Capítulo 9

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Cinco dias atrás

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Cinco dias atrás...

Chego a casa de meu irmão tentando com todas as forças não me entregar ao choro ao lembrar da cena ridícula daquela mulher beijando o Miguel. Foi perceptível a arrogância nela ao dizer que era mulher dele. Parecia bem orgulhosa disso. Quem pode culpá-la?

Miguel é tudo de bom. Suas características se assemelham ao do meu pai. Apenas a mentira que difere, já que meu pai não mente para as pessoas que ele ama. Esse Talvez possa ser o problema, Miguel não sente nada por mim e não há necessidade de dizer a verdade. Mas, por que ele mentiria numa entrevista de emprego? Por que diria não ser casado quando é?

Suspiro pesadamente, lamentando tudo o que aconteceu.

- Você gosta dele, não é? - Dylan perguntando, trazendo-me uma caneca de chocolate quente e se sentando ao meu lado no sofá.

- Dele quem? - Tento não dar muita bandeira, mas falho miseravelmente.

- Do Miguel!

- Você o conhece? - Pergunto confusa.

- Todos da nossa família o conhece. Acha que o papai deixaria um homem ficar na sua cola o dia todo sem que soubéssemos do que se trata? - Faz uma pergunta retórica. - Está apaixonada por ele e não minta, seu rosto decepcionado revela isso.

- Eu não deveria. - Digo dando mais uma golada na bebida que fumega em minhas mãos.

- Por que não? O que há de errado com ele? Não vai me dizer que é preconceituosa e não se relacionaria com alguém da classe trabalhadora, Vittoria? Não posso crer que seja esse tipo de pessoa. - Meu irmão diz indignado, parecendo que sofre esse assunto o irrita bastante.

- E claro que não, irmão! É só que ele disse ser uma coisa, mas é outra. - Falo desanimada.

- Como assim?

Decido explicar o que aconteceu. Sobre a tarde tão alegre e tranquila que ele me proporcionou até o fiasco que foi a mulher beijando o meu segurança que nada fez para poder impedi-la. Dylan ouve tudo atentamente.

- Você deu a ele a chance de se explicar?

- Explicar o que, irmão?

- Como assim explicar o quê, princesa? - Fala exasperada e franzo minha testa confusa. - Pode ter sido um mal-entendido.

- Mal-entendido, Dylan? - Falo em ironia. - O que faria se uma mulher chegasse e lhe desse um beijo?

- Eu ficaria perplexo e estagnado no lugar. - Penso na reação de Miguel que foi exatamente assim.

- Ele falou o nome dela. Ele a conhecia. - Replico.

- Isso não quer dizer nada, tem sempre uma mulher maluca que decide sair beijando homens por aí. Eu mesmo já passei por isso com uma das enfermeiras. Ela achava que tinha qualquer compromisso comigo, por que trabalhávamos juntos. Eu a escolhi porque ela era muito boa, mas nunca lhe dei qualquer liberdade para agir daquela forma.

VITTORIA FONTINELLY -TRILOGIA IRMANDADE I Onde histórias criam vida. Descubra agora