Marian Anderson🌹
Max: Preciso ir, senhor! -Fala voltando, depois, de atender o telefone.
Mat: Está tudo bem? -Perguntou, notando uma certa preocupação em Max.
Max: Tá sim, é que minha filha precisa de mim agora! -Respondeu e sorriu sem jeito.
Mat: Ah! Então, vá logo. Família em primeiro lugar. -Falou e eu o encarei.- Boa noite!
Max: Obrigado, senhor! Boa noite para vocês! -Se despediu e saiu.
Mathew acompanhou Max com o olhar, até que ele sumisse do seu campo de visão e, então, me encarou. Engoli seco sentindo seu olhar adentrar minha alma. Como ele conseguia segurar meus olhos aos seus, sem que eu pudesse desviar?
Mat: Algum problema? -Perguntou, notando meu olhar fixo nele.
Mari: É que... -Respiro antes de começar a falar. Precisava me recompor.- Eu contei coisas sobre mim para o senhor, coisas que ninguém mais sabe. Detalhes que omiti, até, da polícia...
Mat: Se sente ameaçada? -Indaga me interrompendo.
Mari: Me sinto vulnerável. -O corrijo séria- Gostaria que houvesse uma troca. -Mathew sorriu de lado e me fitou.
Mat: Quer que eu te conte meus segredos... -Falou supondo.
Mari: Não preciso que me conte seus segredos, gostaria que me contasse sobre você! -Falei e, Ele suavizou o olhar.
Mat: Por que? -Questionou.
Mari: Porque...
Mat: Por que quer saber sobre mim? -Me interrompeu seco. O encarei confusa pela reação- Senhorita Anderson, saiba que estamos trabalhando juntos, apenas, porque temos objetivos parecidos. Não seremos amigos, não ficaremos próximos. -Falou cuspindo as palavras, me deixando sem ter o que dizer- Quando isso acabar, será cada um para seu lado e nunca mais nos encontraremos. Não tem porquê, querer saber sobre mim! -Finalizou.
Levantei às sobrancelhas surpresa com suas palavras. Sorri fraco e soltei um suspiro.
Mari: Eu pensei que teria direito em saber o mínimo, sobre alguém, que sabe muita coisa a meu respeito. Mas tudo bem. -Falo e me levanto- Vou indo, senhor Mathew. Tenha uma boa noite!
Abro a porta para sair e, encontro um dos garçons parado lá, ele estava prestes a bater. Sorri sem graça e desviei, para ir embora.
Saio do lugar e caminho para a saída. Na porta do restaurante, pego meu celular e quando estava pronta para pedir um Uber, ouço uma voz gritar meu nome.
Xx: Marian? -Me assusto e franzo o cenho. Essa voz é familiar. Parece a do...
Mari: Mike? -Digo espantada ao vê-lo.
Mike é meu ex. Na verdade, queria nunca tê-lo conhecido, foi literalmente, um desperdício namorar três anos com ele.
Mike: Você tá mais linda, ein! -Fala me secando dos pés a cabeça- Senti saudades! -Sorri de lado e eu reviro os olhos.
Mari: Não quero saber! -Falo seca.
Mike: Vai dizer que não sente falta? Duvido que tenha esquecido de mim. Vem comigo para termos uma noitada de nostalgia! Ahn? O que acha? -Diz piscando. O olho com cara de nojo.
Mari: Me deixa em paz, Mike! -Digo irritada, me afastando.
Mike: Que foi, ein Marian? -Esbraveja- Quando terminamos, me ligava chorando pra me xingar. Agora, me pede pra te deixar em paz? -Indaga, segurando forte meu braço.
Mari: Só te ligava quando estava bêbada. E você conhece a palavra "superar"? -Falo fazendo aspas com os dedos- Além disso, pensou mesmo que eu iria continuar sofrendo por um nojento como você? -Descarrego as palavras, o fuzilando com os olhos, enquanto, tento me soltar.- Me larga!
Mike: Não me achava nojento quando estava comigo, né?! -Indagou segurando meu rosto com força.
Mari: Me solta, Mike!!!
Mat: EI! -Diz aparecendo do nada, chamando nossa atenção- Solta ela!
Mathew Steven👑
Marian saiu irritada, depois de ouvir minhas palavras. Suspiro e esfrego os olhos frustrado com a situação.
Sei que pareci rude, mas criar vínculos não está em meus planos, ainda mais, quando temos um pacto envolvendo Saulo Kim. Tudo pode acontecer.
Me levanto depois de pagar a conta, ajeito o terno e saio. Caminho para o estacionamento e, antes de chegar em meu carro, ouço vozes que pareciam discutir.
Porém, uma delas me chamou a atenção por parecer familiar.
Mat: Marian?
Ando pelo lugar a procura da origem do som e encontro Marian discutindo com um cara, que segurava seu braço, enquanto ela tentava se desvencilhar.
Aquilo me incomodou.
Ainda encarando a situação, o vejo segurar rudemente o rosto dela. Vou até eles e decido parar com essa palhaçada.
Mari: me solta, Mike! -Fala tentando se soltar.
Mat: EI! -Digo me aproximando, fazendo ambos me olharem- Solta ela! -Mando sério.
Xx: Não se mete, amigo! -Fala me deixando ainda mais irritado. Ele continuava puxando ela contra a vontade.
Mat: MANDEI SOLTAR A MINHA MULHER! -Grito pegando sua mão e o empurrando para longe, deixando-o cair no chão.
Xx: Sua o que? -Indaga Surpreso.
Mat: Minha mulher! Você é surdo? -Questiono o encarando, jogado no chão- Mesmo que não fosse, você deveria respeita-la. Quem pensa que é? -O vagabundo me olhava com medo e, se encolhia a cada passo que eu dava em sua direção- Marian não é um objeto! -Digo fitando seus olhos- Vamos embora! -Falo, pegando na mão dela e, a levando até meu carro.
Marian não disse, ou perguntou nada, durante o caminho até meu carro. Ao chegar nele, abro a porta do passageiro para que entre, mas ela permaneceu parada.
Mari: Obrigada, mas o senhor não precisa fazer isso! -Diz, me olhando séria.- Posso seguir sozinha agora.
Mat: E você garante que ele não vá te seguir ou continuar a incomodá-la? -Pergunto, mas sem obter resposta- Foi o que pensei. -Digo, ao entender seu silêncio.- Entra no carro! -Peço autoritário e, ela reluta um pouco, mas acaba obedecendo.
Marian entrou no carro e eu fechei a porta. Em seguida, entrei. Colocamos o cinto, liguei minha BMW e dei partida.
Pedi que ela colocasse seu endereço no GPS e assim fez.
Dirijo pelas ruas de Los Angeles, enquanto, o silêncio reinava entre nós.
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INIMIGO DO MEU INIMIGO
RomanceUma mulher destemida, que perdeu toda sua família em um trágico assassinato dentro de sua própria casa, quando ainda era uma criança, ressurge com sangue nos olhos, anos depois, para se vingar do responsável. Por coincidência do destino, ela se en...