𝐕

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O garoto acordava com os raios solares batendo contra seus olhos, após cometer o grande erro de não ter deixado a janela de seu quarto fechada após a noite passada, seus cabelos espalhados por diversas vezes que se mexeu durante o sono  e o lençol agora se encontrava no chão. Guiando toda a coragem restante que ainda tinha dentro de seu corpo, em um movimento se levantou de sua cama caminhando rumo ao chuveiro, o barulho de pratos e outros utensílios faziam presença enquanto seu corpo aos poucos era entregue a aguá para acordar e enfrentar finalmente uma "feliz" sexta.

Já vestido com seu traje escolar pode descer as escadas notando pessoas em sua cozinha, sua mãe no notebook fazendo algum trabalho, sua irmã jogando no celular enquanto tentava pentear os cabelos curtos e Heidi, a empregada/babá da casa. A senhora na escala de seus 40 anos, viu todas as fases do levantador, praticamente crescendo com ele.

— O que está tentando fazer? — Sua voz adentrou no cômodo assustando a garota mais nova que esticou o pente para [m.nome]. — Parece uma criança.

— Ela está sendo mais madura que você em questão de notas. — Os olhos [e/c] opacos encararam o filho virando o aparelho lentamente. —  Nota vermelha em física.

— A única, pode verificar que eu não tive outra se quer. — Justificou terminando de arrumar os fios de sua irmã. — Física não é algo que vai me influenciar no futuro mesmo.

A mulher apenas ajeitou seus óculos antes de deixar a bolsa em seu ombro segurando a mão de sua filha, a afastando do irmão para se aproximar da porta com a desculpa de atraso em aulas. O jovem de cabelos claros/escuros sentou na mesa deixando a bolsa em um dos cantos, Heidi olhava de relance para seu garoto enquanto tinha uma expressão melancólica em sua face, apenas observando aquele garotinho, agora um rapaz, novamente comendo na mesa sozinho enquanto se mantinha em silêncio sem suas infantis histórias milaborantes.

— Não esqueça seu bento, menino. — A mulher anunciou esticando a bolsa em direção ao adolescente. — Boa aula.

— Obrigado.

Com o carro da mulher saindo, o [h/c] caminhou lentamente rumo a sua escola mantendo os fones conectados em seu ouvido e seus olhos mantidos no chão deixando que a música o levasse para áreas totalmente diferentes, esquecendo de qualquer problema envolvendo si mesmo ou até sua família em casa. Nekoma estava a passos guiados e pequenos, com um pequeno esforço o rapaz começou a andar quase se arrastando, deixando a bolsa cair em um braço deixando pendurada apenas pelo esquerdo, finalmente caminhando agora para sua sala.

𝐌𝐈𝐘𝐀𝐆𝐈, 𝟏𝟐:𝟑𝟎

A mulher de cabelos escuros olhavam a outra figura bem semelhante a sua enquanto deixava a xícara de chá sobre a mesinha de centro, o silêncio era predominante e suas mão faziam apenas o barulho pela unha bater contra a madeira.

— Preciso que cuide dos meus filhos, minha viagem para a Europa está próxima e não quero deixar eles dois sozinhos com a empregada. — Foi direta ajeitando seus cabelos para trás de sua orelha. — Pode levar meu irmão se você quiser.

—  Ele está focado na escola, e provavelmente na possível volta dele para o clube. — Explicou antes de ajustar sua postura e limpar a garganta. — Tem os pais deles, não pode falar com algum?

— Não quero nenhum na minha casa, principalmente Ryota. Já não basta induzir meu filho para o vôlei? Ele ainda irá seguir direito e vai esquecer esse desejo idiota.  — Esbravejou pegando novamente sua bolsa para caminhar até a porta. — Você pode tentar me dar a resposta antes do próximo fim de semana? Estarei ocupada agora.

Antes que sua mãe se pronunciasse, o jovem de cabelos castanhos adentrou na casa indicando sua chegada e franzindo a testa pela presença repentina de sua irmã mais velha.

— Pensei que você ainda trabalhasse em Tokyo, o que aconteceu?

— Só vim falar algumas coisas com a mamãe. — Falou antes de ajustar o rabo de cavalo em seus fios, e caminhar em direção ao carro com uma carranca. — Asahi, como está o vôlei?

— Ah? Bem... Não é mais divertido como antes. — Falou ainda tentando voltar com suas palavras, confuso pelo interesse repentino de sua irmã mais velha. —  Dei um tempo no clube depois do que aconteceu.

— Pelo menos alguém desta casa concorda comigo. — Falou sorrindo de lado antes de entrar no veículo e ligar para poder deixar seu caminho. — Se cuidem.

𝐍𝐄𝐊𝐎𝐌𝐀

— Kozu-chan. — O levantador mais velho chamou seu kouhai enquanto girava a bola em seu dedo com um leve beicinho em seus lábios. — Quer terminar nosso mundo hoje? Eu deixei salvo no computador e pode ser legal jogar.

— Ah, certo! — Kenma respondeu olhando para sua mão, antes de virar o corpo para encarar os outros jogadores agora juntos com os primeiros anos. — [m.nome], acha que esse ano teremos alguma evolução extrema?

— Está preocupado por ter que se mexer mais do que o comum? — Brincou, antes de abaixar no chão para amarrar os cadarços de seu tênis. — Não vou mentir, sinto que esse ano nós podemos ter um trabalho maior se passarmos para a nacional.

—  Eu estou preocupado com algum membro novo, se algum for problemático eu irei ter um surto e jogar a bola de vôlei nele.  — O segundo ano confessou antes de caminhar até Kuroo , deixando o [h/c] rindo com a atitude do mais novo.

[m.nome] agora levantava para os outros primeiros anos, antes de olhar de relance para o canto da  quadra, na qual Kai olhava o amigo levantando um polegar. Com seus olhos focados, seu braço se flexionou  para cima arremessando perfeitamente a bola na frente do palmo de Tora, que comemorou erguendo os braços. O terceiro ano sentiu uma pequena queimação sobre seus dedos olhando para a palma com uma grande confusão a queimação também se espalhou por seu corpo o fazendo sorrir involuntariamente, antes de pegar mais uma bola chamando um dos primeiros anos para o treino solo.

Ele amava aquela sensação. 

𝗇𝖾𝗄𝗈𝗆𝖺'𝗌 𝗌𝖾𝖼𝗋𝖾𝗍 𝗌𝖾𝗍𝗍𝖾𝗋 ‣ 𝗵𝗮𝗶𝗸𝘆𝘂𝘂 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora