𝗇𝖾𝗄𝗈𝗆𝖺'𝗌 𝗌𝖾𝖼𝗋𝖾𝗍 𝗌𝖾𝗍𝗍𝖾𝗋 ‣ 𝗵𝗮𝗶𝗸𝘆𝘂𝘂 ✓

𝐕𝐈𝐈𝐈

— Karasuno? — O jovem perguntou quebrando o silêncio após o treino.

O time finalmente estava em um treino sem suas blusas fixas, mas sim em seus uniformes temporários para o jogo contra si. Durante os últimos segundos, foram interrompidos por Nekomata anunciando um novo amistoso, ou talvez novos.

— Rivais destinados, Corvos, Batalha do lixão. — Yaku murmurava ao lado dos outros terceiros, que tinham a mesma expressão do líbero, confusa. — Então somos rivais, mas não competimos?

— Karasuno após o grande auge teve uma  queda por conta do desenvolvimento, e meu antigo rivais Ukai se aposentar. — Nekomata explicou aos jovens, que o ouvia atentamente tentando ainda entender a lição jogada. — Porém temos um problema.

— Qual problema seria? — Agora foi a vez de Kuroo perguntar, apoiando o braço em cima da cabeça de Kenma, que grunhiu bravo. — Espaço?

Nekomata olhou para Lev que novamente tentava treinar seu saque sozinho e falhava bruscamente, antes de estalar sua língua.

— Ah ele... Lev não é algo que deve ser difícil, Nekomata-sensei. — [m.nome] falou olhando o meio russo, antes de virar a cabeça para o resto do time. — O que seria?

— Um de vocês deve ficar e ensinar Lev com algumas habilidades, sabe? Aprimorarem. — Naoi apontou, antes de pegar sua pasta escolhendo alguns nomes em sua folha. — Precisamos só ver quem pode ficar.

— Os titulares irão, para ser mais fácil de se locomover e o ônibus não encher tanto, na próxima oportunidade todos vão poder ir.

— Então, eu posso cuidar de Lev. — O [h/c] sugeriu levantou sua mão esquerda. — Eu não sou titular, então posso ficar treinando com Lev durante esse tempo.

— Na verdade, [sobrenome]... Você vai com a gente, quero que a águia da Nekoma dê uma boa olhada nos novos adversários. — O homem mais velho comentou, antes de ver um dos primeiros anos se voluntariaram para ficar com o pequeno/grande futuro ace. — Bem, amanhã teremos mais um treino e na próxima semana os jogos em Miyagi, tragam pelo menos a autorização de seus responsáveis assinadas, dispensados!

[...]

Kai e [m.nome] andavam em direção às suas casas aproveitando um o silêncio do outro, enquanto trocavam apenas duas palavras ou até mesmo algumas informações sobre a viagem falada. Kai se despedindo de seu amigo seguiu rumo a sua casa, enquanto [m.nome] entrava vendo sua irmã mais nova jogada no sofá adormecendo.

Supondo que sua mãe novamente passaria a noite no escritório, pegou a garota mais baixa no colo e caminhou rumo a seu quarto, a deitando sobre a sua cama cobrindo com o lençol felpudo. Caminhando ou melhor, cambaleando em direção ao quarto, resmungou tirando as roupas da escola e colocando suas roupas melhores para dormir, antes de cair em sua cama mexendo no celular.

Cabeça de galo enviou uma mensagem. (3)

Cabeça de galo: Você também achou estranho?
Sabe, eu tirei menos de cinco em português.
Mas tirei nota máxima em química!

Me: Talvez seja um meio burro?

Cabeça de galo: Não diga isso!
Você me machuca assim!

Me: Estou te ignorando, Testu.

Cabeça de galo: Oya...
Me chamou de Testu.
O que é isso? Um pedido de casamento?
Certo, podemos nos casar.
Kenma será nosso filho assim?
Acho que Kuroo combina com [Nome].

Cabeça de galo está digitando...

Cabeça de galo: Realmente estou sendo ignorado?
AAAAAAAAA!

Me: Entre vocês.
Eu me casaria com Kai.

Terminando a conversa tentando segurar a risada após receber mais mensagens seguidas de seu capitão, o levantador caminha para fora da lição andando até a cozinha. Retirando algo congelado deixou dentro do micro-ondas colocando a mão na cintura esperando esquentar, seu rosto virou até um reflexo normal do espelho da sala podendo observar seu rosto e o resto se seu corpo.

O celular tocando, rapidamente esticou seu braço em direção ao aparelho o levando até a orelha, abrindo também o micro-ondas tirando a comida de dentro.

— Alô?

— Você quer jogar? — A voz de Kenma atraindo a atenção do rapaz que franziu a testa após a notícia rápida de seu Kouhai. — Eu estou sem o que fazer e quero ver se a gente consegue passar o nível junto.

— Certo, pode vir aqui em casa? Minha mãe não vai dormir aqui hoje... Se você quiser, podemos ir juntos amanhã. — Sugeriu enquanto abria o armário olhando as coisas dentro. — Tem coisas para comer.

—... Estou indo. — Kenma disse rapidamente, antes de desligar, deixando o rapaz arrumando as coisas para a visita.

Checando novamente sua irmã, a vendo dormir profundamente colocou seus cabelos para trás do rosto e tocou em sua testa não sentindo nenhuma temperatura alterada, realmente a garota apenas estava muito cansada dos dias que havia acordado mais cedo ou passado virada para poder estudar. Em um pulo pelo susto da campainha, o rapaz deixou uma caixa de coisas para sua irmã comer abrindo um pouco da janela e fechando a porta.

Descendo as escadas abriu a porta dando um passo para trás confuso após não ver apenas a figura de Kenma, também Kuroo, Kai e Yaku, que já haviam sido praticamente puxados pelo capitão.

— Eu só não expulso vocês por gentileza. — Falou dando espaço para os quatro entraram batendo fortemente nas costas do moreno. — A ideia foi sua.

— Não seja assim, [m.nome]! — Kuroo fez um beicinho, enquanto o resto do quarteto se acomodava. — Pessoas ficarem sozinhas não é nada divertido.

— Pessoas sozinhas ficam sozinhas porque quando estavam acompanhadas, elas foram machucadas. — Refletiu para si mesmo, antes de erguer o olhar ao notar que as íris de gato ainda o encaravam. — Não me olhe assim ou eu te chutarei daqui, bichano!

— Você não será machucado com a gente aqui! — Tetsuro falou alto erguendo o mais baixo em estilo de noiva levando até os colchões no chão. — Afinal somos uma família, certo se eu sou casado com você, Yaku você provavelmente será o avô de Kenma.

— Como vocês me colocaram nessa conversa?

— Kuroo. Me. Deixa. No. Chão. — Sua voz por incrível que pareça saia calma, enquanto apertava as mãos nos braços do moreno.

— [m.nome] você não devia fazer isso perto de Kenma. — Kuroo soltou o [h/c] ao lado de Kenma. — Ele não pode ver seus pais brigando desse jeito.

— Você devia ter apertado mais forte. — Kenma olhou para [m.nome] que confirmou com a cabeça, antes de ligar a TV novamente.

— DE QUE LADO VOCÊ ESTÁ? KAI!

— Não me coloque na conversa, apenas observo vocês.