Marian Anderson🌹
Durante o trajeto, o único som que podia ser ouvido, era o motor do carro e do trânsito.
Depois de um tempo pensativa, desvio o foco da janela e encaro o senhor Steven.
Até para dirigir, sua postura é rígida e elegante. Meus olhos varrem o perfil do seu rosto e admiram cada detalhe, não tem como negar que esse homem seja tão bonito e sexy.
Mat: Se continuar me secando assim, vou ficar desidratado. -Disse, me fazendo acordar e revirar os olhos.
Mari: Eu estava olhando para sua janela. -Minto.
Mat: Haham.
Depois que chegamos, ele estacionou o carro em frente ao prédio que moro e, então, me encarou.
Ao invés de abrir a porta e sair, permaneci parada. Algo me fez congelar no banco e uma vontade louca de ficar ali, me tomou por inteira.
Mari: Obrigada! -Agradeço o olhando de volta. Senti uma forte corrente de energia atravessando meu corpo, ao encontrar seus olhos.- É... Boa noite! -Digo.
Antes que eu pudesse sair, ouço o barulho do carro sendo trancado. Volto a olhar Mathew e engulo seco, sentindo meu corpo todo se arrepiar. Mas não de medo.
Ele tinha um controle inexplicável sobre mim. Eu não entendia como ele conseguia me prender com o olhar, me hipnotizar com palavras, me fazer sentir coisas nunca sentidas antes.
Por que?
Mat: Eu tenho uma oferta para te oferecer. -Disse me fitando- Deixarei que faça qualquer pergunta a mim, se me responder uma sobre você.
Mari: Por que eu faria isso? -Indago, levemente nervosa, por conta da sua presença tão perto.
Mat: Porque você quer saber sobre mim. -Respondeu convicto.
Mari: Quando eu disse que queria? Disse que me sentia vulnerável, por saber coisas sobre mim, enquanto eu, não sabia nada sobre você.
Mat: Você não disse, mas seus olhos demonstram, senhorita Marian! Você diz muito mais com eles, do que com a boca. -Afirmou descendo o olhar para meus lábios, me deixando ainda mais imersa nele.- Pode negar o quanto quiser, mas eu sei que me deseja. Seus olhares, tom de voz, modo de agir... Tudo te entrega. -Falou se remexendo no banco, mudando de posição, o que fez seu perfume exalar e atingir minhas narinas.
Engulo seco tentando resistir o máximo que podia.
Mari: Isso é ridículo. Por favor, abra a porta! -Pedi nervosa, tentando fugir dali.
Mathew aproximou seu rosto bem perto do meu, nos deixando a milímetros de distância um do outro. Não me afastei e permaneci parada, o encarando.
Enquanto varria seus olhos por todo meu rosto, ele destravou o carro.
Mat: Está aberto! -Sussurou com a voz rouca.
Seu hálito bateu em minha face e, ali, percebi o quão dominada eu estava, porém, suas palavras de antes no restaurante vieram a tona, me fazendo acordar rapidamente.
Mari: Que diferença faz deseja-lo? -Indago o olhando séria- O que existe entre nós, não passa de uma aliança que será desfeita, assim, que conseguirmos o que queremos. -Vomitei as palavras e, ele, ficou me encarando com uma feição indecifrável.- Tenha uma boa noite! -Digo abrindo a porta para sair.
Mat: Eu não sou uma boa pessoa, senhorita Marian! -Disse me fazendo parar, antes que pudesse sair do carro- Sou um homem frio, arrogante, egoísta... Não alguém em que possa chamar de amigo, que possa me apresentar para a família e dizer o quão bom eu serei para você no futuro. -Ele pausou e soltou um longo suspiro- Não quero que crie algum tipo de expectativa. Por isso falei aquelas coisas.
Sorrio sarcástica e o olho.
Mari: Mas eu não criei expectativa nenhuma, senhor. Por que quando nós mulheres decidimos ser simpáticas ou, apenas, perguntamos algo sobre vocês, acham que estamos interessadas? Nem tudo é sobre interesse sexual!
Mathew Steven👑
Encaro Marian, enquanto ela me fuzila com os olhos.
Suas palavras eram fortes e atravessaram meus ouvidos, como um tiro que atravessa o peito.
Ela me deixou sem ter o que responder, além disso, seus olhos confirmavam suas palavras e me faziam pensar no idiota que fui.
Ela não está interessada em mim?
Confesso que gostaria de beija-la, gostaria de tê-la em minha cama, poder sentir sua pele contra minha, poder trilhar cada centímetro do seu belo corpo e foder com ela até não aguentarmos mais.
O fato dela me rejeitar, me deixa incomodado.
Por que ela não diz logo que está louca pra transar comigo? Por que não tentou me seduzir ou dar em cima de mim? Todas as mulheres fazem isso por mim. Por que ela não?
Por que Marian continua sendo a única mulher que me atrai tanto, mas ao mesmo tempo, não se joga em meus braços?
Isso me deixa irritado. Nenhuma mulher em toda minha vida, se recusou a me ter, a me querer... Mas ela...
Fico ainda mais irado, com o fato disso acontecer com uma mulher que me atrai tanto. Marian causa um efeito em mim, efeito que nunca senti antes.
Mat: Se não causo nada em você, por que ficou nervosa quando tranquei o carro? -Pergunto a olhando nos olhos.
Pude ver uma certa insegurança nela, assim, que ouviu meu questionamento. Ela engoliu seco e desviou o olhar.
Mari: Porquê nunca ficamos sozinhos assim. E eu mal o conheço direito. -Respondeu, mas senti que sua frase era mentirosa, que na verdade, não era bem isso.- Eu preciso ir. Até mais! -Se despediu e saiu do carro.
Encarei ela se distanciar. Enquanto andava de costas para mim, foi inevitável não olhar para seu corpo.
Marian é lindamente sexy e elegante. Suas curvas são muito bem desenhadas, suas pernas bem definidas e sua bunda... Ah! Sua bunda é redondamente magnífica.
Sorrio e encaro a rua a frente. Pensando em toda nossa conversa, começo a me arrepender de ter dito certas coisas no restaurante.
Não, eu não deveria, mas na verdade, eu queria muito me envolver com ela. Tinha curiosidade para saber como era seu sabor, o quão quente será sua temperatura, sentir a maciez da pele e testar seus limites.
Eu quero saber, quero sentir. Quero provar.
Ligo o carro e saio dali, dirigindo rumo a discoteca que sempre frequento.
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INIMIGO DO MEU INIMIGO
RomanceUma mulher destemida, que perdeu toda sua família em um trágico assassinato dentro de sua própria casa, quando ainda era uma criança, ressurge com sangue nos olhos, anos depois, para se vingar do responsável. Por coincidência do destino, ela se en...