Mathew Steven 👑
Nessa hora, eu já havia mobilizado praticamente o resort inteiro para ajudar a procurar Marian.
Mat: Isso é responsabilidade de vocês! CADÊ A PORRA DA SEGURANÇA DESSE LUGAR? -Grito com um dos organizadores da festa.
Xx: Se acalme senhor. Já chamamos a polícia! -Disse tentando me acalmar, o que era difícil.
Mat: E as câmeras de segurança? Não tem imagens?
Xx: Já estão averiguando.
Enquanto isso, ligava incansáveis vezes para o celular dela, mas obviamente sem resposta. Ja estava desesperado, não sabia o que de fato tinha acontecido, e só pensava no pior.
Passavam das 6 da manhã, e eu queria ela mais do que qualquer coisa.
Xx: Conseguimos as imagens! -Disse um dos seguranças.
Fomos as pressas ver e lá estava. Um homem a carregava nos braços, acompanhado por outra mulher, provavelmente, a que atraiu Marian para o banheiro.
Mat: Me mande por e-mail por favor! -Pedi para o homem e assim ele fez.
Ao receber, enviei imediatamente para Max e disquei seu número.
Max~ Alô? -Atendeu no quinto toque.
Mat~ Te mandei um vídeo das imagens de segurança. Pegue bem os rostos dos desgraçados pesquise sobre a vida, onde moram, família, tudo. Ache-os!
Max~ Sim, senhor! Nenhuma novidade? -Perguntou.
Engoli seco e tentei conter o nervosismo.
Mat~ Nada... -Digo cabisbaixo.
Max~ Vamos acha-la!
(...)
Delegado: Parece que houve um tiroteio nas redondezas. Vamos averiguar. -Disse, chamando minha atenção.
Mat: Tiroteio? Posso ir? -Questiono apreensivo.
Delegado: Não é bom. Mas se for, procure não atrapalhar o trabalho da polícia. Quanto mais rápido fizermos as investigações, mais cedo sua esposa retorna. -Falou.
Concordei com a cabeça, e os segui até onde disseram que teve o tiroteio.
Demorou 25 minutos exatos para chegarmos no local. Era remoto, a estrada não era asfaltada, além disso, a mata rodeava o lugar. Mais a frente, havia um carro abandonado e três corpos caídos.
Uma mulher e dois homens.
Delegado: Esses dois estavam na filmagem das câmeras de segurança na festa. Provavelmente, foi ela quem atraiu sua mulher para emboscada. -Disse apontando para a mulher caída.
Mat: Quem você acha que fez isso? E onde ela está? -Pergunto apreensivo.
Delegado: Bom, pode ter sido ela, mas também, pode haver uma outra pessoa, talvez, a salvou e fugiu com ela. -Respondeu analisando a cena.
Policial: Delegado! -O chamou e o encaramos- Pegadas. -Disse ele, encarando fixamente o chão. Andamos até ele e olhamos o que mostrava- Parecem de mulher. E elas vão na direção da Mata. -Apontou para a floresta- Além disso, não há outras pegadas fazendo o mesmo percurso.
Delegado: Então, ela fugiu sozinha. -Falou pensativo.
Mat: Devíamos seguir as pegadas, talvez ela ainda esteja lá. -Falo, caminhando na direção da mata.
Sigo as pegadas até adentrar o local. Já que na floresta, não há como deixar marcas de pés, o certo é observar as folhas e gramas remexidas. Provavelmente, Marian entrou aqui correndo, então, seus rastros ficam mais grotescos e visíveis, do que alguém que apenas caminha.
Seguimos cautelosamente as marcas, por uns 200 metros. Até chegarmos em uma árvore, onde os rastros pararam, porém, havia algo no chão que mostrava que algo muito maior tinha acontecido ali.
Delegado: As marcas aqui são mais específicas e maiores. Ela pode ter caído. -Disse olhando para o chão.
Policial: Ou lutado com alguém. -Disse, dando outro palpite.
Mat: Mas as marcas que seguimos até agora, pareciam ser de uma só pessoa. Ou seja, não havia ninguém a seguindo.
Policial: Olhem! -Outro policial chamou nossa atenção.- Essas marcas na árvore, é como se alguém tentasse escalar. -Falou, apontando para as marcas.
Encaramos o topo da árvore e notamos que haviam mais dessas marcas por toda extensão dela.
Delegado: As chances da senhorita Marian ter escalado essa árvore, para tentar se esconder, são grandes. -Falou, e encarou um ponto aleatório pensativo.
Policial: Mas por que não há mais pegadas e as pistas acabam aqui?
Varro meus olhos pelo local, em busca de algo mais. Vejo o que parece ser um pedaço de pano branco, jogado a uns 2 metros de onde estávamos. Caminho até lá e na hora reconheço ser a camisa que minha mulher usava, só havia um pedaço dela, como se tivesse sido rasgado. Além disso, estava suja de sangue.
Sinto minha garganta se fechar e minhas pernas tremerem, me fazendo cambalear.
Delegado: Senhor Steven? -Disse, segurando meu braço para que eu não caísse.- Isso é dela? -perguntou e eu confirmei com a cabeça.
Policial: Há mais pegadas aqui. -Anunciou apontando outra direção.- Mas essas são maiores, provavelmente, de homens. Estão vindo de lá. -Apontou na direção contrária.
Eles a pegaram. Além disso, ela pode estar ferida, e sabe-se Deus o que podem fazer.
Ainda com o pedaço de sua camisa em minhas mãos, caio no chão sentado. O tecido ainda continha o perfume dela, o que me fez desabar no choro, enquanto sou consolado pelo delegado.
Minha maior preocupação é encontra-la, ao mesmo tempo, que meu maior medo é como encontrarei ela. Viva? Muito ferida? Morta...?
Eu só quero ela de volta.
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INIMIGO DO MEU INIMIGO
RomanceUma mulher destemida, que perdeu toda sua família em um trágico assassinato dentro de sua própria casa, quando ainda era uma criança, ressurge com sangue nos olhos, anos depois, para se vingar do responsável. Por coincidência do destino, ela se en...