Capítulo 5

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Noite da boate

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Noite da boate...

- Garota cabeça de vento!

Digo aos voltar para meu posto, após ela se recusar a atender o próprio pai. Se fosse minha filha eu dava logo uma surra! Mas eu duvido que ela receberá qualquer repreensão ou punição por seu abuso. Eu duvido!

Parado no meu canto, fito tudo ao redor da menina que está parecendo perdida num lugar com tanta gente como esse. Aposto que não tem o hábito de vir, mesmo sabendo que essa casa noturna pertence ao seu irmão. O que me faz pensar que o senhor Fontinelly deve realmente ter muito dinheiro para dar ao filho de apenas vinte anos uma boate inteirinha.

Quem são essas pessoas?

As horas se passam e vejo que a menina até boceja, cansada do lugar. Diferentemente da amiga que parece estar muito a vontade no local. Mas, como é geniosa, não vai vir aqui me pedir pra ir embora, pois não têm duas horas que chegou. Muito mal tem uma hora que estamos aqui. Seria muito admitir que não tem personalidade e só veio pela insistência da amiga. Eu não duvido disso.

De onde eu estou, vejo que pega da bandeja garçom uma bebida diferente das que tem bebido. Certamente, deve conter álcool e não me parece que tem o costume de beber. Após um tempo, ela e a amiga, que estava conversando com um cara o tempo todo, saem do local. Sigo-a com os olhos e então vejo que vai para a pista de dança. De onde estou tenho total visão dela.

Observo a menina dançar e confesso que dança muito bem. Seu corpo, coberto por um vestido preto com uma abertura na coxa que a deixa sexy, se mexe no ritmo da batida da música e isso me deixa um pouco incomodado, já que alguns homens ao seu redor a fitam como tarados. Decido me aproximar, sem que a deixe constrangida, pois essa menina pode a qualquer momento de rebelar contra mim e não saberei o que fazer.

Durante toda semana ela esteve bem, gentil e amigável. Até mesmo me convidou para almoçar junto com ela, mas não era certo aceitar. Não somos amigos, e não podemos ser. Quando amizade se mistura com trabalho a confusão é certa. No entanto, nesta noite ela decidiu que agiria com a grosseria do primeiro dia. Eu não entendi foi nada, apenas acatei e espero que não sobre para mim

Paro próximo, mas deixando-a à vontade e então vejo um homem se aproximar dela por trás. Vittoria olha pra ele, fala alguma coisa e volta da dar as costas pra ele que olha de cara feia para um outro homem que parece estar com ele. Aproximo-me um pouco mais e então vejo que ele segura a menina pela cintura, agora com mais ignorância, e ela o repreende.

Não teve jeito, tive que intervir.

O homem me ameaçou, mas eu já estava puto pra cacete por lembrar dele agarrando Vittoria contra a vontade dela. Suas mãos em torno do corpo da menina me infernizaram e me segurei para não perder a razão. Certamente deve ser o filho que faz besteira e o pai passa a mão por cima das merdas que deve fazer. Não estava nem me importando com o que aconteceria comigo, pois ver os olhos assustados da menina me causou uma confusão de sentimento que nunca tive.

VITTORIA FONTINELLY -TRILOGIA IRMANDADE I Onde histórias criam vida. Descubra agora