular que Vinícius usava para se comunicar com Saulo. Ele vai ligar.

(...)

Estava em reunião com os colaboradores, discutindo sobre a próxima safra, quando sinto meu bolso vibrar.

Pego o aparelho e encaro. Era o celular de Vinícius.

No visor, o nome que aparecia era "S".

Sorrio de lado.

Mat: Com licença, senhores. Preciso atender uma ligação. -Digo me levantando.

Saio da sala de reuniões e paro no corredor. Aperto para atender e coloco o aparelho no ouvido.

Saulo: Finalmente atendeu essa merda de telefone, seu filho de uma puta, desgraçado! -Esbravejou. Permaneço calado, apenas o ouvindo- Onde se meteu? Faz três dias que estou tentando contato com você! -Sorrio.- Então? O que tem pra mim?

Mat: Que prazer, falar diretamente com você. -Digo. Um silêncio se fez presente e foi inevitável, sentir a tensão de Saulo- Poxa, eu não tenho nada pra você hoje, mas o que gostaria?

Saulo: Você se acha bem esperto, né garoto? -Indaga desafiador.

Mat: Na verdade, quem se acha esperto aqui é você. Mandar um infiltrado para trabalhar ao meu lado e no fim, tomar tudo de mim? Que ingênuo, Saulo! -Debocho e ele, suspira irritado.

Saulo: Você vai cair desse pedestal e vai ter sido eu, o responsável por te empurrar! -Falou e desligou.

INIMIGO DO MEU INIMIGOOnde histórias criam vida. Descubra agora