026-Família (não tão) querida, pt2

49 5 4
                                    

Era manhã de sexta feira, Gilbert havia acordado cedo para ajudar a preparar o café da manhã e deixou que Anne, dormisse um pouco mais, afinal de contas ela merecia. O café da manhã correu tranquilo, com somente Gilbert, Cole, Diana e Phil, na mesa de jantar, já que Anne, ainda não havia acordado e Cecília, e Gertrude se recusaram a comer com os outros.

- Gilbert, onde está a Anne?- Perguntou Diana.

- Ela ainda dormia quando acordei, preferi deixá-la descansar um pouco mais.

- Fez bem, ontem ela parecia fadigada, o que não é comum ela é sempre tão alegre e cheia de vida.

- Mas também, era de se esperar Diana; Cecília e Gertrude acabam com as energias dela- disse Cole, entrando no assunto.

- Vampiras sugadoras de alma- disse Phil, bebericando seu leite.

- Bem, irei levar o café da manhã na cama para ela, farei o possível para agrada-la e compensar os terríveis feitos da minha parentela- disse Gilbert, colocando, pão, bolo, chá de hortelã e algumas uvas e morangos na bandeja.

Gilbert subiu as escadas com a bandeja em mãos e bateu na porta antes de entrar. Mesmo dormindo ao lado de Anne, ele jamais se atreveria a entrar sem bater.

- Bom dia, meu amor! Achei que ainda estivesse dormindo- disse colocando a bandeja na cama.

- Bom dia, querido! Acordei faz algum tempo, mas não tenho roupa para sair daqui. É pra mim?

- Eu me esqueci disso, me desculpe. E sim, é pra você, eu queria lhe agradar de alguma forma.

- Certamente conseguiu- disse ela lhe dando um beijo na bochecha e logo começando a comer.

- Anne?- alguém bateu na porta.

- Entre.

- Trouxe um vestido para que você pudesse se trocar.

- Obrigada Di- Diana assentiu e saiu.

- Me desculpe por toda essa situação, sei como deve estar sendo constrangedor para você.

- Já lhe disse que isso não é sua culpa- ela acariciava seu rosto- Muito obrigada pelo café na cama, eu adorei. Se continuar desse jeito, vou ficar mal acostumada.

- Não há de quê, e se ficar mal acostumada, ficarei feliz em fazer o que for pra te ver feliz. Agora vou sair para que você possa se trocar para descer.

- Será que eu não poderia ficar aqui só mais um pouquinho?

- Claro que pode meu amor.

- Com você de preferência.- ele assentiu e sentou-se ao seu lado e ambos ficaram lá em silêncio por alguns minutos até que Gilbert, interrompeu o silêncio.

- Sabe as vezes me pergunto como será a nossa vida quando estivermos casados, tudo será tão diferente.- disse pensativo.

- Eu poderia dizer que seremos felizes, mas felizes nós já somos. É estranho pensar nisso as vezes, pensar que não voltarei para Green Gables no verão, que não acordarei todos os dias e terei o prazer de vislumbrar a rainha das neves da janela do meu pequeno quarto branco, que não ajudarei Marila nas tarefas, me dói pensar que em alguns meses farei 18 anos Gil, e...

- E o quê?- Perguntou

- Será que ficaremos o resto de nossas vidas juntos? Ou será que algum dia você acordará pela manhã olhará em meus olhos e descobrirá que não me ama mais?

- Acho que isso é impossível de acontecer, a cada dia que passa eu te amo o dobro do que a amava no dia anterior.

Depois de algum tempo Gilbert saiu para que Anne se trocasse. O vestido de Diana embora fosse lindo, havia ficado muito largo nela; mas sem escolha, ela desceu daquele jeito.

Quando o amor bate a porta Onde histórias criam vida. Descubra agora