Marian A. Steven 🌹
No dia seguinte, Mathew e todos os seus homens, se preparavam para o confronto contra Saulo.
Eu também, havia escolhido minha melhor roupa para o grande evento. Uma saia de couro, blusa preta, meia calça, jaqueta e botas nos pés. All Black.
Quando estava pronta, saio do quarto, e desço as escadas para encontrar Mat e Max.
Mat: Amor... Look perfeito para esse dia. -Elogiou ele, beijando as costas da minha mão direita.
Mari: Estou lisonjeada.
Mat: Certo. Já sabe o que fazer, né?! Não saia do carro até que tudo esteja feito. Sua missão é encontrar Saulo, depois, que derrubarmos toda a segurança dele. -Alertou pela milésima vez.
Mari: Entendi.
O plano era, enquanto, eu e os rapazes iríamos até Saulo, Mathew, se encontraria com um amigo seu jornalista. Ele entregará todo o material que coletamos sobre a corrupção de Saulo.
Confesso, que no caminho até lá, eu sentia um frio na espinha, mas estava confiante de mais para desistir ou amarelar. No começo, Mat estava relutante em me deixar ir nessa missão, mas o convenci de que aquilo era muito importante para mim, e que, esperava por esse momento a vida toda.
Ao chegarmos na fazenda, Max parou o carro atrás da van dos nossos homens. Todos saíram de lá e trataram de ser armarem com seus rifles e pistolas com silenciadores.
Max: Espere aqui. -Pediu ele, me olhando e eu, concordei com a cabeça.
Max saiu do veículo, e pareceu conversar uma última vez com os homens. Imediatamente, eles entraram na fazenda e iniciaram o plano.
Esperava no carro ansiosa, não era possível ouvir absolutamente nada, tudo parecia estar correndo muito bem.
Uma hora se passou, quando Max abriu a porta para mim e acenou para que eu saísse.
Max: Chegou a hora. -Avisou ele.
Sai do carro, e com a companhia de Max, caminhamos até a casa. Nossos rapazes, arrastavam os corpos de todos os capangas de Saulo, para dentro da casa, como o combinado.
Max: Parece que Saulo, está no banho. Pegaremos ele de surpresa. -Disse, caminhando ao meu lado.
Mari: Perfeito.
Ao chegarmos, entramos na casa, e eu tratei de me sentar no sofá. Os homens, empilharam os corpos um em cima do outro, no meio da sala, fazendo com que uma poça de sangue acumulasse no chão.
Minutos depois, o som da porta do banheiro se abrindo, pôde ser ouvido. Saulo saiu de lá, e caminhou lentamente até o interruptor da luz. Estava tudo escuro, e ele não conseguia nos ver.
Quando as luzes se acenderam, ele se assustou ao notar nossa presença. Seus olhos caíram sobre mim e se arregalaram perplexos.
Saulo: O-O quê... Você faz aqui...? Era para estar morta! -Gaguejou ele, com medo.
Sorri de lado e cruzei minhas pernas.
Mari: Pois é, Saulo. Eu deveria estar morta. Mas estou aqui. -Debochei.
Num movimento brusco, ele tentou correr, mas meus homens foram mais rápidos e conseguiram dete-lo.
Os rapazes o forçaram a ajoelhar na minha frente e, então, fitei seus olhos profundamente.
Mari: Esse momento, te remete alguma lembrança? -Indago, me referindo a noite que minha família foi assassinada.- Sala banhada em sangue. Eu, você, armas e homens de preto... Na verdade, há uma diferença, Saulo. Eu estou sentada aqui e você... Está de joelhos diante de mim. -Digo o encarando com desprezo.
Saulo me olhava apreensivo. E eu estava amando aquele olhar. Era de medo, confusão. Eu podia senti-lo, quase me implorando para poupa-lo.
Saulo: você vai me matar? -Indagou ele.
Mari: Eu vou. -Respondo firme.
Estendo minha mão para Max, e lá, ele coloca uma arma. Pego a pistola e encaro ela. Destravo e checo quantas balas haviam ali.
Mari: Uhh. O cartucho está cheio. -Digo sorrindo de lado.
Saulo: Eu ainda não entendo, porquê, quer tanto se vingar pela morte da sua família. Seu pai era tão corrupto quanto eu. -Falou, me deixando irritada.
Mari: Não se atreva a falar sobre meu pai. -Esbravejo, colocando a arma contra sua testa.
Saulo: E digo mais, Marian. Você sabe que se igualou a mim. Se envolveu com a corrupção quando assumiu meu cassino, mentiu para lei, se casou com um mafioso e agora, está segurando uma arma, ameaçando outra pessoa de morte. -Suas palavras, me deixavam cada vez mais enojada- Somos iguais.
Mari: EU NÃO SOU IGUAL A VOCÊ! -Grito me levantando, sem tirar a arma da cabeça dele.- Tudo o que eu fiz, até aqui, foi porquê você, destruiu a minha vida. Apenas, estou devolvendo o que me deu. Eu não me importo, se estou sujando minhas mãos com seu sangue. Estou te fazendo derramar, aquilo que arrancou DA MINHA FAMÍLIA! -Lagrimas solitárias, escorrem pelo meu rosto.
Max: Marian... Acalme-se... -Pediu ele, segurando meus ombros.
Saulo: Ah, e tem mais. Felicidades pelo bebê! -Disse ele, me deixando surpresa.
Mari: Como sabe?
Saulo: Eu sei de muitas coisas, Marian! -Falou convencido.
Mari: Na verdade, não. Se não, estaria ajoelhado a minha frente? -Questionei debochando.
Saulo: Não. Mas, com toda certeza, você estaria aqui no meu lugar, implorando para te poupar, enquanto, eu arrancaria esse bastardo da sua barriga com minhas próprias mãos...
Mari: Cala essa boca. -Esbravejo o interrompendo.
Saulo: Quer saber mais? Eu vou matar você, Mathew e esse bastardo de Mer... -Antes dele terminar de dizer, disparei três tiros contra sua testa.
A ira me ajudou a apertar o gatilho e me forçou a disparar mais de uma vez.
Mari: Em minha família, você nunca mais vai tocar. -Vomito as palavras, encarando seu corpo estirado no chão.
Sim, ele estava morto.
Saulo Kim, finalmente, estava morto.
Meu peito não parava de mexer, por conta da respiração pesada e rápida. A adrenalina em minhas veias, era tão intensa, como se estivesse me queimando por dentro. Que sensação.
Max: Marian... --Me chamou. Pude sentir uma leve preocupação em seu tom de voz.- Você esta bem?
Meus olhos se mantinham colados em Saulo. Minha mente, parecia querer gravar aquela cena, como se nunca mais quisesse esquecer. Eu esperei isso a vida toda.
Mari: Nunca estive tão bem em toda minha vida, Max. -Respondo convicta.
Sentia o olhar dele em mim e, no fundo, sabia que continuava preocupado, até porque, eu havia matado um homem, disparando direto na cabeça dele. Talvez, ele pensasse que eu estivesse traumatizada.
Max: Limpem isso. -Ordenou ele, para os homens.- Vamos, Marian!
Ele me segurou pelos ombros e andamos lentamente até a porta de saída da casa. Antes, parei e me virei para olhar Saulo uma última vez. Aquela guerra, tinha finalmente acabado, e eu, estou levando a vitória.
Max me guiou de volta para o carro e no caminho, me pegava pensando no que acabou de acontecer.
Não me sentia arrependida, nem com medo. Mas, era como se estivesse anestesiada, sem acreditar. Eu consegui. Ganhei algo, em que lutei minha vida toda.
Era esse o sentimento.
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INIMIGO DO MEU INIMIGO
RomanceUma mulher destemida, que perdeu toda sua família em um trágico assassinato dentro de sua própria casa, quando ainda era uma criança, ressurge com sangue nos olhos, anos depois, para se vingar do responsável. Por coincidência do destino, ela se en...