•50• Lírios brancos.

671 40 0
                                    

Marian Anderson 🌹

Levou 30 minutos para que Mathew parasse o carro. Olho ao redor, percebendo que o lugar em que paramos se tratava do cemitério.

Mat: Meu pai está enterrado aqui. -Falou antes de sair.

Descemos do carro e ele entrelaçou nossos dedos. Antes que entrassemos, avistei uma banca que vendiam flores.

Mari: Espere um pouquinho aqui. -Peço para ele e caminho até lá.

Uma mulher com aproximadamente 35/40 anos, cuidava das flores.

Mari: Olá, bom dia! -A cumprimento educada.

Moça: Bom dia, senhorita. O que deseja?

Dou uma olhada em cada ramo que havia ali. Meus olhos caem em um buquê de lírios brancos.

Mari: Uau! Que lindos! Vou ficar com eles!

Pago pelas flores, agradeço a moça e volto para Mathew, que olhou o buquê em minhas mãos.

Mari: Não posso ir de mãos vazias! -Digo sorrindo delicada.

Mathew sorrio de volta e pareceu gostar do meu gesto.

Andamos para dentro e Mathew nos guiou até a lápide de seu pai. Ao chegarmos, paramos de frente dela e, então, pude ler o nome.

George Pascual Steven. Nascido no dia 12 de setembro de 1955. Morreu no dia 5 de fevereiro de 2016.

Mat: Oi pai! -Disse cortando o silêncio- Tenho vindo pouco esses dias, né?! Me desculpe. Prometo vir vê-lo mais vezes. -Falou cabisbaixo, com suas duas mãos unidas em frente ao corpo- Eu trouxe uma pessoa para conhecer, eu sei, eu nunca te apresentei a uma mulher. Nem nunca cogitei escolher uma futura esposa. Mas, estou feliz de ter acertado de primeira, pai! -Olho para Mathew e sorrio com suas palavras- Essa é Marian Anderson, minha noiva! -Me apresentou.

Mari: Prazer, senhor George. Eu trouxe lírios brancos. -Digo e coloco as flores por cima do túmulo- Elas significam amor eterno, ingenuidade, respeito e pureza espiritual. Além, de serem lindas! -Sorrio- Eu gostaria que o senhor não se preocupasse. Eu sei, o senhor sabe como começou a idéia desse casamento, mas Independente disso, eu serei a esposa que seu filho merece. Obrigada, por torna-lo o homem que ele é hoje, as pessoas insistem em dizer e acreditar no que elas vêem por fora, mas eu tô feliz com o que eu encontrei por dentro. O verdadeiro Mathew Steven. -Falo desviando meus olhos para fitar Mathew, que também, me olhava.

Seu olhar em mim era leve e pareciam admirar algo. Sorrio para ele, que devolve o gesto.

Mari: Estou feliz, senhor George! -Finalizo.

Mat: Ele deve ter gostado muito de você. -Falou colocando as mãos nos bolsos da calça.

Mari: Você acha?

Mat: É impossível não gostar de você. -Disse, me deixando vermelha- Quando eu venho aqui, as pessoas ficam me olhando, por conversar com o túmulo do meu pai.

Mari: Eu também converso com meus pais. Porém, com a foto que tenho deles, já que não sei onde eles foram enterrados. -Falo abaixando o olhar.

Mat: O importante é senti-los em seu coração. "Falar" com eles, é só uma forma de descarregar a saudade. -Se aproximou de mim e segurou meu rosto, enquanto acariciava minha bochecha com o polegar.- Já que, foi apresentada ao meu pai, vamos para o próximo lugar! -Disse pegando em minha mão e me puxando para voltarmos ao carro.

(...)

Mathew estacionou o carro em frente ao, o que parecia ser, um escritório.

Mat: Precisamos iniciar os preparativos do casamento. Essa equipe é perfeita para nos ajudar. -Disse saindo do carro.

Desço também e sigo ansiosa Mathew, para entrar.

Xx: Mathew! -Disse um homem ao nos ver entrar- que honra recebê-los!

Mat: Eai, Roby. Essa é minha noiva, Marian! -Falou me apresentando.- Marian, esse é Roby. O chefe da equipe que irá nos ajudar com os preparativos.

Roby: É uma prazer conhecê-la, senhorita Marian. É ainda mais bonita pessoalmente! -Falou simpático.

Mat: O prazer é meu. -Digo sorridente.

Roby: Então, vamos lá? -Concordamos juntos e Roby nos guiou para uma sala.

Nela, havia uma mesa com cadeiras, o que parecia ser uma sala de reuniões.

Roby: Vocês já decidiram a data? -Perguntou, após sentarmos.

Mat: Não.

Roby: Certo! Preciso que decidam, para que possamos encaixar prazos de entrega, ver qual salão ou espaços terão disponíveis para a dia... Ok?! -Disse e concordamos.- Vocês preferem uma decoração mais minimalista, mais elegante, clean...?

Mat: O que acha, amor? -Perguntou para mim.

Mari: Bom, gosto de clean e elegância.

Mat: Eu também. Sem exageros.

Roby: Tá! -Falou anotando tudo- O salão, preferem que seja aberto, fechado, mais iluminado, mais rústico...?

Mari: Hmmm... -Penso em algo- Acho que seria interessante um espaço que se encaixe nas categorias que falamos. Elegância e tons claros. Acho que rusticidade não ficaria bom.

Mat: Local aberto seria como? -Perguntou.

Roby procurou em seu computador e nos mostrou algumas opções.

Conversamos e analisamos muitas coisas. Deixamos claro, o que gostaríamos ou não, que tivesse no casamento e detalhes que eram cruciais para que decidissem sobre a festa.

INIMIGO DO MEU INIMIGOOnde histórias criam vida. Descubra agora