Capítulo 31

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A cada minuto que se passa mais o medo e a culpa martelam em minha cabeça de forma que não me deixam pensar direito, me impedindo de ser útil

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A cada minuto que se passa mais o medo e a culpa martelam em minha cabeça de forma que não me deixam pensar direito, me impedindo de ser útil. Meu sogro, assim como seu amigo, irmão e cunhado estão agitados, mas com seus semblantes impassíveis como se essa situação não os tivessem desestruturado. Até mesmo meu sogro está aparentemente tranquilo.

Isso não é normal.

Meu telefone toca com o som de mensagem e vejo que é Manu que me pergunta se eu estou bem. Minto dizendo que sim e que logo iria para casa, mas meu coração muito aperta por ter que fazer isso. Porém, nesse caso é melhor.

Ela ficou a tarde com a doutora Mônica, mas agora está com Rafaella em seu apartamento. A amiga de minha morena também não sabe do que está acontecendo e creio que assim seja melhor. Em sua cabeça, eu estou com Vittoria agora mesmo.

Respiro profundamente pensando em que eu poderia ter feito uma única ligação para saber se ela estava com o pai e não deixar que o tempo corresse tanto. Já são quase oito horas da noite e estamos esperando uma resposta não sei de quem, sobre sei lá o quê, já que não consigo prestar atenção em nada que eles estão falando, pois minha mente só quer saber o que foi que aconteceu com a minha menina para ter sumido desse jeito.

— Vittor! — Dona Emilly entra na sala em que estamos, com seus olhos cheios de lágrimas e o semblante atormentado. — Cadê nossa filha, amor? — Nos braços do marido, ela se entrega ao choro baixinho, sendo acalentada por ele.

— Vou trazer nossa filha de volta, meu amor! — Diz com certeza e deixa um beijo na testa da esposa.

— Você já sabe se a tal Aline está envolvida? — Dona Emilly indaga irritada. — Aquela mulher ameaçou a nossa filha uma vez e a seguiu há pouco tempo é certo que ela esteja envolvida nisso.

— Eu sei amor. Tudo indica que ela esteja envolvida nisso tudo também. — Abaixo a cabeça envergonhado por ter trazido Aline para essa situação, mesmo que indiretamente.

— Quando você pegá-la, eu a quero! — Dona Emilly diz firmemente. — Ninguém fará nada contra aquela vagabunda, eu farei. — A mulher diz num tom enfurecido que ainda não havia ouvido antes.

— Claro que quer, Fiore. Afinal, ela mexeu com nossa menina.

— Nossa princesinha, Vittor. — Completa.

A mulher concorda com o marido, mas logo derruba algumas lágrimas ao lembrar da filha. Vê-la nesse estado me dói muito. Sinto-me ainda pior e deveras arrependido por não ter feito algo que já havia sido conversado antes.

Levanto-me da cadeira onde estou sentado há mais de uma hora, sem nem me mexer e caminho até a grande parede de vidro do escritório, que dá uma visão total da cidade já brilhante com suas luzes artificiais das ruas, bares e dos grandes edifícios, pensando em como minha menina deve estar.

VITTORIA FONTINELLY -TRILOGIA IRMANDADE I Onde histórias criam vida. Descubra agora