𝐗𝐈𝐈

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— Perdão. — [m.nome] se desculpou na direção do mais velho que apenas sorriu negando com a cabeça. — Meu pai acabou vindo.

— Está tudo bem e-

— MAIS UM! — O ruivo gritou mesmo vendo todos jogados no chão em cansaço.

— Hã? Você ficou se mexendo igual doido e ainda tem energia?

— Ei, ei! Agora não dá! Eles tem que pegar o trem-bala. — O treinador loiro falou erguendo o número dez o tirando do chão. — Se reúnam!

[M.nome] caminhou até Nobuyuki o ajudando a levantar, enquanto o time caminhava em direção ao treinador da Karasuno formando um pequeno meio círculo.

— Vocês são realmente difíceis de lidar em questão de jogo. — Assumiu colocando a mão sobre a cintura. — Também tem uma observação de dar inveja a uma grande parte do time.

— Ainda acredito que suas habilidades sempre estarão evoluindo, ainda são adolescentes, então acredito que a próxima geração de jogadores serão... Monstros.

— Com isso eu ainda quero ver vocês jogando contra nós, não apenas em um amistoso. — Ukai sorriu de lado para cada jogador. — Mas sim na própria batalha do lixão.

— OBRIGADO PELO JOGO.

Se desfazendo de seus círculos, os adolescentes começaram a se arrumar junto da quadra, não deixando nem uma parte suja para os frequentadores.

— Ah com licença. — Uma menina de cabelos preto chamou a atenção do levantador, antes de apontar para seu bolso. — Onde você achou essa presilha?

— Ah eu acabei esbarrando em alguém, acho que caiu. — Explicou retirando o acessório do bolso e esticando para a menor. — É seu?

— Sim, obrigada. — Pegou o acessório guardado em sua bolsa, antes de caminhar para seu time novamente a garota virou em direção ao [h/c]. — Sou Kiyoko Shimizu.

— [M.nome] [Sobrenome]. — Sorriu de lado, antes de andar em direção aos outros jogadores para continuar a arrumação.

Passando o esfregão no chão, o rapaz franziu a sobrancelha olhando para o levantador loiro que parecia se esconder atrás de si.

— Ele me assusta. — Falou baixo olhando de relance ao moreno que antes vestia a camisa número nove.

[M.nome] riu pela ação do mais novo, guardando o esfregão no armário e ajeitando sua roupa, antes de cruzar os braços caminhando até sua bolsa deixando guardado o celular após o desligar. Caminhando para fora, o rapaz tocou no ombro do Ace da Karasuno com um sorriso de lado, antes de tocar em sua testa. Caminhando na direção oposta onde seu time caminhava rumo a plataforma do trem.

[...]

— Eu... Preciso ir? — O rapaz perguntou para seu pai, enquanto ajeitava a blusa de botões em seu corpo.

— É algo relacionado a você... É melhor.

[M.nome] estava com os braços cruzados mexendo em uma das chaves em seu bolso, vestia uma calça social e uma blusa de botões com alguns abertos, ambas as peças eram de tonalidade preta segurando a em suas mãos uma caixa com seus óculos de descanso. Os fios [e/c] rebeldes se encontravam um pouco mais arrumados do que costumava ser, praticamente deixando que o garoto se tornasse uma cópia de carbono do jogador que dirigia o carro.

— Ela não tem alguma coisa pra fazer no hospital? Podemos conversar quando eu voltar. — Mexia os dedos, batendo o pé no chão em sinal de nervosismo. — Eu não gosto de restaurante.

— [m.nome], eu sou seu pai e eu sei do que você não gosta. — Estacionando na frente do estabelecimento, o homem mais velho suspirou sorrindo de lado para seu filho. — Você vai entender.

Molhando seus lábios, o rapaz desceu do carro colocando seus óculos caminhando em direção ao local sendo seguido pelo seu progenitor. Entrando no local informado, [m.nome] mordeu a ponta de seu polegar após ver a sua figura materna sentava ajeitando seu óculos de grau e sua roupa de trabalho.

— Você esperou muito? — Aquele tom não era o usual de Ryota, o homem que antes tinha um sorriso no rosto estava sério encarando a mulher que um dia foi casado.

— Cheguei a pouco tempo. — Coçou a garganta, antes de olhar novamente o cardápio em suas mãos, parecendo o analisar. — Podemos começar?

Os dois homens sentaram na mesa, cada um em uma das cadeiras, enquanto deixavam suas mãos debruçadas nas pernas. A mulher olhava por cima dos óculos, tendo uma grande briga interna consigo mesma pela semelhança que ambos os rostos da sua frente tinham.

— Sabemos que você é alguém responsável, filho. — Ryota estava começando agora de uma forma calma, mesmo não parecendo seguro em suas ações. — E que as coisas com sua mãe não estão... Fáceis (?)

— Entendo. — Vendo os pratos serem colocados na frente de cada um, fazendo o garoto suspirar mexendo em seu garfo. — Mas o que isso tem haver.

— Acho melhor você começar a cuidar de si mesmo, sozinho. — A mulher falou em um tom rígido, enquanto colocava uma folha de alface em sua boca. — Seu pai não tem sua guarda e daqui a alguns meses você chegará à maioridade.

— Sua mãe achou melhor você começar a morar em um dos apartamentos, perto do ginásio que eu treino. — O [h/c] mais alto, que olhava qualquer expressão nova em seu filho. — Morar na minha casa seria uma boa opção, mas a Toyoko-chan não aceita deixar sua guarda comigo.

— Não me coloque como a vilã dessa história, [sobrenome]! — A morena rosnou, enquanto apertava suas unhas na toalha da mesa. — Agir como o pai bonzinho não vai te colocar em um pedestal.

— Pelo menos estou agindo como pai! — Retrucou, enquanto comia lentamente segurando um sorriso irônico. — Você está agindo como mãe?

A mesa estava novamente em um silêncio desconfortável, fazendo o único estudante bater os pés contra o mármore do restaurante, Ryota e Toyoko estavam em uma briga apenas com o olhar, isso causava pequenos flashes estranhos na cabeça de [m.nome].

— Eu vou. — Finalmente sua voz se fez presente, fazendo com que os dois adultos pegassem sua atenção. — Ir morar sozinho uma hora iria chegar, por que não agora?

— [m.nome], você tem certeza? — O jogador perguntou soltando um suspiro pesado, antes de sorrir colocando a mão sobre a cabeça do mais novo. — Todo dia eu vou te visitar.

— Mas...

— Rubizinho entenda. — O mais velho sussurrou, antes de passar o braço nos ombros do mais novo. — A partir do momento que eu sou titulado seu pai, sozinho você não fica.

𝗇𝖾𝗄𝗈𝗆𝖺'𝗌 𝗌𝖾𝖼𝗋𝖾𝗍 𝗌𝖾𝗍𝗍𝖾𝗋 ‣ 𝗵𝗮𝗶𝗸𝘆𝘂𝘂 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora