Esse livro contará a história da única filha mulher do grande Don Fontinelly. Com vinte anos de idade, Vittoria só quer conquistar a mesma liberdade que seus irmãos têm, porém precisará convencer seus pais, principalmente o grande Don, que tem capac...
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Já estou ficando agoniado com a demora considerável de Vittoria. Mesmo com tantos afazeres no trabalho para me distrair, minha mente não consegue se concentrar e tudo fica ainda pior quando tento ligar para ela e não me atende.
Maldita hora que ela decidiu dispensar os seguranças de seu pai. Certamente, estaria mais tranquilo se não fosse sua teimosia. Estou pensando em avisá-lo, mas não quero deixá-lo nervoso antecipadamente com isso. Percebi que quando se trata dela e da dona Emilly, o homem surta e perde a noção. Eu o entendo, pois sinto o mesmo quando se trata de Manuela, mas ainda assim, prefiro não o alarmar a toa.
- Conseguiu falar com ela, Miguel? - Peter me pergunta, entrando na minha sala em seu fim de expediente.
- Consegui nada! - Falo desanimado. - Ela não atende a porra do telefone, na verdade, as últimas chamadas nem completaram.
- Não acha melhor ir atrás dela? Pode ter acontecido alguma coisa. - Diz preocupado.
- Eu já enviei alguns seguranças até a clínica para verificar se a inspeção já acabou. Estou esperando o retorno deles. - Aviso.
- O celular dela não tem nenhum tipo de rastreamento ou algo assim? Famílias como as dela tem esses rastreadores de família. Falo isso, pois já trabalhei numa família que todos os celulares tinham rastreios para os pais e os filhos. - Explica.
Pode até ser que ela tenha mesmo, já que o pai dela não abriria mão de ter o controle dessa forma, no entanto, pedi para que ele rastreie é confessar que tem mais de três horas que não consigo me comunicar com sua filha. Provavelmente, ficaria muito irritado.
- Eu sinceramente não sei! - Afirmo. Meu celular do trabalho toca e uma mensagem avisando que Vittoria havia chegado no prédio brilha na tela. Rapidamente, saio do posto e vou encontrá-la.
Caminho até o saguão e quando a porta do elevador que vem do estacionamento se abre, revelando a imagem de minha morena lá, eu a abraço mais tranquilo por vê-la bem.
- Vittoria! O que aconteceu? - Questiono, mas não deixo de abraçá-la.
- Meu celular descarregou, amor! Por isso não pude ligar para você. - Explica. - Oi Peter! - Ela cumprimenta meu amigo que só então percebo que me seguia.
- Oi Vittoria, que bom que está bem! - Fala e minha morena assente. - Meu amigo aqui já estava ficando nervoso.
- Eu sinto muito, apenas fiquei sem contato. - Diz novamente.
- Por que demorou? A inspeção durou tanto tempo assim? - Pergunto ansioso.
- Não, a inspeção até que foi bem rápida. No entanto, quando saí da clínica, Percebi que estava sendo seguida por um carro. Tentei ligar, mas meu celular descarregou.
- Sendo seguida? Por quem? - Sinto uma grande agonia ao ouvir tudo isso. - Venha, meu amor. Vamos para casa. - Ela assente. - Se quiser vir, pode nos acompanhar, Peter, pois vi que ficou preocupado também.
