Marian Anderson 🌹
Eu ouvia tudo atentamente.
Max: Isso! -Fala, me mostrando um objeto preto e pequenino- É um microfone! Você consegue rastrea-lo pelo celular e ouvir tudo que ele registrar. Use quando achar que deve. -Ele me entrega o mini microfone e eu analiso.
Mat: Mas tome cuidado! Coloque em um lugar bem escondido. Saulo, não pode nem desconfiar! -Fala me olhando sério.
Mari: Pode deixar! -Respondo convicta.
Mat: Você tem acesso a agenda dele, né?!
Mari: Sim!
Mat: Fique esperta com isso também. Com as visitas que ele recebe! É ai que surge as conversas mais interessantes! -Me aconselha e, eu aceno positivamente.
Max: Mas nos conte, o que você já tem descoberto sobre ele? -Pergunta.
Mari: Além, do assassinato da minha família, corrupção, trabalho abusivo e roubo. Tenho minhas suspeitas sobre ele se envolver com tráfico de drogas, mas ISSO, é só uma suspeita. -Digo e os encaro.
Mat: Dele, podemos esperar qualquer coisa. Saulo faz de tudo por dinheiro e poder! -Mathew desceu os olhos para fitar a taça em sua frente e respirou fundo, parecia pensativo.- Eu espero que saiba o terreno que está pisando, senhorita Marian. -Falou sério.- Mais do que ninguém, você o conhece. Presenciou o que ele fez com sua família, sabe do que ele é capaz.
Meus olhos permaneceram pousados aos seus, que me prendiam em sua imensidão castanha escura. Seu olhar era sério e fixo em mim, me lembravam o por do sol em um fim de dia na praia. Eram lindos e intimidadores.
Mari: Eu o conheço. Sei do que ele é capaz, mas isso só me faz querer acabar com ele, ainda mais. -Afirmo séria- Eu não posso deixa-lo viver mais alguns anos na vida mansa, mesmo depois de tudo o que ele fez e faz. -Sinto meus olhos marejados, mas pisco algumas vezes e respiro fundo, não me permitindo chorar.- Tem idéia do que passei por 12 anos? O que sofri por causa desse maldito? Isso porquê eu, com certeza, não sou a única a sofrer por culpa dele. Senhor Steven, estou disposta a fazer qualquer coisa para destruí-lo. -Confesso com clareza, enquanto ele e Max, me encaravam atentos e sérios.
Mat: Nós te entendemos. Eu posso ler em seus olhos, o quão, ciente está sobre essa situação e, confesso, gostar da sua determinação. Mas antes de tudo, preciso saber se está pronta pro que vier. -Diz me olhando.
Mari: Eu estou! -Digo convicta.
Mat: Ótimo!
Meu peito subia e descia rápido, por conta das emoções causadas pela conversa. Definitivamente, falar sobre minha família, lembrar do que aconteceu e associar tudo isso ao Saulo, me deixa irritada.
Bebo mais um gole do vinho e me encolho na cadeira.
Mathew Steven👑
Vê-la desabafar e sentir o sentimento de ira em suas palavras e tom de voz, me deixou muito ansioso e curioso, para saber do que ela é capaz.
Até onde iria para vingar sua família?
Até onde iria para vingar ela mesma?
Apesar de alerta-la, confesso, querer muito atingir esse objetivo e, esse gostinho, estou disposto a ajudar para dar a ela.
Marian se aconchegou na cadeira e bebeu o vinho. Continuei a olhando e analisando-a.
Encarar seu olhar, enquanto ela falava sobre Saulo, foi admirável. Ver neles a fome por justiça, a autoconfiança, a força que ela transmitiu para as palavras, me fez querer conhece-la ainda mais.
Marian se mostra ser forte cada dia que passa. E eu adoro sua personalidade, é o que torna ela ser tão atraente e interessante.
Sua beleza com certeza colabora muito mais para que me atraia tanto, porém, seu gênio ganha meu respeito a cada conversa que temos.
A sensação esquisita que sinto quando estou perto dela só vem ganhando mais força, depois de hoje então...
Ela é diferente do que estou acostumado a ver. Provavelmente, é isso que me faz ficar tão intrigado.
Desde que começou essa reunião, estou me mantendo focado, mas, sinceramente? Já me imaginei umas 30 vezes beijando essa boca e borrando seu batom. Ela é linda e sexy em tudo que faz, isso me deixa louco.
(...)
O jantar estava ótimo, comi muito bem. Chamei o garçom e pedi a conta.
Mari: Eu ajudo a pagar! -Fala mexendo na bolsa.
Mat: Faço questão de pagar! -Digo, pegando meu cartão.
Mari: Não, eu posso ajudar! -Insiste teimosa
Mat: Você paga o próximo! -Digo e ela suspira derrotada.
O celular de Max toca e ele sai para atender, ficando eu e Marian sozinhos. Ficou um clima esquisito e, um silêncio desconfortável por um tempo.
Mari: A quanto tempo conhece o Max? -Pergunta me olhando, quebrando o silêncio.
Mat: Antes do meu pai falecer, ele contratou Max para me ajudar. Ele já sabia que morreria e que eu precisaria de alguém para ser meu braço direito! -Respondo encarando a taça a minha frente, em cima da mesa.- Desde então, estamos juntos. Ele me ajuda em tudo. É um grande parceiro.
Mari: Deve ter um carinho muito grande por ele! -A olho. Ela tinha um sorriso doce e aconchegante no rosto.
Uau!
Mat: Carinho? -Indago franzindo o cenho- Não costumo ter carinho pelas pessoas. -Digo sério.
Mari: Talvez, porque goste de ser o malvado da história. -Disse dando de ombros.
A encarei sério questionando mentalmente sua audácia.
Marian soltou uma risada gostosa, ao ver, a cara que fiz com o que ela havia dito. Novamente nos encaramos e aquele sentimento voltou. Toda vez eu fico preso nesse olhar. É como se ela fosse um ímã.
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INIMIGO DO MEU INIMIGO
RomanceUma mulher destemida, que perdeu toda sua família em um trágico assassinato dentro de sua própria casa, quando ainda era uma criança, ressurge com sangue nos olhos, anos depois, para se vingar do responsável. Por coincidência do destino, ela se en...