Capítulo Bônus

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Olho para meu marido dirigindo com seus olhos fixos na pista, seu rosto sem nenhuma expressão, num silêncio angustiante e sei que não está muito satisfeito com o que acabara de fazer

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Olho para meu marido dirigindo com seus olhos fixos na pista, seu rosto sem nenhuma expressão, num silêncio angustiante e sei que não está muito satisfeito com o que acabara de fazer. Sei que para ele ver a filha tomando um rumo na vida, já que eu duvido muito que ela se apartará de Miguel, é mais difícil que ver Dylan e Heitor fazendo isso, afinal Vittoria é nossa única menina. Sua princesinha.

Durante anos Vittorio vem preservando nossa filha de qualquer maldade que o mundo possa apresentar. Apesar de ser muito mimada por nós dois, nossa filha não é ingênua como eu era quando conheci meu marido e o mundo se abriu de uma forma linda, mas também muito dramática.

Sei que o que Vittor presa é que nossa filha, ou melhor, nossos filhos não venham sofrer mais que já sofreram. Eles não precisam. Por isso tentamos manter sempre o diálogo aberto e por todos esses anos tem dado certo.

Entretanto, por mais que tenha permitido esse namoro, o pai que viu a filha sofrer pelo sequestro, afastamento e tristeza por se ver sem seus pais, não vai aceitar facilmente que sua menininha cresceu e está se tornando uma mulher.

E uma mulher muito apaixonada, pois é exatamente assim que ela está.

- Amor, o que há? - Pergunto assim que entramos no elevador que nos leva pra casa.

- Não é nada, Fiore! - Ele me puxa para um abraço, deixando um beijo no meu rosto. - Não acha que deveríamos fazer uma viagem? - Diz de repente, mudando de assunto.

- Isso seria muito bom! - Falo animada. - Já tem um bom tempo que não viajamos. Eu topo!

- Ótimo! Amanhã mesmo eu falarei com Dylan e Heitor sobre isso. - Fala e franzo a testa confusa. A porta se abre e saímos do veículo calmamente. Vittorio abre a porta de nossa casa e me dá passagem.

- Por que precisa avisar aos nossos filhos sobre a nossa viagem? - Indago, colocando minha bolsa sobre o sofá.

- Como assim, amor? Eles precisam se preparar para irem. - Responde como se fosse óbvio.

- Quer viajar com nossos meninos? - Pergunto indignada.

- E nossa menina também! - Afirma como se o que falasse fosse algo normal. É só então entendo tudo. Sorrio me aproximando dele, seguro em sua mão e o puxo para o sofá. - O que há, amore mio? - Ainda sem respondê-lo, faço com que se sente no móvel e me sento em seu colo. Rapidamente, suas mãos safadas vão para minha cintura, me apertando e acariciando lentamente.

- Por que permitiu que ela namorasse se o seu coração não aceitou isso? - Indago e ele me olha sério. Ia abrir a boca, mas o adverti. - Não preciso pedir para que seja sincero comigo, não é?

- Eu não sei, Fiore. Acho que não queria vê-la triste. - Assume.

- E ela não está, Vittor! Muito ao contrário, Vittoria está radiante. Ela o ama. - Declaro e ele bufa descontente. - Fala amor, o que mais te incomoda.

VITTORIA FONTINELLY -TRILOGIA IRMANDADE I Onde histórias criam vida. Descubra agora