The one with the reconciliation

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-O que você está fazendo? Você ficou maluco? - falei.

-Você não responde minhas mensagens, não atende minhas ligações, eu tinha que fazer alguma coisa! - ele falou.

-Pessoas normais entenderiam que, nessas situações, a pessoa não quer falar com elas!

-Pois é, mas eu não sou normal!

-Vai embora, eu não quero falar com você.

-Não, eu não vou, e enquanto você não falar comigo, ficarei aqui fazendo barulho!

Bufei e olhei para a casa do lado. A sra. Miers era muito chata em relação à barulhos, e eu já podia ver uma movimentação dentro de sua casa, então achei melhor ouví-lo antes que ela viesse ver o que estava acontecendo.

-Vai para a porta da frente, vou abrir pra você - suspirei e ele sorriu, correndo para lá em seguida.

Peguei uma coberta e enrolei em meu corpo, descendo as escadas e abrindo a porta em seguida, dando de cara com um Liam sorridente.

-Vamos para o meu quarto. Não quero correr o risco de alguém chegar e te ver - falei. - Mas não pense que vamos ter uma boa conversa - completei sério.

Subimos para o meu quarto e ele olhava tudo com muita atenção, como se quisesse guardar cada detalhe do meu quarto na memória.

-Vou colocar um short, espere aqui - avisei e ele assentiu. Entrei no closet e fui procurar uma bermuda.

Quando sai Liam olhava um quadro que havia pendurado do lado da porta.

-Já pode falar - avisei e ele se assustou, me olhando.

Ele analisou meu corpo por alguns segundos, mas foi o suficiente para que eu sentisse minhas bochechas esquentarem.

-É uma foto bem bonita - falou. - São seus pais?

-Sim - respondi. - Mas não quero falar sobre eles - falei grosso.

-Oh, me desc... - começou a falar mas eu o interrompi.

-Vamos logo, Payne. Você veio aqui para me dar uma desculpa esfarrapada e ir embora, só isso.

-Quanto tempo dessa vez? Cinco minutos de novo? - arqueou uma sobrancelha.

-Não, serei bonzinho com você e te darei sete minutos - cruzei os braços. - Não os disperdice.

-Eu não vou, isso é tudo o que preciso - sorriu e veio em minha direção, me beijando com vontade antes que eu pudesse fazer qualquer coisa.

A princípio eu não correspondi, mas senti minhas pernas bambearem quando sua língua passeou pelos meus lábios, então abri a boca. Ele adentrou rápido, como se estivesse desesperado por aquilo.

Esse beijo foi um pouco mais rápido que o primeiro, mas mesmo assim, tão calmo e tão gostoso... Aquele gosto dele... Eu poderia viciar facilmente nisso.

Quando eu percebi o que ele estava fazendo, abri os olhos e o afastei.

-Você acha que é só vir aqui e me beijar que eu vou te desculpar? Acha que sou tão fácil assim? - perguntei bravo.

Ele riu, o que me deixou mais indignado ainda.

-Não, Zayn, eu sei que você não é fácil assim - falou calmo. - Eu sei que você é difícil de se apaixonar, e fico feliz que eu tenha conseguido fazer você se apaixonar por mim, mesmo que sem querer. Eu não achei que conseguiria isso, fiquei assustado quando percebi que eu havia me apaixonado, então percebi que, se te quisesse, teria que fazer algo. Por isso parei no dia da chuva, por isso te levei pra tomar sorvete, por isso te chamei pra treinar em casa. Eu precisava ficar um pouco com você, mesmo que só por um tempo. Eu nunca quis quebrar seu coração, você entendeu tudo errado.

Above All (AU!Ziam)Onde histórias criam vida. Descubra agora