𝐗𝐕𝐈

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No momento seguinte o rapaz de cabelos [h/c] estava prensado contra a parede pelo o único ser presente na quadra, o capitão de seu time. Kuroo tinha um sorriso malicioso em seu rosto, enquanto tentava arrancar todas as informações de seu levantador.

— Então, quem é Izumi-chan? — A mente de fofoqueiro do capitão falou mais alto, apoiando as mãos do mais baixo acima da cabeça. — Vamos, preciso de informações.

— Nem fudendo que eu vou te contar isso, Kuroo. — Retribuiu o sorriso, porém em seguida fechando a cara tentando soltar seus pulsos. — Você vai espalhar igual fez com o assunto da minha casa nova.

— Mas você disse para Kenma! — Gritou indignado soltando o mais baixo, que lentamente saia do ginásio segurando sua bolsa. — Você me conhece a mais tempo!

— Kenma é meu filho, eu adotei ele então não posso deixar segredo entre nós. — Brincou com um sorriso de lado, antes de novamente fechar a cara e segurar uma bola de vôlei em suas mãos. — Vocês não precisam saber quem ela é... Por agora.

— Quando eu coloco você para fazer mais corridas eu sou o ruim. — Resmungou começando a pegar sua bolsa, com um beicinho emburrado em seus lábios. — Eu ainda vou me vingar.

Kuroo continuava a reclamar tendo uma bola arremessada em sua nuca lentamente virando para trás, vendo os olhos [e/c] com um tom Assasino provavelmente matando de todas as maneiras o capitão de formas diversas em todos os seus momentos de alegria, Kuroo estava arrepiado e pedindo socorro para qualquer um que entrasse naquele ginásio.

— Tente e eu te mato. — Ameaçou segurando outra bola de vôlei em suas mãos. Kuroo poderia jurar que a presença do rapaz acabou de se tornar mais sombria que antes.

— Vocês vão ficar aí mesmo? — Kai caminhou em direção aos dois jogadores, com Yaku a seu lado. — Que tal comer alguma coisa no caminho da volta?

— Acho que não tem nada de mal nisso. — O Líbero sorriu segurando a gravata de Kuroo e [m.nome] começando a puxar ambos para a saída. — Vamos, eu pago pra vocês.

Yaku ainda "arrastava" os dois terceiros anos mais altos, enquanto ouvia suas reclamações apenas sendo ignoradas e voltando a falar com Kai durante esse período. O vice-capitão ria das ações de seus colegas de time, enquanto apenas os via desistir de combater contra o "tenebroso" Oni-senpai.

Entrando em uma loja de conveniência, os estudantes se afastaram para fazer suas devidas compras, com o [h/c] pegando uma cesta para abastecer um pouco sua geladeira. Andando com a cabeça abaixada, o mais alto acabou tombando com Yaku que segurava algumas sacolas com comida, antes do mais baixo se encontrar no chão sua cintura foi pegada pelo levantador o ajudando a não espatifar seu rosto no chão.

— Bom salvamento... — Morisuke sussurrou antes de levantar coçando a garganta com as bochechas avermelhadas. — Vai logo... Só falta você comprar.

Com um aceno de cabeça, [m.nome] deu tapinhas em cima da cabeça do loiro antes de andar em direção ao caixa com as compras para sua casa.

— Eu sei que vocês não gostam quando eu toco nesse assunto, mas... — Kai começou atraindo a atenção dos outros adolescentes, enquanto sentavam-se sobre uma das cadeiras perto da loja. — Como vocês estão imaginando depois da formatura?

Um silêncio preguinava no local com apenas o barulho do vento batendo nas embalagens e dos pássaros voando para todos os lados, o clima não estava pesado no momento e sim bastante nostálgico, todos estavam lembrando de seus primeiros encontros e o momento no qual realmente aceitaram que eram um time formado.

— Ah que pergunta difícil. — O libero riu colocando a mão na nuca, soltando o ar que nem imaginava que estava prendendo em seu peito. — Eu tenho diversas coisas pra pensar, vôlei, faculdade, mudança. — Continuou, antes de abrir um dos pacotes para dividir com os outros. — Mas o principal é que eu vou sentir falta de tudo...

— Eu contava os dias pra acabar a escola, não é brincadeira. — [m.nome] confessou abrindo também uma de suas compras para dividir com os amigos. — Sinto que quando acabar vai estar faltando algo dentro de mim.

— Que melancólico, [m.nome]. — Kuroo riu antes de pegar uma das garrafas para tomar o suco comprado. — Me vejo rico.

— Vamos fazer uma aposta. — Kai falou colocando uma nota em cima da mesa, sendo acompanhado pelos outros meninos. — Aposto que alguns vão ser bem sucedidos.

— Aposto todos, menos o Lev.

— Todos, menos o [m.nome]. — Assim Kuroo levou outro soco do levantador mais baixo. — O que? Você já tem sua vida rotinada, não vale.

— Todos da Nekoma vão ser burgueses... Confia mas minhas palavras.

[...]
𝗇𝗈 𝗆𝖾𝗌𝗆𝗈 𝖽𝗂𝖺
𝟏𝟗:𝟎𝟎

[m.nome] estava frente a frente encarando olhos sem sentimentos presentes que a mulher de sua frente emanava, a mãe do rapaz tinha em suas mãos uma bolsa e logo atrás de si sua filha caçula que pulava para cima e para baixo pela presença de seu irmão mais velho.

— Não deixe-a comer muitas besteiras. — Sua voz era fria enquanto entregava para o adolescente a bolsa da mais nova. — Eu apenas estou saindo por alguns dias.

— Eu sei cuidar da minha irmã. — Repetiu no mesmo tom, deixando espaço para a garota de olhos [e/c] entrar na casa. — Não vou fazer nada para a prejudicar ou algo que possa a fazer mal com alguma coisa.

Toyoko olhou para cima vendo a cópia de seu ex-marido molhando os lábios soltando um suspiro baixo, [m.nome] tinha seu rosto encarando o chão antes de ter algo afagando seus cabelos, erguendo a cabeça pode ver a mulher com um sorriso de lado antes de caminhar para o elevador que a esperava.

"O que acabou de acontecer?"

O rapaz continuava parado sentindo a sensação quente em sua cabeça, tocando no local que a mais velha havia acariciado arregalando os olhos após um breve flash vir em sua cabeça, era um carinho estranho, principalmente vindo de sua genitora.

— Mas. — Comentou para si mesmo, antes de encarar sua mão olhando novamente para a porta de seu novo apartamento. — Que foi que acabou de acontecer aqui?

𝗇𝖾𝗄𝗈𝗆𝖺'𝗌 𝗌𝖾𝖼𝗋𝖾𝗍 𝗌𝖾𝗍𝗍𝖾𝗋 ‣ 𝗵𝗮𝗶𝗸𝘆𝘂𝘂 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora