6 - SETEMBRO DE 1864 - parte 1

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Isao voltou extremamente fraco, várias costelas quebradas e um braço inutilizado, talvez para sempre. Mas algo nele havia mudado e eu não conseguia definir o que era.

Apesar de terem concordado com o pedido de Isao, no fim das contas, o convenceram a esperar um pouco mais, talvez ele pudesse se recuperar, eu duvidava disso, mas era sempre bom ter uma esperança.

Com os trabalhos domésticos prontos e com os capitães sempre ocupados, não sobrava muita coisa que eu pudesse fazer. Terminava meus afazeres cedo e me entregava aos meus pensamentos durante o resto do dia.

Os dias sozinha já não me traziam nenhuma esperança, eu treinava e treinava e não sentia nenhuma evolução da minha manipulação, mal conseguia sentir meu ruah.

Minha cabeça dava voltas. Como meu irmão estava? Como minha mãe estava? O que tinha acontecido depois da minha partida? Meu pai continuava alegre como sempre ou a casa havia ficado com um clima pesado da mesma maneira que ocorreu na prova de Lucca? Pensar naquelas coisas me apertava o coração de uma maneira quase insuportável.

Dia após dia, eu tirava meu tempo com Mikah, que sempre ia me ver e depois ia ver o treinamento dos rapazes. Dia após dia eu me enfiava em um silêncio tão profundo, que eu mal reconhecia minha própria voz.

"Não posso morrer aqui, eu prometi voltar por você, Lucca. Vou cumprir minha promessa." O peso da promessa que havia feito a mim mesma me fazia pensar em como eles se sentiriam se eu também não retornasse e isso me afundava em uma escuridão densa. "Se você se entregar, então você perde", Saito tinha razão, mas era difícil superar tudo, e sabia que sofreria na hora de voltar também. Eu não queria ser esquecida por eles.

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