Capítulo 10

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Passei o dia todo pensando em o que deveria fazer

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Passei o dia todo pensando em o que deveria fazer. Se deveria ou não levar minha irmã no estúdio da senhora Fontinelly, já que a namorada de Peter estaria em casa e se prontificou a ficar com Manu pra mim.

No entanto, minha princesa passou a tarde toda e noite falando que queria dançar com a tia Emilly. Não posso ignorar que o pouco que a senhora Fontinelly ficou com minha irmã a deixou encantada. Parece que realmente a mãe de Vittoria gostou da minha menina, mas talvez seja abuso demais da minha parte. Porém, Manuela não parava de falar dela, por isso, resolvi passar lá.

O incrível foi ver minha irmã descendo do carro correndo em direção a mulher que a recebeu com um abraço forte, como se fossem grandes amigas. Ela acalentou os cabelos de minha princesa, beijou sua bochecha e Manu fez o mesmo. Isso só prova o quanto a mulher tem um bom coração. Dona Emilly pediu para que eu deixasse minha irmã com ela até o início da noite, perguntou sobre as restrições de Manu e disse que era para eu ficar despreocupado e ir resolver a minha vida.

Com a certeza de que minha irmã ficará bem, sai de lá tranquilo, mas nem tanto já que terei de enfrentar o pai de Vittoria sem nem saber o que ela lhe falou, embora seja fato que ela tenha contado sobre a Aline. Espero não ter que pagar qualquer multa trabalhista, pois só irei ao trabalho que Peter arrumou pra mim amanhã.

- Bom dia, posso ajudá-lo? - Uma recepcionista me questiona.

- Sim, eu tenho uma reunião marcada com o Dr Fontinelly às dez horas.

- Qual é o seu nome?

- Miguel Villa. - Por um instante ela analisa a tela do computador e logo me olha.

- O senhor Fontinelly te espera em seu escritório. - Ela me entrega um crachá de visitante e saio do local.

Sigo para o elevador e aperto o botão do último andar. Um tempo depois o veículo para e as portas se abrem revelando uma sala enorme. Não foi esse escritório que eu havia conversado com ele quando vim aqui. Uma mulher morena se aproxima e acredito ser a secretária.

- Olá, bom dia. É o senhor Miguel, não é? O segurança da Vittoria. - Ela diz com intimidade e estranho. - Muito prazer eu sou Ana, a tia dela.

- Ah, sim! Muito prazer, senhora Ana. - Cumprimento de volta.

- Só Ana, já é suficiente. - Diz gentil e sorri. - Venha, vou levá-lo até a sala do Vittor.

A mulher segue por um extenso corredor até uma porta dupla no final dele. Assim que paramos em frente, ela abre a porta sem bater e entra, me incentivando a fazer o mesmo.

- Bom dia, Vittor! Seu convidado.

O homem vestido de um terno preto três peças, com um copo de whisky numa mão e um charuto na outra, parado na grande parede de vidro do ambiente se vira pra mim com um olhar indecifrável.

VITTORIA FONTINELLY -TRILOGIA IRMANDADE I Onde histórias criam vida. Descubra agora