𝐗𝐈

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—  Kenma está conhecendo melhor os outros jogadores. — [M.nome] começou, enquanto via que Kenma conseguiu enganar o loiro alto da Karasuno.

— Ele não sabe lidar com pessoas, então se preocupa com o que os outros pensam. — Nekomata continuou olhando para a partida continua. — Por isso ele é um bom observador.

— As teorias de Kenma são tipo: "Ele vai se mover assim."

— Mas não é só por isso que nosso time é forte. — Novamente o mais velho falou sorrindo de lado. 

— Não temos um Ace anormal

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— Não temos um Ace anormal. — Nekomata atraiu atenção dos dois jogadores do banco rapidamente. — Tudo que temos que fazer é manter a modéstia e marcar um ponto de cada vez.

— Inouka parece realmente concentrado no número dez, acho que um bloqueio não será tão impossível assim.

Assim foi feito, assim que a bola bateu contra a mão de Inouka o primeiro set foi vitorioso para os jogadores da Nekoma, os fazendo novamente reunir na frente do treinador para de prepararem para o segundo set.

— Inouka. — O treinador chamou o primeiro ano que terminava sua água. — Continue marcando o baixinho laranja.

O jogo voltava com a marcação em Hinata, falhando realmente algumas vezes e a bola acertando o bloqueio de Inouka não a deixando cair do lado da Nekoma.

— Jogar deixa todos cansados, mas a adrenalina não deixa parar. — [M.nome] lembrou colocando a mão sobre a nuca, estalando os dedos. — Meu pai me falou isso.

— [Sobrenome]-san, Inouka se acostumou bastante com os jogos do número dez, não é? — Shibayama sorriu erguendo os punhos após mais um bloqueio do amigo.

— Também... As jogadas em direção ao número dez são óbvias em alguns momentos. — Escreveu, olhando para a postura do levantador da Karasuno. — Ele é muito calmo em um jogo.

— A muralha humana que abala a determinação. Quanto mais você se depara com ela, mais desmotivado fica. — O treinador dos gatos falou, antes de arregalar seus olhos em direção ao pequeno camarão. — Ele está sorrindo.

— Acho que não é toda muralha que pode parar um oni, sensei.

O jogo estava parcialmente em um ritmo regular, porém assim que o ruivo errou a bola e se colidiu no chão o tempo foi pedido novamente para Karasuno.

— Bem eu- — Um toque de celular foi ouvido fazendo o grupo de adolescentes olharem em direção ao rapaz de cabelos [h/c].

— Ah, perdão eu... Já venho.

[m.nome] falou pegando seu celular rapidamente correndo para fora da quadra, o nome da pessoa refletiu diante as orbes claras/escuras o fazendo resmungar palavras desconexas por ter interrompido a observação dos famosos rivais.

— Rubizinho, por que você está ignorando minhas chamadas? — O mais velho quase gritou fazendo seu filho afastar um pouco o celular da orelha. — Estava indo te buscar, mas sua mãe falou que você estava em Miyagi.

— Ah... Sim. — Coçando a garganta, o rapaz sentou em um dos bancos da escola. — Estamos tendo um amistoso.

— Então por isso me mandaram o endereço de outra escola. — O jogador sorriu antes de deixar seu celular no viva-voz. — Estou indo ai, só pra te entregar uma coisa, consegue me esperar só um pouquinho?

— Acho que sim. — Coçou os olhos apoiando o rosto em sua mão, batendo o pé contra o chão.

Ryota desligou deixando apenas o barulho do carro sair, indo o mais rápido que pode para o local que sua ex-esposa havia o mandado. Demorando apenas mais do que havia pedido, foi recebido no local pelos olhos [e/c] o encarando com uma boa quantidade de raiva por ter perdido uma boa parte do segundo set de seu time.

— Ai, qual é? Você sabe que eu não tenho nenhuma noção de distância! — Tentou achar uma desculpa, apenas vendo o mais novo negar com a cabeça. — Filho, você não é nada legal.

— Eu estou te deserdando como meu pai. — O outro [Sobrenome] falou, andando em direção ao mais alto, esticando a mão para pegar a bolsa. — O que é isso?

— Sua irmã vai pra casa do pai dela, então achei melhor você vir ficar comigo por uma semana também. — Sorriu bagunçado os olhos [h/c] antes de entregar a bolsa com algumas matérias de seu filho. — Peguei suas coisas que você não tem lá em casa.

— Eu pensei que minha mãe não iria viajar esse tempo. — Comentou baixo, antes de dar de ombros engolindo a seco. — Ela falou que vai?

— Coisa de trabalho, [M.nome]. Sua mãe ela meio que é dedicada pra essa parte... — Tentou amenizar o clima, deixando a mão apoiada sobre o ombro alheio. — Pensa bem! Você vai ficar comigo por mais tempo! Diversão pai e filho, pensa nisso aí!

— Eu vou ter um jogo daqui a alguns dias e ela não vai poder ver... Ela perdeu meu aniversário e também o da minha irmã. — Riu sem ânimo, antes de agradecer ao mais alto. — Você também trabalha e ainda tem tempo pra mim.

— Não é isso-

— Ela só não quer os filhos por perto, se não for isso, ela consegue fazer nós dois perceberem isso. — Esticando seus músculos, novamente caminhou até a cadeira, ajeitando seu tênis. — Quando eu chegar é só ir pra sua casa?

— Ah bem... Sim! — Se recompondo a conversa meio confusa com o mais novo, girou a chave em seu dedos descontraído. — Então.... Quem está ganhando?

— Nekoma. — Levantou ajeitando a outra bolsa em seu braço. — Karasuno é bom, mas acho que eles vão evoluir mais.

— Karasuno? — Ryota perguntou olhando para a quadra apenas ouvindo as vozes e a bola batendo no chão. — Ah, quando eu joguei com esses corvos eles eram tão difíceis de segurar.

— Acho que estão voltando com isso. — Fez um beicinho sendo jogado para baixo após seu pai o segurou pelos ombros. — OI!

— Rubizinho, eu vou te dar uma dica para controlar esses corvos. — Disse descontraído com um sorriso provocador, naquele momento estava quase comparando seu pai com um certo capitão cabeça de galo. — Quando chegar na batalha do lixão tenha em mente uma coisa: "Gatos tem um extinto rápido"

— Eu não sou titular. — Resmungou tentando sair dos braços de seu pai, porém o jogador era mais forte. — O que significa isso?

— Você vai saber.

𝗇𝖾𝗄𝗈𝗆𝖺'𝗌 𝗌𝖾𝖼𝗋𝖾𝗍 𝗌𝖾𝗍𝗍𝖾𝗋 ‣ 𝗵𝗮𝗶𝗸𝘆𝘂𝘂 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora