•27• "Eu não me importo com as consequências!"

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Marian Anderson 🌹

Eu não esperava que iria encontrar Mathew aqui. Fiquei espantada quando o vi e, ainda mais, quando Frank nos colocou todos juntos em uma só mesa.

Depois que terminei de comer, decidi ir ao banheiro. Precisava sair um pouco dali, pois, a energia estava extremamente tóxica e pesada, além disso, eu já não estava tão bem.

Adentro o local e encaro o espelho. Suspiro frustrada por ter que me submeter ao assassino da minha família, aguentar os assédios dele e fingir que tudo está bem.

Mari: Tem mesmo que passar por isso, Marian? -Pergunto baixo, para mim mesma.

Uma lágrima solitária escapa. Respiro fundo e engulo o choro.

Mari: Não é hora de choramingos!

Retoco a maquiagem e decido voltar. Quando saio do banheiro, sinto me puxarem forte pelo braço.

Me assusto e, estava prestes a gritar, quando taparam minha boca com a mão.

Era Mathew.

O olho surpresa e suspiro aliviada. Ele fez um sinal de silêncio para mim e obedeci.

Mathew abriu uma porta que havia ao nosso lado e então, me puxou para dentro. Era um banheiro para deficientes físicos. Ele trancou a porta e me olhou.

Mat: Por que veio com ele? -Indaga me encarando, colocando as mãos no bolso da calça.

Mari: Ele praticamente ordenou que eu viesse. E achei que pudesse descobrir coisas a mais! -Desço o olhar e encaro o chão.

Mat: Você está bem? -Pergunta.

Mari: Eu... -Tento responder, mas as palavras não saem e as lágrimas começam a cair por minhas bochechas.- Eu... -Tento novamente, mas não consigo.

Mat: Marian... O que houve? -Indaga e o encaro.

Penso se deveria ou não contar a ele. Mas que diferença faria contar?

Mari: Nada. Não é nada. Eu só... -Digo limpando as lágrimas, enquanto penso numa mentira- só não sou de ferro.

Mat: Espero que Saulo não esteja te fazendo mal. -Disse se aproximando de mim e fitando sério, meus olhos.

Mari: Vamos só esquecer o Saulo. Eu já estou melhor. -Digo sorrindo fraco, encarando o chão.

Mathew segurou meu queixo e ergueu, me fazendo encarar seus olhos. Ao fitar aquele olhar, senti como se meu corpo todo relaxasse.

Mathew Steven👑

Olho para Marian e encaro seus olhos. Ela estava ainda mais bonita com o rosto perto do meu. Sua mão tocando a minha, fazia com que meu corpo se arrepiasse.

A proximidade entre nós era tanta, que eu conseguia facilmente sentir o cheiro do seu perfume suave e único.

Tirei minha mão de seu queixo e repousei ela em seu rosto, Marian, fechou seu olhos sentindo meu toque e não pude deixar de admirar sua beleza, agora, vista de tão perto.

Mat: Você sabe que não precisa fazer isso consigo mesma. -Falei e ela abriu os olhos para me olhar- Eu entendo seus motivos, mas eles são suficientes para que você se coloque em tais situações?

Mari: Eu não me importo, senhor Mathew. -Disse firme. Seu olhar era nebuloso, como se estivesse escrito, o quão convicta ela estava- Para saber a verdade, acabar com toda essa orgia, para mata-lo se for preciso, eu não me importo com as consequências. Mesmo que eu passe pelas grosserias, pela submissão, pelos abuso... -Parou imediatamente, ao perceber o que iria dizer.

Mat: Pelos o que? -Questiono a olhando, levantando uma das sobrancelhas- Abusos? Que tipo de abusos? -Pergunto e vejo ela engolir seco- Marian?

Mari: Abusos... Ele é um cara abusivo, tóxico... Esse tipo de abuso. -Disse, sem encarar meus olhos.

Ela parecia estar mentindo.

Mat: Mentira! -Afirmo, fitando ela sério.

Mari: É a verdade, senhor Mathew! -Rebate- Preciso ir... Saulo pode sentir minha falta! -Falou e se desviou de mim para sair.

Marian abriu a porta e sumiu de minhas vistas, após fechar ela atrás de si.

Permaneço um tempo pensativo, fitando um ponto aleatório no banheiro.

Será que é o abuso que estou pensando? Porquê se for, não tem como permitir que Marian continue com isso.

Mat: Desgraçado nojento! -Xingo Saulo ao pensar sobre isso.

Saio do banheiro e volto para a mesa. Imediatamente, avisto Marian em seu lugar e Saulo, ao seu lado bebendo e conversando com Frank.

Grudo meus olhos nele e sinto uma vontade louca de espanca-lo até que implorasse para poupa-lo, quem ele pensa que é?

Se eu descobrir o que ele anda fazendo com Marian, serei capaz de cortar suas mãos com uma serra elétrica.

INIMIGO DO MEU INIMIGOOnde histórias criam vida. Descubra agora