Marian Anderson 🌹
Eu não esperava que iria encontrar Mathew aqui. Fiquei espantada quando o vi e, ainda mais, quando Frank nos colocou todos juntos em uma só mesa.
Depois que terminei de comer, decidi ir ao banheiro. Precisava sair um pouco dali, pois, a energia estava extremamente tóxica e pesada, além disso, eu já não estava tão bem.
Adentro o local e encaro o espelho. Suspiro frustrada por ter que me submeter ao assassino da minha família, aguentar os assédios dele e fingir que tudo está bem.
Mari: Tem mesmo que passar por isso, Marian? -Pergunto baixo, para mim mesma.
Uma lágrima solitária escapa. Respiro fundo e engulo o choro.
Mari: Não é hora de choramingos!
Retoco a maquiagem e decido voltar. Quando saio do banheiro, sinto me puxarem forte pelo braço.
Me assusto e, estava prestes a gritar, quando taparam minha boca com a mão.
Era Mathew.
O olho surpresa e suspiro aliviada. Ele fez um sinal de silêncio para mim e obedeci.
Mathew abriu uma porta que havia ao nosso lado e então, me puxou para dentro. Era um banheiro para deficientes físicos. Ele trancou a porta e me olhou.
Mat: Por que veio com ele? -Indaga me encarando, colocando as mãos no bolso da calça.
Mari: Ele praticamente ordenou que eu viesse. E achei que pudesse descobrir coisas a mais! -Desço o olhar e encaro o chão.
Mat: Você está bem? -Pergunta.
Mari: Eu... -Tento responder, mas as palavras não saem e as lágrimas começam a cair por minhas bochechas.- Eu... -Tento novamente, mas não consigo.
Mat: Marian... O que houve? -Indaga e o encaro.
Penso se deveria ou não contar a ele. Mas que diferença faria contar?
Mari: Nada. Não é nada. Eu só... -Digo limpando as lágrimas, enquanto penso numa mentira- só não sou de ferro.
Mat: Espero que Saulo não esteja te fazendo mal. -Disse se aproximando de mim e fitando sério, meus olhos.
Mari: Vamos só esquecer o Saulo. Eu já estou melhor. -Digo sorrindo fraco, encarando o chão.
Mathew segurou meu queixo e ergueu, me fazendo encarar seus olhos. Ao fitar aquele olhar, senti como se meu corpo todo relaxasse.
Mathew Steven👑
Olho para Marian e encaro seus olhos. Ela estava ainda mais bonita com o rosto perto do meu. Sua mão tocando a minha, fazia com que meu corpo se arrepiasse.
A proximidade entre nós era tanta, que eu conseguia facilmente sentir o cheiro do seu perfume suave e único.
Tirei minha mão de seu queixo e repousei ela em seu rosto, Marian, fechou seu olhos sentindo meu toque e não pude deixar de admirar sua beleza, agora, vista de tão perto.
Mat: Você sabe que não precisa fazer isso consigo mesma. -Falei e ela abriu os olhos para me olhar- Eu entendo seus motivos, mas eles são suficientes para que você se coloque em tais situações?
Mari: Eu não me importo, senhor Mathew. -Disse firme. Seu olhar era nebuloso, como se estivesse escrito, o quão convicta ela estava- Para saber a verdade, acabar com toda essa orgia, para mata-lo se for preciso, eu não me importo com as consequências. Mesmo que eu passe pelas grosserias, pela submissão, pelos abuso... -Parou imediatamente, ao perceber o que iria dizer.
Mat: Pelos o que? -Questiono a olhando, levantando uma das sobrancelhas- Abusos? Que tipo de abusos? -Pergunto e vejo ela engolir seco- Marian?
Mari: Abusos... Ele é um cara abusivo, tóxico... Esse tipo de abuso. -Disse, sem encarar meus olhos.
Ela parecia estar mentindo.
Mat: Mentira! -Afirmo, fitando ela sério.
Mari: É a verdade, senhor Mathew! -Rebate- Preciso ir... Saulo pode sentir minha falta! -Falou e se desviou de mim para sair.
Marian abriu a porta e sumiu de minhas vistas, após fechar ela atrás de si.
Permaneço um tempo pensativo, fitando um ponto aleatório no banheiro.
Será que é o abuso que estou pensando? Porquê se for, não tem como permitir que Marian continue com isso.
Mat: Desgraçado nojento! -Xingo Saulo ao pensar sobre isso.
Saio do banheiro e volto para a mesa. Imediatamente, avisto Marian em seu lugar e Saulo, ao seu lado bebendo e conversando com Frank.
Grudo meus olhos nele e sinto uma vontade louca de espanca-lo até que implorasse para poupa-lo, quem ele pensa que é?
Se eu descobrir o que ele anda fazendo com Marian, serei capaz de cortar suas mãos com uma serra elétrica.
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INIMIGO DO MEU INIMIGO
RomantikUma mulher destemida, que perdeu toda sua família em um trágico assassinato dentro de sua própria casa, quando ainda era uma criança, ressurge com sangue nos olhos, anos depois, para se vingar do responsável. Por coincidência do destino, ela se en...