Capítulo 22

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— Para você — era a voz de Bellamy.

Clarke sorriu quando viu a rosa vermelha que ele colocou em sua frente.

— Que linda, Bellamy.

Ela pegou a flor e a cheirou, enquanto ele se sentava no mesmo banco que ela, no Parque Central de Polis.

— Não é tão bonita quanto as do jardim da sua casa, mas...

— É sim, eu amei — ela cheirou novamente sorrindo — E aí? Você disse que tinha algo sério pra me contar na escola. Fiquei curiosa.

— Primeiro, quero que me responda uma coisa.

— Está bem — ela apoiou o braço no encosto do banco.

— Você gosta de mim?

— Tonto. Você sabe que sim. Somos amigos desde sempre.

Bellamy sorriu.

— Eu sei. Sei que gosta como amigo. Perguntei outra coisa.

Clarke soltou um riso e passou os dedos nas pétalas da rosa.

— Fala — Bellamy a encarou.

— Tenho vergonha — ela sentiu seu rosto queimar.

Ele sorriu — Tá bom. Então, eu falo. Antes era só amizade o que eu sentia por você, mas meu sentimento mudou. Não sei quando isso aconteceu, mas mudou. Quero você por perto toda hora. Clarke, eu me apaixonei por você.

Ela sorriu timidamente.

— Eu também sinto isso com relação a você. Não gosto quando outras garotas chegam perto e sempre que estou sozinha no meu quarto, é seu rosto que rabisco no meu caderno de desenhos.

Bellamy segurou as mãos dela.

— Você também sente uma curiosa vontade de saber que gosto tem?

— O quê?

— O nosso beijo.

Ele se aproximou devagar e Clarke sentiu os lábios dele se encaixando nos dela. Foi suave, mas completo.

— Quer namorar comigo?

Clarke assentiu e os dois se beijaram de novo. Ficaram vendo o final da tarde por um bom tempo, e conversando enquanto Bellamy desenhava um coração no encosto do banco, com suas iniciais.

C e B.



Feito com uma caneta e raspado na madeira do banco, aquele desenho nunca se apagou, assim como a memória daquele dia.

Clarke não saiu de casa com aquele intuito, e sim, para resolver algumas coisas da imobiliária e quando passou de carro pelo parque resolveu passear um pouco por ali.

Ela passou os dedos sobre o desenho feito por Bellamy e sorriu. Eles haviam construído lindas e intensas memórias. Aquele pôr do sol que a banhava, também trazia lembranças dele.

Mas que merda ela estava fazendo?

Tinha que colocar de uma vez por todas em sua cabeça que Bellamy era apenas o pai do seu filho.

— Clarke.

Como se fosse conjurado por pensamentos, a voz dele surgiu logo ao seu lado. Clarke virou a cabeça para olhá-lo.

— Bellamy.

Ele sorriu — Posso sentar? — Clarke assentiu — Estranho te ver aqui. Quase nunca te encontro em lugar algum.

𝗗𝗨𝗔𝗦 𝗩𝗘𝗭𝗘𝗦 𝗔𝗠𝗢𝗥 | Bellarke [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora