Capítulo 5

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– O que aconteceu? – Chan disse se ajoelhando no chão em frente a cama – Oi, tudo bem? – ele cumprimentou Ryujin que sorriu pra ele em resposta.

– Ele disse que não quer falar sobre. – Minho respondeu voltando a se sentar ao meu lado – Sou Minho, aliás. – ele estendeu a mão para Chan que a apertou.

– Sou Chan. Irmão mais velho, melhor amigo, protetor e defensor do Felix.

– Ah... eu sou só o colega de quarto mesmo. E essa é a Ryujin, ela num é nada! – Minho respondeu.

– Com licença? – Ryujin disse indignada me arrancando um pequeno riso – Ele pode ter me conhecido hoje só, mas já ganhou meu coração. Também faço parte do squad de proteção ao solzinho.

– Você vai defender ele de quê, Ryujin? Hamsters? – Minho zombou e ganhou um chute da garota que fez questão de esticar sua perna o suficiente para isso.

– Não, não! Nesse squad todo tipo de proteção é bem vinda, incluindo contra hamsters. – Chan constatou me fazendo rir mais uma vez, o que o fez sorrir de volta – O que te animaria agora? Quer frango? Eu te compro frango frito. – Chan acariciou meu joelho.

– Não sei se quero comer. – disse torcendo o nariz um pouco.

– Você jantou? – Chan perguntou ao que respondi com um aceno negativo de cabeça – Então vai comer sim. Vamos! – Chan me puxou pelas mãos me fazendo levantar da cama – Gostam de frango? – ele se dirigiu a Ryujin e Minho que afirmaram e logo se levantaram para vir conosco.

–––––

Chan fez amizade rápido com Minho e Ryujin, o que não é surpresa alguma. Os três conversavam sem parar e em pouco tempo já implicavam uns com os outros, rindo e fazendo piadas. Chan estava com o carro do pai emprestado e nos levou até a lanchonete que sempre íamos juntos na época da escola e que tinha meu frango frito preferido. Ele parecia estar mais atento a mim, talvez até um pouco preocupado, por ter me encontrado da forma que encontrou mais cedo. Eu me sentia envergonhado, pois imagino que caso eu contasse a qualquer um o que eu estava sentindo, as pessoas poderiam ver como bobeira. Eu mesmo via tudo como bobeira, mas era o que eu estava sentindo e não tinha como mudar que eu ainda morria de medo de tudo o que eu sentia e tudo que eu posso ter perdido.

– Seria ótimo se vocês fossem sexta na reabertura da loja! – Chan dizia para os outros.

– Nós vamos sim e vamos levar Yeji e Yeonjun também! – Ryujin disse enquanto comia suas batatas fritas.

– Por Deus, espero que vocês não quebrem o lugar. Eu sou mãe solteira de três, não tenho dinheiro para arcar com os prejuízos que vocês me causam! – Minho disse revirando os olhos como sempre faz.

De repente, fomos interrompidos pelo celular de Ryujin que tocava. Seu ringtone era engraçado e fez com que todos parássemos o que estávamos fazendo para rir enquanto ela o atendia. Ryujin se levantou e começou a dar pulinhos de alegria que chamou nossa atenção.

– É a Yeji! – ela disse – Vai ter uma competição de dança no festival do aniversário da cidade!

– Ué, mas sempre tem. – Minho constatou.

– Não, o que tem é uma espécie de show de talentos. Esse ano vai ter uma competição de dança e adivinha? Não vai ter uma seleção. É só pagar o dinheiro da inscrição e pronto! – ela deu tapinhas no Minho que os aceitou de bom grado – No final, o dinheiro das inscrições vai ser convertido em prêmios para os três primeiros lugares.

– Minha nossa, então provavelmente a inscrição será cara. – Minho disse mordendo os lábios.

– Mas a gente consegue, né? – Ryujin apertou a mão do mais velho – Posso voltar a trabalhar na padaria da minha tia para juntar uma grana.

Músicas de Amor na Loja da Rua de Baixo  | ChanglixOnde histórias criam vida. Descubra agora