Capítulo 30

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O beijo no avião continuou repassando pela mente de Bellamy durante o resto do voo. Houve carícias de mãos, toques suaves nas bochechas de Clarke e os dois pareciam muito mais confortáveis perto um do outro.

Era como se o avião acionasse o interruptor que desligava as emoções dos dois e Bellamy nunca havia estado tão feliz por ela concordar em ir com ele. Ele faria dessa, a viagem perfeita e o começo da vida de família deles.

Eles tinham uma escala no aeroporto JFK (Aeroporto Internacional John F. Kennedy), onde Bellamy carregou Jacob a maior parte do tempo. O garoto dele. O carregaria o quanto Jacob permitisse. A cabeça do menino descansando em seu ombro e os bracinhos em volta do pescoço dele o preencheram com uma satisfação e felicidade que ele nem sabia que era possível. E os olhares que Clarke lançava para ele, enquanto atravessavam o terminal, o fizeram pensar que ela também gostava de ver Jacob em seus braços. Ou talvez estivesse feliz por não ter que carregar uma criança de seis anos. Bellamy sabia que Jacob estava fazendo charme, mas ficava feliz de entrar no jogo.

Eles chegaram em Edimburgo no início da tarde, foram liberados da imigração e pegaram as malas. Tinha uma pessoa para encontrá-los, ajudá-los com a bagagem e conduzi-los ao carro que os levaria ao local onde estavam hospedados.

Clarke quase teve um ataque cardíaco umas cinco vezes durante a viagem porque continuava esquecendo que eles dirigiam do outro lado da estrada lá. Mais agradecida do que nunca por outra pessoa dirigir, ela sentou e relaxou. O carro parou diante de um pequeno chalé que parecia ter saído de um conto de fadas.

Bellamy soltou Jacob da cadeirinha. Ele ajudou o garoto a sair e deu a volta no veículo para pegar as malas. Clarke saiu do outro lado e parou na frente da casa, absorvendo a paisagem. O motorista saiu e descarregou as malas da parte de trás do carro.

Uma onda de prazer correu por Bellamy com o olhar no rosto de Clarke. Ele havia passado muito tempo procurando a casa perfeita. O assistente de Ryan enviara mais de trinta casas antes de Bellamy encontrar a ideal.

Canteiros de flores silvestres ladeavam a calçada de pedra pavimentada da frente. O exterior de pedra era acentuado por pequenas janelas de vidro em ambos os lados da porta vermelha da frente.

— É lindo — Clarke disse, virando-se para ele por cima do teto do carro, um sorriso surgindo no rosto.

Jacob correu até os fundos quando eles começaram a recolher as malas com ajuda do motorista.

— Jacob, cuidado — ela avisou.

O menino voltou correndo para a frente.

— Mamãe, tem um balanço, que nem o que temos em casa! — o garoto disse, saltitando.

Clarke deu a Bellamy um olhar acusador e ele deu de ombros. Ele pediu para instalarem um balanço no quintal e havia um enorme parque a poucos quarteirões da casa.

Bellamy apontou para ele, quando passaram de carro. As gravações do filme não começariam por mais alguns dias, então, ele tinha alguns passeios planejados. Amanhã, iriam explorar a cidade. Ele havia providenciado uma aula de culinária infantil e, no dia seguinte, visitariam uma fábrica de vidro soprado. Também tinham planejado idas a museus para crianças e outras atividades. Seriam dias cheios de ação antes que o cronograma agitado do trabalho começasse.

Bellamy levantou o tapete de boas-vindas diante da porta e pegou uma chave, exatamente onde o assistente de Ryan disse que estaria. Ele abriu a porta da frente e deixou os dois entrarem na casa.

Clarke parou em frente à porta e observou o lugar. O motorista levou as malas até a porta da frente e Bellamy as carregou até a sala principal. O assistente de Ryan estava surtando por mensagem por não estar lá para ajudá-los a se estabelecerem, mas Bellamy agradeceu a gentileza e insistiu que ficariam bem por conta própria.

𝗗𝗨𝗔𝗦 𝗩𝗘𝗭𝗘𝗦 𝗔𝗠𝗢𝗥 | Bellarke [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora