[Felix p.o.v.]
Pisco meus olhos devagar e assim que de fato os abro sinto minha cabeça rodar. Acabo gemendo incomodado com a sensação e deito minha cabeça no travesseiro novamente com meus olhos fechados. Aperto a fronha macia em minha mão e respiro fundo tentando relaxar. Acabo sentindo um cheiro diferente. É um cheiro muito bom que faz com que eu incline minha cabeça para que meu rosto chegue mais perto do travesseiro e eu possa sentir mais aquele cheiro. É cheiro de perfume masculino com certeza, mas não é o meu cheiro. Assim que essa realidade bate, abro meus olhos novamente e percebo só agora que não estou no meu quarto. Me sento na cama e olho ao redor. É um quarto com paredes azuis escuras, tem uma mesa um pouco bagunçada, uma cômoda, um armário na parede e um banheiro logo ao meu lado. Olho rapidamente pra uma das mesas de cabeceira ao lado da cama e vejo que meu celular está ali carregando. Por Deus, onde eu estou? Me levanto devagar e noto que estou usando roupas mais largas, puxo a camisa com a mão e sinto o cheiro de perfume masculino que também senti no travesseiro. Olho ao redor tratando de encontrar pistas e saber se eu não estou em um ambiente perigoso e finalmente vejo um quadro de avisos em cima da mesa, chego perto e vejo uma foto de Chan e Changbin.
– Sem chances! – disse baixo.
Esse quarto não poderia ser de Chan, primeiro porque conheço seu quarto real e segundo porque o outro quarto fica no dormitório da faculdade e não seria uma suíte única assim. Então eu estou no quarto de Changbin? Estou no quarto de Changbin, usando as roupas dele e sentindo seu cheiro no travesseiro? Misericórdia, o que eu fiz? A cabeça doía mais que antes agora me fazendo andar em círculos. Era cedo ainda, seis da manhã segundo meu celular. Abri a porta do quarto devagar e dei de cara com uma pequena cozinha, olhei para o lado e vi uma sala, onde havia um sofá que tinha alguém deitado nele. Me estiquei para ver e senti minhas bochechas esquentarem ao ver Changbin sem blusa largado no sofá dormindo profundamente. Provavelmente a visão mais linda que eu poderia ver na minha vida era aquele homem sem blusa. Mas agora, ao lembrar do que acabei de aprontar, esse homem lindo e sem blusa agora deve me odiar por seja lá o que eu tenha feito ontem que o fez me buscar naquela festa e trazer pra sua casa. Eu não queria ficar pra descobrir.
Entrei no quarto novamente, procurei por minhas roupas e me troquei no banheiro. Peguei meu celular e sai bem de fininho do quarto até que me virei e ouvi:– Bom dia! – Hyunjin cumprimentou fazendo com que eu apenas abrisse minha boca, mas não dissesse nada – Também tô chocado!
– Me perdoa! Eu juro que não é nada do que você tá pensando! – disse baixo, pois sabia que Changbin estava logo ali do lado.
– O quê que eu tô pensando? E por que importaria o que eu tô pensando?
– Eu juro que não aconteceu nada! – cheguei cautelosamente mais perto como se me aproximasse de um animal selvagem.
– Que pena, então! – ele respondeu levando uma xícara a sua boca.
– Você, não...quero dizer, seu namorado... – apontei para Changbin, o que fez ele começar a engasgar.
– Deus me livre, garoto! Aquilo ali não é um namorado não, é minha penitencia! – ele disse se recuperando do engasgo.
– Mas... vocês não...?
– Não! – Hyunjin me olhou como se fosse óbvio – Nosso único compromisso é o aluguel que a gente divide todo mês.
– Ah... – disse morrendo de vontade de sorrir, mas segurando para que não ficasse óbvio – Enfim, eu acho melhor eu ir indo mesmo assim!
– Não quer pãozinho? – ele mostrou um brioche pra mim que eu apenas recusei com um aceno.
– Obrigado, mas tenho que ir! Com licença! – me curvei rapidamente e corri para porta que estava ao lado de nós que graças a Deus era justamente a saída.
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Músicas de Amor na Loja da Rua de Baixo | Changlix
Fiksi PenggemarChangbin e Felix, dois jovens na faculdade, se conhecem melhor quando começam a trabalhar juntos na loja de discos de seu melhor amigo. Eles têm todos os motivos para não se darem bem, mas as músicas de amor que tocam na loja, fazem com que eles olh...