Esse livro contará a história da única filha mulher do grande Don Fontinelly. Com vinte anos de idade, Vittoria só quer conquistar a mesma liberdade que seus irmãos têm, porém precisará convencer seus pais, principalmente o grande Don, que tem capac...
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LIGAÇÃO ON
- Fala, Mick!
- Vittor, encontramos o tal Logan. Ele está sendo levado para o galpão.
...
O rosto do meu pai se contorce diante de um sorriso que me assusta. Há muito tempo eu não o via sorrir assim e, apesar de ser um homem lindo demais, me assusto diante de sua expressão. Fora que o tom do meu tio Mick ao viva-voz é de muita satisfação.
Os homens da minha família, embora sejam as melhores pessoas que já conheci por sua visão de humildade, respeito ao próximo e amor a família acima de tudo, são pessoas extremamente perigosas. Quando se sentem ameaçados ou são aborrecidos, tornam-se imprevisíveis.
Principalmente meu pai que já passou por muitas coisas para ser o que é hoje. Eu, sinceramente, receio pelo que são capazes de fazer quando são prejudicados por alguém.
- Onde ele estava, Mick? - Tirando-me de minhas divagações, meu pai questiona e posso notar meu irmão incomodado, talvez ansioso, na cadeira. Isso não vai prestar.
- Tentando sair do país, meu amigo! Estava até com uma documentação falsa. - Meu tio diz.
- Vamos até ele, papa! - Heitor fala extremamente ansioso. - Vamos fazer esse desgraçado sofrer. - Completa.
- Hoje não! Amanhã será o aniversário de Manu e não quero precipitações. - Meu pai fala e meu irmão bufa irritado. Ele com certeza está super apreensivo com tudo que aconteceu com a minha cunhada.
- Esse homem estava sozinho, Mick? - Agora é a minha mãe que pergunta e completa: - A tal Aline não estava junto?
- Não, Pequena! O miserável estava sozinho.
- Melhor deixar passar o aniversário da loirinha para poder resolver toda essa situação, Tio Mick. Certamente, Miguel vai querer estar presente e é melhor não o deixarmos ansioso antes do aniversário da irmã. - Sensato como sempre, Dylan determina.
- Sim, meu sobrinho! Concordo com você! - Tio Mick diz. - Deixemos passar a festa e faremos o que tem de fazer.
- E se ele fugir? - Heitor, ansioso e esquentado como sempre, se adianta. - Esse maldito tem de pagar pelo que fez com a Manuela.
- Relaxa, Heitor! - Meu pai enfatiza. - Ninguém foge do galpão! Dylan tem razão. Não vamos estragar o clima de festa de ninguém. Leve-o para lá, Mick. Nos encontraremos no fim da festa de Manuela e sairemos para resolver. - Meu pai despede-se e desliga.
- Não acho que deveríamos esperar tanto! - Meu irmão gêmeo insiste, encostando-se na cadeira como uma criança birrenta.
- Qual é o seu problema, Heitor? - Meu pai o indaga num tom ilegível.
- Nenhum, papa. Só acho que não podemos dar-lhe uma chance de fuga. - Reponde desanimado.
- Vou te fazer a pergunta certa...- Meu pai diz erguendo uma de suas sobrancelhas. - O que quer com Manuela, Heitor? - É direto e toda atenção da mesa é voltada para ele.
