Capítulo 11

670 66 45
                                    

Minha cabeça ainda está processando calmamente tudo que está acontecendo aqui

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Minha cabeça ainda está processando calmamente tudo que está acontecendo aqui. Estamos num restaurante não muito distante de onde moro, todos sentados a mesa e meus olhos mal se apartam de Miguel que parece mais confuso do que eu. Penso em o que meu pai está aprontando.

- Sabe o que vai pedir, loirinha? - Meu pai pergunta para Manuela que está encantada com o tio Mick. Ela o olha a todo tempo.

- Eu não sei direito! - Ela responde voltando sua atenção para o menu a nossa frente. - Tem alguns nomes que não conheço.

- Eu posso te ajudar, se quiser!- Digo e ela sorri pra mim, acenando. - Do que gosta?

- Hambúrguer com batata frita. - Fala numa animação só.

- Eu acho que isso não vai ter aqui! - Falo, lendo o menu que está em francês. Ouço um bufar desapontado vindo dela e vejo que ficou entristecida.

- Eles vão se virar! - Meu pai diz, acenando para o garçom.

- Tio Vittor, eu como o que quiserem. - Ela diz amena e sinto que cada vez que chama meu pai de "tio Vittor" conquista-o ainda mais.

Meus pais queriam ter outra filha. Minha mãe chegou a engravidar dois anos após terem se casado, mas ela não conseguiu manter a gravidez. Numa noite, ela acordou sentindo muitas dores e chamando por meu pai que estava numa reunião no escritório de nossa casa.

Dona Ângela ouviu seus gemidos e foi até o quarto se deparando com minha mãe chorando, toda encolhida nela, ensanguentada pela perda do bebê. Rapidamente, ela chamou meu pai que se desesperou e a levou para hospital. Foi muito triste, pois ela estava com vinte semanas e já sabia que seria uma menina. Mais uma situação triste que minha mãe teve que passar.

- Nada disso, loirinha! Se você quer, você vai ter. - O garçom se aproxima. - Traga hambúrgueres e batatas fritas para todos. - O homem olha confuso e sorrio, pois sei que meu pai vai oprimi-lo até conseguir.

- Senhor, eu não sei se será possível. - Garçom diz em voz tremida.

- Será sim! Diga ao seu chefe que é Vittorio Fontinelly que está pedindo. - O homem arregala os olhos, assente e sai. - Logo ele trará! - Meu pai afirma e ela sorri. - Mick, por que você e Emilly não a levam para o jardim que tem na área externa. De repente a Manu goste de carpas.

- Carpas? O que é?

- Um peixe, meu amor! - Miguel diz.

- É um peixe especial? - Ela questiona.

- Sim, princesa. Dentre muitos significados, sabedoria é uma delas. - Miguel explica calmamente.

- Hummm...- Sibila. - Então eu quero ver.

- Então, vamos conosco. - Michaelo se levanta, estendendo a mão para ela que não hesita em pegar.

- Vamos sim, tio Mick! - Manu aceita na hora. - A senhora vai vir, tia Emilly?

VITTORIA FONTINELLY -TRILOGIA IRMANDADE I Onde histórias criam vida. Descubra agora