Esse livro contará a história da única filha mulher do grande Don Fontinelly. Com vinte anos de idade, Vittoria só quer conquistar a mesma liberdade que seus irmãos têm, porém precisará convencer seus pais, principalmente o grande Don, que tem capac...
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Esses dias têm sido atormentadores pra mim. Já estamos nos meio da semana, mas não consigo esquecer daquele telefonema que me tirou o sono e até agora não me deixa em paz. Para piorar tudo, minha morena está acamada devido a sua condição. Penso se não há uma solução pra isso, mas creio que essas coisas não tem como parar.
Naquele domingo, fiz a sopa que ela queria. Quando meu cunhado chegou com minha irmã, a quem dei muitos beijos e abraços, comeram também. Heitor se parece demais com o Vittor. Seu jeito de falar, a forma como lidam com as coisas e a frieza notória chega a ser assustadora. Além de que também sente muito ciúme de minha Vittoria. Como Rafaella só chega no fim da semana, meu cunhado decidiu dormir com minha menina.
Tenho certeza de isso foi um plano dele e do pai para que eu não fique muito por perto.
Sorrio, pois eu faria o mesmo se fosse com minha irmã. Falando nela, percebi que ela está diferente esses dias. E não é um diferente ruim, muito ao contrário, Manu parece que amadureceu mais, faz suas tarefas sem precisar que ninguém lhe mande fazer, está mais calma, mas sempre a pego com um olhar perdido no mundinho particular dela. Isso ainda não mudou.
Ela tem feito companhia a Vittoria em sua casa, mas fica completamente constrangida ao quando o gêmeo de minha namorada está por perto. Acredito que seja pela fisionomia fechado dele que está sempre muito compenetrado em seus contatos no celular. Quem diria que ele será conhecido um dia como o Capo Fontinelly?
Não verdade, eu nunca me imaginei envolvido com pessoas da máfia como tenho estado ultimamente. Entretanto, essas pessoas são completamente diferentes do que imaginei. São sensatas, boas, de índole inquestionável e muito dedicadas ao trabalho formal, já que a empresa deles prosperam a cada dia.
- Miguel, tem um homem querendo falar com você. - Um dos porteiros me comunica, enquanto analiso algumas câmeras na sala de observação.
- Onde ele está? - Pergunto.
- Está na recepção.
- Ele disse o nome? - Indago.
- Falou que se chama Peter.
- Certo! Estou indo.
Saio do meu posto seguindo para onde ele está. Ao longe vejo meu amigo sentado com um semblante preocupado e um olhar perdido. Quando me aproximo, ele se levanta e caminha em minha direção.
- Quanto tempo, meu amigo! - Diz me abraçando.
- Pensei que não iria aparecer nunca! - Falo.
Quando Vittor e Michaelo revelaram a verdadeira intenção do homem para quem trabalhei uma única vez, eu fui direto falar com Peter. Não queira acreditar que meu amigo me colocaria numa situação tão complicada e perigosa assim ao ponto de arriscar a vida da minha irmã.
Quando perguntei sobre, meu amigo ficou perturbado com tudo e disse que não sabia do envolvimento dele com a máfia. O que ele sabia, era que o homem era um agiota, que usava o cassino para fazer clientes já que os viciados perdiam muito dinheiro e acabavam fazendo empréstimos com o dono do cassino. Fora a lavagem de dinheiro. Um ciclo vicioso.
