Novinha do Chapadão

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{Hyara}

Não demorou muito pra geral está comendo, coloquei comida para as crianças e acabei colocando pra mim tbm, me sentei junto com o pessoal.

Nanda: Vocês são uns nojos de parentes, que horror
PL: Fica assim não pô, tlgd que primo te ama - Abraçou ela de lado que mordeu ele - Filha da puta
Janaína: Me respeita que eu estou no meio - Fechou a cara pro menino, eu acabei rindo
Thamires: Bando de estranhos, eu hein
Lauane: Gente vocês viram a briga que está acontecendo ali fora? - Geral levantou pra ir ver, eu principalmente
Thamires: SEPARA, ELES VÃO SE MATAR - Gritou agitada correndo pra dentro

Aí já saiu vários soldados indo separar o 50 e o GL.

50: ME SOLTA PORRA - Empurrou o HG e foi na direção do GL - SE EU VER, EU TE QUERBO TODINHO FILHA DA PUTA, AMANHÃ NÓS RESOLVE ESSA PORRA NA BOCA
GL: A MESMA DISPOSIÇÃO QUE TU TEM, EU TENHO EM DOBRO IRMÃO, NÃO É PORQUE TU É O CHEFE QUE EU VOU ABAIXAR A CABEÇA, TU É MEU IRMÃO CARALHO, MAS SE TU QUER TROCAR, É CONTIGO

Eles iam voltar a se bater, os cara segurou e empurrou só dois em lados opostos, eu fui na direção do 50 que ia subir na moto, puxei a chave da mão dele, ele me encarou igual bicho, em um mão estava a chave a outra meu cu.

50: Devolve - Falou entre dentes estendendo a mão, eu apenas neguei com a cabeça - Tu não tá pronta pra ver um surto meu, só fica longe

Eu neguei de novo e ele agarrou meu pescoço, fazendo nossos rostos ficar colados.

Thamires: AAAAAH
Clara: SOLTA ELA, PARA - Veio correndo e o Vaguinho segurou ela
50: Eu não quero te machucar, me dá a porra da chave - Eu neguei com as lágrimas já saindo - Man, eu tô me controlando, na moral mermo
Hyara: Eu vou contigo então - Falei em um fio de voz

Ele não falou nada, só puxou a chave da minha mão e saiu subindo a pé, eu subi atrás, olhei pra trás e neguei com a cabeça pra Clara, estava geral ali do lado de fora, os soldados e a família dele.

Hyara: Cuida da Alice pra mim - Falei e a Clara concordou abraçada ao Vaguinho

Ele andava na frente, parece que ia afundar o chão com os passos que ele dava, as pessoas olhavam disfarçadamente pra ele, sabia que ele estava puto, mas porra em pleno Natal?

Ele entrou em um beco e eu atrás, quando ele entrou na casa, eu parei e foi aí que eu pensei, e se ele me matar?

Eu travei na porta, eu pensei em voltar a trás, pensei em ficar esperando o surto dele passar, pensei na minha filha, mas eu pensei principalmente no amigo que estava tendo um surto dentro daquela casa, o amigo que me ajudou mesmo sabendo que podia se prejudicar se a polícia pegasse ele, ele nunca pensou demais quando foi pra me ajudar e ajudar minha filha, por que eu não posso fazer o mesmo?!

{Deixem estrelinhas}