Marian Anderson 🌹Eu estava disposta a qualquer coisa, para conseguir tudo o que quisesse, nem que para isso eu me tornasse outro alguém.
Voltei a trabalhar e durante a madrugada, me encontraria com o senhor Steven. Esse foi o horário que encontramos para que eu pudesse aprender, já que durante o dia, seria muito arriscado que ficassemos andando juntos pelos locais.
Caminho até a minha mesa e me sento. Começo analisando todos os materiais que tenho acumulados e dou início.
Ouço as portas dos elevadores se abrirem e passos caminharem pelo enorme corredor. Avisto Saulo, acompanhado por Bob e Mika, suas expressões eram rígidas e Saulo aparentava estar furioso, o que me deixou curiosa.
Saulo: Marian, venha até minha sala! -Ordenou. Obedeci e me juntei a eles para entrar.- Toda a plantação foi queimada! -Anunciou quando chegamos na sala.
Meus olhos o olharam surpresa. Queimada?
Bob: Tenho certeza de que foi Mathew, senhor! -Falou e então, pude cair na real.
Com certeza, senhor Steven fez isso por vingança ao que Saulo fez na boate. Achei pouco.
Contenho minha vontade de rir e permaneço calada diante deles.
Saulo: Marian! -Me chamou- Eu irei te demitir! -Disse e arregalei meus olhos não acreditando no que ouvia.
Mari: Po-Por quê, senhor? -Indago nervosa.
Saulo: porque eu tenho um trabalho muito importante para você! -Disse me deixando curiosa.- Eu vou te demitir, mas farei com que você se aproxime dele. Mathew Steven!
Mari: Como?
Saulo: Soube que ele está precisando de uma secretária. Essa é a deixa perfeita. -Falou, enquanto andava pela sala, com umas das mãos no bolso da calça- Mas eu não quero só que fique de olho nele. Seduza ele, faça com que ele fique em suas mãos, manipule, tire, use... Faça de tudo!
Mari: Desculpe a intromissão, senhor. Mas por que quer que eu me aproxime dele? -Me Faço de desentendida e Saulo suspira.
Saulo: Foi ele quem mandou queimar toda a minha plantação de café. -Respondeu.
Mari: Mas, serei demitida. O que eu ganharia em troca? -Pergunto.
Saulo: Irei te pagar muito bem. Vai ganhar o triplo do que ganha como secretária. -Respondeu se sentando em sua cadeira e cruzando as pernas.
Fiquei em silêncio por alguns minutos, precisava analisar a proposta e ver se aquilo me beneficiária muito mais que minha condição financeira, que nem é tão ruim, então não é pelo dinheiro.
Eu precisava ser mais esperta que Saulo e fazer com que minha vingança progredisse num ponto, em que só ele sairia perdendo.
Mari: Posso fazer um pedido de troca? -Pergunto, já com toda a idéia esquematizada na cabeça.
Saulo me olhou por um tempo e pareceu pensar no que responderia.
Saulo: Ok. Você tem direito a um pedido!
Mari: Quero gerenciar um dos seus negócios. -Respondo firme e pude ouvir Mika e Bob rirem, baixinho ao me lado.
Saulo estreitou os olhos e debruçou na mesa, para me encarar melhor.
Saulo: Como assim?
Mari: Qualquer coisa, senhor! Eu sei que o senhor faz muito mais, do que apenas produzir café.
Saulo: Quem é você e o que fez com a doce e ingênua Marian Anderson? -Indagou sorrindo de lado.
Mari: Depois que minha amiga morreu injustamente. Tudo o que eu quero é achar o maldito responsável! -Cuspo o olhando séria. Apesar de estar olhando para o próprio desgraçado, eu precisava de um álibi. Saulo devolveu o olhar, sem dizer nada- Tenho a sensação que conseguirei encontra-lo mais fácil assim!
Saulo: O mercado negro é algo assustador, espero que entenda onde pisa! -Disse me olhando nos olhos, com uma intensidade ainda mais sombria.- Mas aceito teu pedido. Tenho um trabalho perfeito para você!
Mathew Steven 👑
Depois de um longo dia no trabalho, entro no carro e Max dirige rumo ao ginásio abandonado, que usamos para treinar meus homens. Lá eles treinam tiro ao alvo, box, artes marciais e várias outras formas de ficar perfeito para o trabalho.
Chego e a primeira coisa que vejo, é Marian acompanhada por Lerry.
Decidi que eu mesmo iria treina-la, já que ela havia me pedido olhando em meus olhos, que queria ser como eu. Ninguém melhor para ensina-la.
Mat: Está pronta? -Pergunto ao me aproximar.
Mari: Sim! -Respondeu firme.
Entramos no ginásio e observo o lugar, fazia um tempo que não entrava lá.
Mat: Bem vinda, ao matadouro! -Apresento o lugar, a olhando e abrindo os dois braços.
Mari: Matadouro? -Perguntou levantando uma sobrancelha.
Mat: É como apelidamos. Daqui só saem soldados preparados para um guerra. Lerry, Gab, Max. Todos treinaram aqui por anos, até que fossem escolhidos a se juntar a mim. -Digo contando os detalhes para ela- Bom, aqui ficam as armas. Facas, armas de fogo, punhais, arco e flecha... Temos de tudo. -Digo mostrando o enorme arsenal.
As armas estavam expostas e penduradas em uma espécie de mural. Marian deslizou os olhos sobre cada uma e fixou-se em uma específica. Notei que o que chamara sua atenção se tratava de uma pistola calibre 12, com o punho amadeirado e o cano prateado, realmente, era bonita e combinava com Marian.
Os olhos de Marian analisavam a arma detalhadamente, seus dedos passeavam pelo cano curiosamente, querendo sentir a textura dela.
Mat: O relacionamento entre atirador e arma, precisa ser objetivo e convicto. Para usá-la, é seu dever saber porquê e o que fazer. -Explico. Marian me ouvia, enquanto segurava a arma- Em alguns casos, você não escolhe a arma, ela é quem escolhe você! -Falo atraindo o olhar dela para mim.- Fique com essa, mas tome cuidado. Vamos lá ver como você se saí usando ela.
A Chamo. Marian me seguiu até o local de tiro ao alvo e então mostrei a ela onde teria que ficar e, onde estavam os alvos.
Antes, mostrei a ela como uma arma funciona e como ela deveria carregar. Marian encarava e ouvia cada detalhe que eu a mostrava, ela parecia centrada e muito focada no que queria, isso me admirava.
Depois de ser apresentada a arma, permiti que ela desse início aos tiros para treinar a mira. Ela segurou a arma e com uma posição desajeitada, mirou no alvo e atirou, errando feio.
Mat: Você precisa relaxar mais seus braços -Explico me aproximando e tocando nela, mostrando como se fazia- suas mãos não podem tremer, e você precisa tomar cem porcento do controle da situação. -Nossos corpos estavam próximos. Uma de minhas mãos segurava a arma por cima da mãos dela e a outra, estava repousada em sua cintura.
Eu conseguia sentir seu perfume e o cheiro de seus cabelos. Essa proximidade era calorosa e me deixava intimidado.
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INIMIGO DO MEU INIMIGO
RomanceUma mulher destemida, que perdeu toda sua família em um trágico assassinato dentro de sua própria casa, quando ainda era uma criança, ressurge com sangue nos olhos, anos depois, para se vingar do responsável. Por coincidência do destino, ela se en...