Capítulo 32

483 58 61
                                    

Minha cabeça lateja pela dor miserável que eu sinto

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Minha cabeça lateja pela dor miserável que eu sinto. Aquela pancada que levei vai ficar guardada na minha memória, mas na primeira oportunidade de devolvê-la, eu farei.

Ao abrir meus olhos, percebo que estou deitada numa cama, em um quarto feminino. Certamente é a casa de um dos envolvidos nesse sequestro ridículo que para mim ainda não faz sentido.

A princípio, cheguei a pensar que meu pai tinha armado tudo isso, apenas para poder me dar uma lição sobre tudo que aconteceu nos dias anteriores. Todavia, percebo que a minha teimosia por não querer andar com seguranças ao meu redor me custou caro, pelo visto.

Pior de tudo é que eu tinha certeza de que ele colocaria alguns dos seus seguranças a paisana ao meu redor mesmo contra minha vontade, mas literalmente ele não pôs. Isso só mostra que ele respeitou a escolha que fiz.

Uma péssima escolha, afinal de contas!

Tento me levantar, mas minha cabeça dói demais e ainda tem essa tontura que me causa náusea. Com um pouco mais de esforço, sento-me na cama, sentindo um zunido nos meus ouvidos e creio que seja o resultado da coronhada que levei daquele animal. Olho em redor buscando meu celular e não consigo encontrar.

Situo minha vista no ambiente percebendo que é uma casa comum, já que o quarto possui uma decoração feminina e aconchegante. A cama de solteiro, vestida de uma colcha de flores, indica que estou num quarto de criança ou de uma adolescente. Há uma prateleira com alguns bichinhos de pelúcia, uma penteadeira com um espelho nela e decido ver como está minha fisionomia. Totalmente acabada! Meus cabelos desgrenhados e minha pouca maquiagem borrada revelam o caos que eu estou.

Sigo até a única janela do local e tento abri-la, mas, como já era de se imaginar, está trancada. Há uma grade pelo lado de fora que me impediria de tentar sair. Que merda!

Como a noite já se apresentou, apenas poucas luzes da rua iluminam o exterior e isso me impede de ter uma visão melhor do local onde estou. Parece que é um bairro residencial, pois consigo ver outras casas com janelas parecidas com a que vejo aqui.

Olho para todos os lados em busca de algumas coisas que posso fazer uma arma e me defender, além de uma forma de tentar fugir. Abro algumas gavetas e acabo achando uma lâmina de barbear e guardo em meu bolso com cuidado. Outras coisas também aparentemente úteis estão no local e já deixo preparado para qualquer eventualidade. Ainda não sei quem está por trás disso e nem por que, no entanto, não posso esperar saber para só então lidar com essa situação.

Volto meu olhar para a porta ao ouvir o barulho de alguém mexendo na maçaneta. Sento-me na cama e decido fingir que acabei de acordar. Se não tiver câmeras no quarto, talvez eu consiga enganar quem quer que seja.

- Acordou, princesinha?

O deboche é nítido na voz do Miserável quem entra no quarto. O mesmo desgraçado que esteja dirigindo o meu carro. Falando nisso, o que será que eles fizeram com meu carro?

VITTORIA FONTINELLY -TRILOGIA IRMANDADE I Onde histórias criam vida. Descubra agora