Capítulo 14

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Eu nunca soube muito bem o que acontecera com meu pai

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Eu nunca soube muito bem o que acontecera com meu pai. Era muito pequeno quando vi minha mãe chorar pela perda do marido, mas eu não entendia muito. Só sei que ela passou um bom tempo sentindo a sua falta e por causa disso quase não falava sobre ele.

Quando meu padrasto entrou em nossas vidas, ela simplesmente deixou seu passado para trás e seguiu adiante. À medida que eu ia crescendo, menos ela falava de meu pai e por consequência eu não tinha mais informações sobre. Até esse momento.

- Como o senhor sabe do meu pai?

- Quando contratei você para ser o segurança da minha filha, fiz o que faço com qualquer um que se aproxima de nós, mandei que levantasse sua ficha. - O pai de Vittoria diz numa tranquilidade comum.

- Isso é procedimento padrão da nossa família, Miguel. Não é nada pessoal. - Michaelo justifica e eu apenas assinto. - A questão é que quando comecei a fazer alguns levantamentos básicos, Vittor percebeu que você se parecia muito com um dos antigos conselheiros. Martine Villa, era advogado de umas das empresas Fontinelly em Veneza, além de fazer parte do conselho de Domenicano, o Capo daquela época.

- Você não sabia nada disso, Miguel? - Vittoria pergunta.

- Eu não sei muita coisa sobre meu pai, pois eu era muito pequeno quando ele morreu...

- Você tinha quase quatro anos. - Vittor me interrompe.

- Creio que sim, minha mãe não falava muito. - Digo.

- Talvez porque ela não quisesse lembrar da situação que se deu a morte dele. Não foi nada justo o que lhe aconteceu.

- E o que aconteceu, papai? - Minha menina pergunta ansiosa.

- Você quer saber, Miguel? Afinal, é a sua história.

Michaelo pergunta entendendo que não estou muito confortável com a informação. Meu pai era um mafioso e minha mãe sabia? Pior, fazia parte do conselho da máfia e foi morto pelo tal do Capo que foi o avô de Vittor, pai da minha namorada?

Porra, é muita informação!

Por um longo tempo, observo as fotos em minhas mãos e não há dúvidas de que sou o filho dele. Até porque minha mãe está ao seu lado sorridente, revelando que estava feliz com ele.

- Amor? - Vittoria me desperta do meu estado de torpor, apertando minha mão.

- O que o senhor quer com tudo isso? Acha que eu vou fazer parte da máfia? - Pergunto para Vittor.

- É claro que não! - Responde firme. - Sabemos o quanto você é correto e preza pelo certo. Contudo, venho buscando corrigir as injustiças que meu avô cometeu desde sempre.

- Injustiças? - Indago.

- Domenicano foi como uma praga em nossas vidas, Miguel. - Michaelo diz. - Por causa dele perdi minha mãe, Vittor quase perdeu a Emilly e por muito pouco Vittoria não foi levada por um mafioso russo. - Completa, me fazendo olhá-la. - Isso foi apenas com pessoas da própria família, imagina o que ele não deve ter feito com os que não tinham seu sobrenome?

VITTORIA FONTINELLY -TRILOGIA IRMANDADE I Onde histórias criam vida. Descubra agora