•40• Casamento?

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Marian Anderson 🌹

Estava em minha mesa, quando Mathew me chama em sua sala. Me levanto da cadeira e caminho até lá.

Ao adentrar, andei até sua mesa e, vejo sua feição séria, ele estava concentrado em algo no computador.

Mari: Me chamou? -Pergunto, o fazendo me encarar.

Mat: Quando você pretendia me contar? -Indagou e virou a tela do computador para mim.

Engoli seco ao ver de que se tratava de uma filmagem, do dia em que Saulo havia tentado abusar de mim. Voltei a encarar os olhos de Mathew e, então, ele virou novamente a tela para si.

Mat: Então? -Insistiu na pergunta, enquanto cruzava os braços.

Mari: O que faria se eu tivesse te contado?

Mat: Eu te impediria de continuar...

Mari: Exatamente! E eu não queria ser impedida de seguir com minha vingança. E com certeza, você tentaria me parar. -Esbravejo.

Mat: Obviamente. Eu não iria permitir que continuasse trabalhando com ele. Posso ser o que for, mas fechar meus olhos para esses tipos de coisas... Não! -Retrucou com o tom de voz elevado.

Mari: Por isso não te contei! Eu não me importo o que eu tenha que passar, o que tenha que fazer, o que tenha que dizer... Eu continuarei com minha vingança! -Digo convicta.

Mathew continuou me olhando em silêncio, eu entendo sua indignação, mas eu não podia deixar que me impedisse de seguir meus planos.

Ele se levantou e caminhou até mim, seus olhos me observavam com cautela, ele parecia querer ler meus pensamentos. Sua mão direita pousou na lateral do meu rosto e seu polegar acariciou a região.

Mat: Eu sei que você nunca pararia com a vingança. -Disse calmo.- Mesmo que me incomodasse, sei que nada que eu fizesse ou falasse, te faria parar.

Mari: Eu sei que posso parecer obsessiva as vezes, mas é que isso é muito importante para mim. Eu passei por muitas coisas pra estar onde estou hoje, perdi muita coisa... -Confesso abaixando o olhar.

Mat: Eu entendo. Mas você é muito mais, que alguém disposta a se vingar. -Seus dedos seguraram meu queixo e o olhei novamente- Não deixe que isso te destrua, saiba medir uma coisa com a outra. Não pode permitir se maltratar, para se vingar de alguém que te fez muito mal. A conta não fecha. -Disse, me fazendo perceber que ele tinha razão.

Como eu pude me permitir passar por coisas horríveis, em troca de me vingar de alguém que me fizesse mal? Isso soa hipócrita. Apesar de fazer parte, eu ainda precisava cuidar de mim.

Mari: Você está certo... -Concordo.

Mat: de agora em diante, deve se colocar em primeiro lugar. Para que aja sucesso, é preciso confiar em si mesma, só assim para conquistar tudo o que quer. Nunca em segundo, em terceiro... Mas em primeiro! -Falou me olhando nos olhos.

(...)

Estava dirigindo para casa, era horário de almoço e minha barriga se recusava a esperar mais uma hora. Mathew me convidou a comer com ele, mas eu precisava ir em minha casa, pois, havia esquecido meu notebook, então, aproveitaria para pegar.

Levou alguns longos minutos para chegar, o trânsito estava insuportável hoje.

Caminho até meu quarto e pego o aparelho. Ouço meu celular tocar e vejo no visor de quem se tratava.

Saulo.

Reviro os olhos e atendo.

Saulo~ Mandei mensagem mas você não respondeu. Tem algo pra mim hoje? -Perguntou me fazendo pensar em como impaciente ele está hoje.

Mari~ Não pude responder antes, senhor. Perdoe!

Idiota!

Mari~ Mas, eu soube que o senhor Steven vai ao cassino hoje a noite.

Saulo~ Hm... Você o convidou?

Mari~ Sim! Tenho me aproximado muito dele e o cassino, foi algo tentador para ele quando falei que era a dona.

Saulo~ Interessante! Continue assim.

Mathew Steven 👑

Max: no cassino? -Perguntou, depois de ouvir o plano de hoje.

Mat: Eu quero mostrar pra ele quem é que manda.

Max: O que pretende, senhor?

Mat: Vou abrir o jogo para ele. Marian ainda não sabe sobre meus planos, mas pretendo pedir ela em casamento. -Max arregalou os olhos e permaneceu em silêncio- Não quero mais ter que vê-la se submetendo a Saulo, mesmo que seja uma farsa.

Max: Decidiu isso, depois que descobriu sobre os assédios que ela sofria dele? -Indagou sério.

Mat: Sofria e ainda corre riscos de sofrer. Marian continua se encontrando com aquele homem, por conta do acordo. Isso me deixa incomodado. -Pauso por alguns segundos e continuo- Transformando ela em minha mulher, construo uma rede de proteção, Saulo não ousaria toca-la. Além disso, Marian possuí muitas coisas do interesse dele. Mas é melhor se previnir.

Max grudou seu olhar em mim e pareceu me analisar. Achei estranho ele fazer isso por um tempo.

Mat: O que é? -Pergunto não gostando do seu olhar em mim.

Max: Se preocupa tanto assim com ela? A ponto de se casar? -Perguntou me deixando sem ter o que responder- Aliás, quem garante que Saulo não vá tentar nada contra ela, se tornando sua esposa?

Mat: Me preocupo porque Marian tem muito a nos oferecer. E ela tem se arriscado muito trabalhando conosco. E, me casando com ela, trazendo publicamente que ela é minha esposa, deixo Saulo intimidado com isso. Caso algo aconteça com ela, todos desconfiariam imediatamente dele. Então, não acho que ele seria tão burro assim.

Max: Entendo. -Disse balançando a cabeça.- E como pretende iniciar essa conversa?

Mat: ainda não sei. Talvez, eu inicie falando sobre o casamento e Depois, abriremos o jogo sobre Marian trabalhar para mim... -Falo pensativo, enquanto, esfrego meu queixo- pensando melhor, eu deveria contar o plano para ela.

Max: Concordo. Quer que eu ligue para ela? -Perguntou me olhando.

Mat: Não. Tenho uma idéia melhor. -Respondo me levantando da cadeira e pegando meu palitó.- Irei até a casa dela.

Saio da sala, depois de pegar a carteira, chaves do carro e vou em direção ao veículo. Entro, coloco o cinto, ligo e dou partida, dirigindo até a casa dela.

Tento ir rápido, pois pretendo encontra-la lá, antes que o horário de almoço termine.

INIMIGO DO MEU INIMIGOOnde histórias criam vida. Descubra agora