Capítulo 30

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A sexta-feira já se apresentou agitada para mim

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A sexta-feira já se apresentou agitada para mim. Assim que deixei minha irmã na escola, logo segui para fazer meu trabalho do dia. Encontrei Rafaella saindo com a dona Silvia para mais uma consulta e perguntei por Vittoria, ela disse que minha morena já havia saído logo pela manhã. Acredito que tenha ido encontrar o pai e a mãe como assim a aconselhei depois que a deixei em casa.

Espero que essa conversa seja suave como imagino, pois minha menina ficou deveras abalada com esse abandono temporário. Como pais, acredito que eles apenas estejam dando a ela o espaço que quer.

Vittoria nunca terá a liberdade que sonha. Não tendo um pai como Vittor.

Tentando deixar minhas preocupações e ansiedades um pouco de lado, sigo para a sala onde terei de fazer algumas entrevistas para novos seguranças de algumas outras propriedades que meu sogro está adquirindo. Os futuros candidatos a empregados das empresas Fontinelly's tem um perfil específico e toda sua vida pessoal e social é investigada pelo meu sogro e seu melhor amigo da França antes mesmo de serem entrevistados.

Por esse motivo, sei que Vittor já sabia da existência de minha irmã antes de eu ter que lhe contar.

Não é qualquer pessoa que pode trabalhar para ele. O homem é exigente em todos os âmbitos, discreto com sua vida e a vida particular de sua família, fora que seus contatos para com a máfia estão espalhados por todos os lados. Eu mesmo não tenho noção da dimensão disso tudo.

Saindo da sala de monitoramento e indo para o escritório, meu amigo Peter entra no prédio e só então me dou conta de que ainda não o havia visto por aqui hoje. Confuso, vejo o homem se aproximar de mim.

- Onde estava, cara?

- Desculpe-me, por chegar a essa hora Miguel. Eu só consegui sair agora do hospital. - Diz num tom preocupado.

- Hospital? O que houve? - Pergunto ansioso.

- É a Alya, meu amigo. Já tem alguns dias que ela está passando mal, mas se negava a ir ao médico. Porém, nessa madrugada, ela se levantou para ir à cozinha e, como demorou para retornar, fui atrás e a encontrei caída no chão. - Fala com uma fisionomia atordoada.

- Meu Deus, cara! Como ela está? É grave?

- Ela agora está bem e não é grave. - Diz, respirando profundamente, me trazendo alívio. - Vou ser pai, meu amigo. Alya está grávida de dez semanas. - Sua animação é notória e me contagia pela notícia. Seria muita tristeza se fosse algo grave, já que o casamento deles será logo na primeira semana de janeiro.

- Que bom, meu amigo! - Festejo, dando-lhe um abraço. - Estou feliz demais por sua família, cara. Você sabe que a sua felicidade é a minha também, não sabe?

- Eu sei, amigo! Eu sei! - Retribui o abraço.

- E como ela está agora? E o bebê, já deu para ver o sexo?

VITTORIA FONTINELLY -TRILOGIA IRMANDADE I Onde histórias criam vida. Descubra agora