Pedido

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Nick Nelson estava irreparavelmente apaixonado por Charlie Spring. Depois de meses de amizade e descobrimento, o garoto assumiu seus sentimentos e bissexualidade para sua família e amigos. Ele ainda se sentia desconfortável com terceiros, mas estava aprendendo a lidar. Os momentos com Charlie faziam tudo valer a pena.

– Heeeey, bom dia!

Charlie disse ao encontrar Nick no portão da escola o esperando.

– Bom dia, Char. Sabe, acho que posso ir te buscar ou ir te deixar depois da escola. – Disse enquanto os dois caminhavam em direção a sala de aula.

O sorriso de Charlie não poderia ser maior e mais lindo. Por alguns instantes ele não soube o que dizer, ainda não acreditava que estava mesmo com Nick. O loiro era simplesmente incrível e Charlei sabia que estava irremediavelmente apaixonado.

– Babe, se não for um incômodo para você, é claro que eu aceito.

– Vou tirar a habilitação e em breve poderemos vir de carro, o que acha?

– Uau, topzera do rúgbi e motorizado, meu coração não aguenta. Eu acho perfeito. Você é perfeito.

– Você é tão bobo. – Sorriram juntos.

As pessoas em voltam não estranhavam a amizade, mas estavam começando a desconfiar depois da cena que Nick fez no dia do esporte. Sair de mãos dadas com Charlie deixando a partida na metade chamou muita atenção e gerou boatos.

Sentaram-se juntos e a aula começou.

O dia correu normalmente, Charlie foi para a aula de música e Nick para o treino. No fim das aulas, Nick foi buscá-lo e os dois seguiram juntos o caminho de volta.

Parecia tudo incrivelmente bem depois de meses de incertezas. Charlie obviamente ainda mantinha-se inseguro, mas a euforia da paixão não deixava transparecer o medo que sentia de Nick se arrepender e deixá-lo. Ele acreditava nos sentimentos do namorado, apesar de saber que ele anda não estava preparado para enfrentar o preconceito e o bulliyng.

Nick segurou a mão de Charlie e andou confiante ao seu lado, como fizera antes. Sentia os dedos finos de Charlie suados e a mão trêmula.

– Está nervoso, Char?

O menor engoliu em seco e tentou se acalmar.

– Descu...

– Essa palavra não. – Nick disse gentil.

– É que ainda parece um sonho. Você... Nós... sua mão na minha. Eu sou um pouco inseguro e isso não é culpa sua.

– Nem sua, babe. Insegurança é causada por relacionamentos tóxicos e você passou por isso. É causada pelo bulliyng, pelo preconceito e você passou por isso. Você é forte, muito mais forte do que imagina e eu tenho orgulho de você.

Charlie tinha lágrimas nos olhos.

– Você é a minha pessoa, Nicolas.

Nick sorriu bobo.

– Não precisa se sentir inseguro, meus sentimentos não são frágeis.

Chegaram a casa de Charlie e foram recebidos pelos pais do garoto. Era sexta-feira e estavam todos em casa por algum motivo que Charlie não sabia.

– Oi?

– Oi Charlie e Nick, entrem. – A mãe do garoto pediu.

Charlie ficou os encarando sem entender nada.

– Ann... Alguma reunião de família?

– Bom... Char, fui eu quem pediu para estarem aqui hoje. Eu falei com Tori.

Ele sorriu para a irmã de Charlie e clareou a garganta.

– Espera... o quê?

– Sr. e Sra. Spring eu gostaria de oficializar o meu namoro com Charlie e gostaria de pedir a permissão dos senhores.

Charlie simplesmente ficou em choque o que gerou uma grande crise de riso em todos.

– Como você...? Tori?

– Nicolas, você tem a nossa permissão. – O pai de Charlie respondeu.

– Cuide do meu Charlie, ok? – disse a mãe do menor.

Tori apenas sorriu para Nick e abraçou Charlie rapidamente.

– Isso foi um complô. – Charlie disse depois de se recuperar. – Vamos subir.

A família se dispersou e o casal entrou no quarto de Charlie correndo e sorrindo.

– Você não gostou? – Nick perguntou confuso.

Charlie decidiu naquele momento que a melhor resposta seria um beijo e o fez. Beijou Nick lentamente e tudo ficou incrivelmente melhor. Seu coração batia forte e rápido, o sangue pulsava em seus ouvidos e seu corpo inteiro encontrava paz.

– Eu amei, babe. Eu amei tudo. Você é tudo, Nicolas.

– Você é tudo, Char.

Os dos deitaram na cama de Charlie e se abraçaram. Ambos sabiam que Nick precisava ir para casa, mas ninguém soltou o abraço. Se permitiram fechar os olhos por alguns minutos e absorver aqueles momentos de paz e aceitação.

– Nick, sua mãe vai ficar preocupada....

– Você tem razão, eu vou embora. Hm... Aceitar almoçar lá em casa no sábado? Quero te apresentar formalmente para minha mãe.

Charlie ficou levemente apavorado.

– E se ela não gostar de mim?

– Charlie, minha mãe já conhece você e te adora. Nada mudou. Ela já sabe sobre nós e me apoiou em tudo. Não se preocupe com isso, babe.

O menor sorriu ficando um pouco corado.

– Eu aceito, claro, eu aceito.

– Okay, nos vemos amanhã?

– Com certeza.

HEARTSTOPPEROnde histórias criam vida. Descubra agora